quinta-feira, 3 de julho de 2025

Todo tumor é câncer? - Dr. Diego Bezerra (Cirurgião Geral - Cirurgião Oncológico)

 


"Primeira informação que preciso que saibam é que tudo que cresce em nosso organismo pode ser representado pela denominação de tumor ou tumoração, ok?

Aí a partir do exame médico e complementares ocorre a investigação dessa região, é possível suspeitar se ele possui característica de uma neoplasia maligna (câncer ) ou não.

Os tumores (neoplasias) podem ser de dois tipos: benigna e maligna. A benigna indica que a doença é localizada, possui um crescimento organizado e não costuma se desenvolver rapidamente, como por exemplo: miomas e fibromas da mama. Quando é maligna a lesão tem crescimento acelerado e desordenado, com altas chances de se expandir do seu local de origem e atingir outros órgãos.

Se ficou alguma dúvida, deixe aqui nos comentários ou entre em contato que te explico mais!"

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Dr. Diego Bezerra CRM 10362 - Cirurgião Oncológico. ⠀
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Registros de memória do Curso de Medicina de Sobral da UFC retirados do Instagram @fotos_medsobral_ufc

MEMÓRIA- Durante as festas juninas as turmas do Curso de Medicina de Sobral da UFC se reúnem para se divertir e celebrar a alegria da época. A tradição é mantida desde 2001, quando os egressos da Primeira Turma, juntamente com os professores Ronaldo Graça, Vicente Pinto, Gerardo Cristino, Eládio Pessoa, Luiz Odorico e Ivana Barreto participavam do "Arraiá da Medicina". No primeiro evento, além das bebidas e comidas típicas, quem animou a quadrilha foi a irreverente e veterana sanfoneira Rosinha do Acordeom.

O registro de hoje traz os egressos das primeiras turmas durante um Arraiá da Medicina no pátio do Curso , em 2006,  com direito a casamento matuto, quadrilha improvisada, barraca do beijo e muita animação. Para não fugir à tradição, o professor Ronaldo Graça animou o festejo devidamente caracterizado de "coroné", ao lado dos egressos da quarta turma Adson Lucena e Emanoel Pequeno, que teve ainda a egressa Germana Quadros de noiva e o egresso da sexta turma Milton Botelho de padre, celebrando o casamento.

A animação do arrasta-pé ficou por conta do egresso da quinta turma David Pinheiro, com a participação dos compadres e das comadres das primeiras turmas, com par ou sem par.













Fonte: @fotos_medsobral_ufc (Jornalista Vanderley Moreira)

Hemoce é o primeiro hemocentro brasileiro incluído no Registro Internacional de Sangue Raro

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) tornou-se o primeiro hemocentro do Brasil a integrar o Registro Internacional de Sangue Raro, sediado na Inglaterra e gerenciado pela Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue (ISBT). Essa inclusão amplia o alcance dos doadores cadastrados no Ceará, permitindo o envio e recebimento de bolsas de sangue raro entre países, fortalecendo a assistência a pacientes em situações críticas.

O credenciamento do Hemoce foi possível graças à excelência de seus serviços e ao cumprimento de rigorosos critérios internacionais. Atualmente, o hemocentro conta com cerca de 700 doadores com fenótipos sanguíneos raros no estado.

Sangue raro é aquele com ausência de antígenos comuns ou com combinações extremamente incomuns desses antígenos. A identificação de doadores é feita por meio de análises sorológicas e genéticas, além de casos detectados após transfusões ou gestações. O Hemoce mantém um banco de dados estratégico para localizar e acionar doadores quando necessário, consolidando-se como referência em hemoterapia no Brasil.

Fonte: https://sobralemrevista.com.br/

Anafilaxia é grave e precisa de socorro imediato


Problema é o tema da Semana Mundial da Alergia 2025, que ocorre entre 29 de junho e 5 de julho

Anafilaxia é uma reação alérgica grave e potencialmente fatal, caracterizada por sua rápida e intensa manifestação. Ela é uma resposta extrema do sistema imunológico a substâncias inofensivas, desencadeando reações em todo o corpo. Geralmente, ocorre em minutos após contato com alérgenos como alimentos, picadas de insetos, medicamentos ou látex. Entre os sintomas estão dificuldade para respirar, inchaço na boca, língua ou rosto, formação de placas avermelhadas na pele ou urticária.


