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| Momento do evento realizado no CSF do bairro bairro Cidade Doutor José Euclides (Terrenos Novos) |
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| A enfermeira Sandra Flor fala sobre a necessidade da divulgação da doença |
A doença
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| Momento da coleta para o do exame de baciloscopia |
Um fator que ainda é muito presente na hanseníase é o estigma da doença. Os portadores da doença eram conhecidos como “leprosos”, pessoas impuras que estavam recebendo castigo divino e por isso eram deixadas a margem da sociedade e isoladas do convívio social. Como exemplo desse tipo de isolamento no Brasil temos a Colônia Santa Teresa em Santa Catarina, inaugurada em 1940.
Os pacientes da Colônia eram obrigatoriamente internados e mantidos isolados, nessa em especial tentou-se construir um local o mais parecido possível com uma cidade com moeda própria, bancos, igrejas, ruas, delegacia, prefeitura. Apesar de toda essa infraestrutura isso não ameniza a forma brusca com que essas pessoas foram retiradas do seu lar, do convívio com familiares e amigos, situações como esta serviram para consolidar estigma da doença.
Mesmos com todas as descobertas relacionadas a essa patologia, as pessoas, por falta de informação, ainda assim preferem afastar o portador de hanseníase de suas atividades diárias, dos familiares e amigos, demonstrando assim as raízes históricas e culturais da doença. Dessa forma além do paciente ter que lidar com a doença, essa gera uma experiência dolorosa de isolamento e de adaptações emocionais e físicas para nova realidade de vida com possíveis sequelas e deformidades que ocorrem pelo diagnóstico tardio e progressão da doença.
O que não pode ocorrer na hanseníase é o diagnostico tardio que causa sequelas irreversíveis, profissionais de saúde desatentos para os sinais e sintomas diferenciais da doença, pacientes com medo e vergonha de sua doença e principalmente não se deve estigmatizar a hanseníase e tratar os pacientes com preconceito. Para que isso seja possível é fundamental informação de qualidade para pacientes, familiares, amigos, profissionais de saúde e para a população em geral, buscando diminuir a incidência da doença e eliminar o estigma e preconceito da hanseníase.
Fotos: Carlos Silva





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