Para chamar a atenção para o problema, a anafilaxia foi escolhida como tema da Semana Mundial da Alergia deste ano, realizada pela Organização Mundial de Alergia (WAO, da sigla em inglês) e que ocorre de 29 de junho a 5 de julho. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), nos últimos 10 anos, o número de internações por choque anafilático - reações alérgicas graves - mais que dobrou no Brasil. Só em 2024, foram registrados 1.143 casos, um aumento de 107% em relação a 2015, de acordo com dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Ministério da Saúde.

 A alergista e imunologista Maria Letícia Chavarria, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, cita algumas reações que uma pessoa com anafilaxia pode ter. “Os mais frequentes são coceira, vermelhidão, presença de placas ou manchas e inchaços na face, congestão nasal, espirros, sensação de sufocação ou aperto na garganta, rouquidão, tosse, chiado no peito ou falta de ar. Outros que podem ocorrer são náuseas e vômitos intensos, cólicas e diarreia, queda da pressão arterial, com ou sem desmaio, tontura, dor de cabeça, crises convulsivas e confusão mental”, elenca.

 Prevenção e tratamento

Para prevenir a anafilaxia deve-se bloquear o contato com os elementos que podem desencadear a reação alérgica, como alimentos, medicamentos, produtos químicos ou insetos. “Os sintomas da anafilaxia iniciam-se imediatamente após o contato com a substância alergênica, evoluindo rapidamente, geralmente dentro de uma hora. A primeira hora após o surgimento dos sintomas é fundamental para o tratamento, pois a maioria dos casos de fatalidade ocorre nesse período, se não tiver atendimento médico rápido”, pontua a especialista.

Drª Maria Letícia Chavarria

 O tratamento mais rápido para uma pessoa em crise anafilática são as canetas de adrenalina, mas elas não são comercializadas no Brasil, podendo ser adquiridas apenas por importação. “Contudo, após anos de luta, conseguimos através do Projeto de Lei 85/2024 que a caneta de adrenalina autoinjetável seja distribuída pelo SUS no Brasil. Atualmente a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aguarda a solicitação de registro do dispositivo por parte de alguma empresa para que possa avaliar a aprovação”, explica Maria Letícia Chavarria, que é presidente da Regional Goiás da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai-GO).

Enquanto a caneta ainda não é distribuída e comercializada no Brasil, ao ver alguém com uma possível anafilaxia deve-se ligar para o socorro (Samu 192 ou Bombeiros 193), pois a pessoa será encaminhada ao atendimento médico, onde há ampolas de adrenalina disponíveis. “Até os socorristas chegarem deixe o paciente em posição confortável e segura, se possível deitado de barriga para cima, com as pernas elevadas e mantenha as vias aéreas desobstruídas. Se a pessoa estiver vomitando, vire a cabeça de lado”, orienta a médica alergista e imunologista.

Informações à Imprensa: COMUNICAÇÃO SEM FRONTEIRAS (Raquel Pinho e equipe)

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Sobre Furúnculo - Drª. Fernanda Nobre (Dermatologista )


Furúnculo, doença comumente conhecida como "tumor" é uma infecção na PELE causada por uma bactéria. Essa doença não está no seu SANGUE... Ela ocorre por um aumento da população de bactérias ruins que atacam a raiz do pêlo.

Algumas vezes a pessoa pode ficar tendo isso frequentemente. Nesses casos pode ser preciso reequilibrar as bactérias cutâneas que costumam ficar em alguns pontos específicos do corpo como as narinas por exemplo.

Se você está com furúnculo lave a região com sabonetes antissépticos 3 vezes ao dia e faça compressas com água morna. Se isso não for suficiente ou você estiver tendo furunculose recidivante procure seu dermatologista!

Furúnculo está no sangue? NÃO! 

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Drª Fernanda Nobre

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Drª Fernanda Nobre é Médica Dermatologista

Especialista no tratamento do Câncer de Pele

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Reunião em Brasília trata sobre implantação de hospital universitário e criação de curso de medicina da UVA

O município de Sobral pode estar próximo de um dos maiores avanços na área da saúde e da educação dos últimos anos. Nesta terça-feira (1º), uma reunião em Brasília reuniu o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), o senador Cid Gomes (PSB),  o presidente da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), Dr. Artur Chioro, e a reitora da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Izabelle Mont’Alverne. Na pauta, a implantação de um Hospital Universitário na cidade. Segundo a reitora, o projeto conta com o apoio do governador Elmano de Freitas (PT)

A proposta prevê que a nova unidade hospitalar seja fruto de uma parceria entre o Governo do Estado e a União, com papel estratégico na futura implantação do curso de Medicina da UVA, além de atender a demanda do curso de Medicina da UFC.

Sobre o curso de Medicina da UVA, o processo está em tramitação no Conselho Estadual de Educação, e a expectativa é que o anúncio oficial seja feito em breve pelo governador.

“A meta é garantir a formação de médicos e outros profissionais da saúde dentro da rede pública de ensino superior do Ceará, beneficiando diretamente nossa região”, destacou a reitora Izabelle Mont’Alverne.

Segundo consta, o Hospital Universitário de Sobral ocupará boa parte do terreno do antigo aeroporto. Uma equipe técnica da EBSERH deverá visitar à cidade para realizar estudos de viabilidade e definir os próximos passos da implantação.

Se confirmado, o projeto representará um passo decisivo na consolidação de Sobral como um centro regional de excelência em educação superior e saúde pública de alta complexidade.

Fonte:  https://sobralemrevista.com.br/


Ministro da Saúde visita Sobral nesta sexta-feira (4/7)

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desembarca em Sobral nesta sexta-feira (4/7), acompanhado do governador Elmano de Freitas e do deputado federal Leônidas Cristino. Na agenda, visita ao Hospital Regional Norte (HRN) e reunião para tratar da situação da Santa Casa de Misericórdia.

A visita reforça o compromisso do governo federal com o fortalecimento da saúde pública no interior do Ceará. A expectativa é que sejam discutidos investimentos, melhorias na estrutura hospitalar e o apoio à gestão da Santa Casa, unidade filantrópica de grande importância para Sobral e toda a região Norte do estado.

O deputado federal Moses Rodrigues também acompanhará a visita e aguardará o ministro ao lado de seu pai, o prefeito de Sobral, Oscar Rodrigues.

Fonte: Assessoria do Deputado Leônidas Cristino

Hospital Municipal Estevam Ponte passa a ser gerido pelo IGC Brasil

A gestão do Hospital Municipal Estevam Ponte, em Sobral, está sob nova direção. A partir de agora, o Instituto de Gestão e Cidadania (IGC Brasil) assume a responsabilidade pela administração da unidade hospitalar, com a proposta de reestruturar processos, apoiar equipes profissionais e promover um atendimento mais eficiente à população.

Com 92 leitos, incluindo Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal (UCIN), o hospital presta serviços especializados que atendem não apenas os mais de 200 mil habitantes de Sobral, mas também pacientes de municípios vizinhos.

Segundo o IGC, a nova gestão será baseada em dados, inovação e foco no cuidado. A entidade afirma que irá atuar lado a lado com os profissionais da saúde e lideranças locais, buscando qualificar o atendimento e garantir melhorias contínuas na assistência à população.

A iniciativa marca uma nova etapa para o Hospital Estevam Ponte, que é referência no atendimento público hospitalar da região Norte do Ceará.

Fonte: https://sobralemrevista.com.br/

terça-feira, 1 de julho de 2025

Cuide da Sua Saúde - Procure um(a) Médico(a) Especialista

SAÚDE DO SEU SISTEMA ÓSSEO

Dr. Júlio César Cavalcante Chagas

Artrose no quadril acomete 15 milhões de brasileiros e impacta qualidade de vida

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Entre janeiro de 2020 e junho de 2024, o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) registrou um total de 116.349 cirurgias para o tratamento de artrose do quadril.
A artrose no quadril é um problema de saúde pública que afeta milhões de brasileiros, limitando a mobilidade e a qualidade de vida. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 15 milhões de pessoas no país convivem com essa doença degenerativa, que causa desgaste da cartilagem e provoca dor intensa.
Entre janeiro de 2020 e junho de 2024, o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) registrou um total de 116.349 internações para cirurgias de tratamento de artrose do quadril em todo o Brasil. A distribuição dessas internações variou significativamente entre os estados.
A patologia afeta principalmente pessoas com mais de 60 anos e é mais comum entre as mulheres. No entanto, fatores como obesidade, sedentarismo e diabetes também elevam o risco de desenvolver artrose no quadril.
A Sociedade Brasileira do Quadril (SBQ) alerta para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da doença. Com o avanço da medicina, a cirurgia de quadril se tornou uma opção eficaz para aliviar a dor e restaurar a função da articulação, permitindo que os pacientes voltem a realizar as atividades do dia a dia com mais qualidade de vida.
Sobre a SBQ
A Sociedade Brasileira do Quadril (SBQ) é a entidade que zela pelos especialistas em quadril. Constituída por membros médicos, atuantes na especialidade de Ortopedia e Traumatologia, especificamente em Cirurgia de Quadril. A entidade tem como responsabilidade estatutária congregar Ortopedistas que exerçam Cirurgia do Quadril, difundir em todo o território nacional e melhorar a qualidade técnica de seus membros. Além disso, a SBQ promove a cada 2 anos o Congresso Brasileiro do Quadril.
 

Informações à Imprensa: Giuliano Villa Nova - Assessor de Comunicação 

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Dr. Júlio César Cavalcante Chagas


 

Vacina contra HPV: mais de 128 mil adolescentes ainda não se imunizaram no Ceará

Mais de 128 mil adolescentes no Ceará ainda não foram imunizados contra o HPV, ou Papilomavírus Humano – um vírus sexualmente transmissível. A vacina está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No sábado (28/6), uma nova campanha foi lançada com o objetivo de ampliar o acesso à vacinação e alcançar 90% de cobertura entre jovens de 9 a 14 anos.

A iniciativa faz parte de um esforço nacional para eliminar o câncer de colo do útero até 2030. Segundo especialistas, essa meta é viável, desde que haja mobilização e conscientização da população. A vacina contra o HPV é considerada uma das principais formas de prevenção contra o câncer de colo do útero, doença causada em quase 100% dos casos pelo vírus HPV, de acordo com o Ministério da Saúde.

A cobertura atual no estado é de 72,5%, com cerca de 532 mil adolescentes já vacinados. No entanto, ainda faltam pouco mais de 128 mil jovens para que a meta seja atingida. Entre as meninas, 8 em cada 10 já receberam a vacina. Já entre os meninos, o índice é menor: apenas 6 em cada 10 foram imunizados, o que, segundo especialistas, se deve principalmente à desinformação.

Para ampliar o alcance da campanha, a vacinação será levada também a escolas e centros de assistência social, além dos postos de saúde.

O acesso ao imunizante é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o público de 9 a 14 anos. Também têm direito à vacinação gratuita, na faixa etária entre 15 e 45 anos, pessoas com HIV, transplantados, pacientes oncológicos, imunossuprimidos e vítimas de violência sexual.

Fonte: https://sobralemrevista.com.br 



O SUS deveria fornecer semaglutida para pessoas com obesidade sem diabetes?

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Eli Paes

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec) abriu uma consulta pública para avaliar a incorporação da semaglutida 2,4 mg (Wegovy) para o tratamento de pacientes > 45 anos, com obesidade em graus II e III e com doença cardiovascular, mas sem diabetes. O período da consulta pública é de 9 a 30 de junho de 2025.

A proposta de inclusão, feita pela farmacêutica Novo Nordisk, apoia-se em estudos clínicos como o SELECT , de 2023, que trouxe evidências de que o uso de semaglutida 2,4 mg em pacientes com obesidade e doença cardiovascular estabelecida diminuiu em 20% o risco de eventos cardiovasculares.

O estudo em questão contou com a participação de mais de 17 mil participantes e demonstrou redução significativa de eventos adversos cardiovasculares maiores (MACE) em pacientes com sobrepeso ou obesidade e doença cardiovascular pré-existente, mas sem diabetes.

Em um país em que a obesidade acomete mais de 20% da população adulta e está associada a uma carga elevada de doença cardiovascular, diabetes tipo 2, hipertensão e insuficiência cardíaca, a incorporação da semaglutida ao SUS pode representar um grande avanço no manejo dessas doenças.

Prós e contras

Do ponto de vista das sociedades médicas, a proposta é excelente para o paciente, mas precisa de cautela por conta do preço do medicamento. O Dr. André Camara de Oliveira, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia em São Paulo (SBEM-SP), disse que a sociedade apoia a inclusão criteriosa.

“As vantagens são diminuição de peso [com perda] sustentada e diminuição de risco cardiovascular, mas o custo é uma grande desvantagem, ainda mais por se tratar de uma medicação de uso contínuo. Estima-se um gasto de cerca de R$ 7 bilhões em cinco anos”, afirmou o Dr. André.

Por outro lado, o preço da obesidade no Brasil é ainda mais alto. “Os custos indiretos são estimados em R$ 50 bilhões por ano, e estão relacionados a absenteísmo, internações, cirurgias e medicamentos. A incorporação da semaglutida pode reduzir custos futuros com diabetes, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio (IAM)”, diz o médico.

Em maio, a Conitec já havia dado a recomendação de não incorporação da semaglutida ao SUS justamente por conta dos custos elevados, mas não tinha levado em conta o impacto financeiro da obesidade. Justamente por conta disso, a farmacêutica fabricante contra-argumentou e a entidade abriu a consulta pública.

Elegibilidade

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) avalia com atenção a possível incorporação. “Há possibilidade de redução de desfechos cardiovasculares, como infarto, AVC e morte, com consequente redução de custos na saúde relacionado a hospitalização e tratamento de doenças graves”, disse o Dr. Nivaldo Filgueiras, cardiologista e vice-presidente do Conselho Administrativo da SBC.

A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), embora não emita parecer técnico formal, também reconhece o crescente corpo de evidências que apontam os potenciais benefícios da semaglutida no manejo da obesidade, com impacto positivo em fatores de risco cardiovascular.

“A incorporação da semaglutida ao SUS poderia trazer redução de peso clinicamente significativa para a população elegível, melhora de marcadores cardiometabólicos, como pressão arterial e perfil lipídico, e redução de eventos cardiovasculares em populações de risco”, analisou a Dra. Maria Cristina Izar, cardiologista e presidente da SOCESP.

Ela enfatiza, porém, que devem ser observados os desafios de implementação no sistema público de saúde e a necessidade de estratégias rigorosas de seleção e acompanhamento de pacientes, assim como os riscos associados à medicalização do controle de peso sem acompanhamento multidisciplinar.

O Dr. André também se preocupa com os critérios de elegibilidade ao uso do medicamento. “Se não forem extremamente claros, há risco de judicialização, o que pode aumentar ainda mais o custo”, complementou.

Patente até 2026

A perspectiva de queda de patente em 2026 anima os especialistas quanto à sustentabilidade orçamentária. “A concorrência deve deixar o preço mais acessível, o que tornaria o custo-benefício favorável para implantação criteriosa no SUS”, projetou o Dr. André. Ele considera pouco provável que a incorporação avance antes do fim da exclusividade de venda do medicamento, dado o preço atual do fármaco.

Uma vez incorporada a semaglutida, o SUS pode ter de lidar com desafios para garantir o acesso igualitário ao medicamento, que precisará ter a distribuição capilarizada e não ficar restrita a grandes centros.

“Algumas estratégias possíveis para isso são a criação de protocolos clínicos específicos, programas-piloto com avaliação de impacto, critérios rígidos de elegibilidade, baseados no índice de massa corporal (IMC) e na presença de comorbidades graves, bem como o uso combinado com educação nutricional, apoio psicológico e reavaliação periódica da eficácia”, analisou a Dra. Maria Cristina.

Em 2024, o Rio de Janeiro atraiu atenção quando o prefeito Eduardo Paes anunciou a intenção de oferecer no município, via SUS, a versão genérica do Ozempic. “Esse anúncio foi feito sem estudo de viabilidade econômica. Hoje, a medida ainda está em fase de viabilidade técnica e jurídica”, disse o Dr. André, reforçando que a SBEM é “favorável ao acesso de medicamentos cientificamente comprovados de forma responsável e criteriosa e obedecendo estudos de viabilidade econômica”.

Experiências internacionais

Alguns países, como a Dinamarca e a Noruega, já implementaram o uso da semaglutida nos seus sistemas públicos. Hoje, paradoxalmente, o medicamento costuma faltar com bastante frequência nesses países nórdicos.

Canadá e Reino Unido também já disponibilizam a semaglutida pelo sistema público de saúde. “No Reino Unido, a semaglutida só é prescrita em centros de especialidade para pacientes com IMC ≥ 35 kg/m² ou 30 a 34,9 kg/m² com comorbidade e falha em medidas convencionais, e por período máximo de dois anos”, contou o diretor da SBEM-SP.

Para o Dr. Nivaldo, a disponibilização da semaglutida no Reino Unido é um modelo que pode servir de referência para uma implementação gradual, segura e com boa relação de custo-efetividade no Brasil. “Será importante acompanharmos o efeito deste tratamento ao longo do tempo. Os pontos-chave da experiência britânica são os critérios estritos de inclusão, o monitoramento contínuo de desfechos clínicos e econômicos e a integração com centros de referência”, explicou.

Segundo a Dra. Maria Cristina, os países que implementaram a distribuição de semaglutida na rede pública ainda enfrentam alta demanda inicial; alguns ainda carecem de critérios de elegibilidade mais rigorosos e se deparam com desafios de sustentabilidade econômica no longo prazo.

Em âmbito nacional, a decisão final da Conitec — que além de critérios técnicos deve se basear nas participações da consulta pública até 30 de junho —, precisará integrar essas opiniões e dados técnicos para equilibrar avanço terapêutico, sustentabilidade orçamentária e equidade no maior sistema público de saúde do mundo.

Apesar das ressalvas orçamentárias, há consenso de que a incorporação da semaglutida é uma oportunidade histórica para o SUS. Se aprovado, será o primeiro medicamento contra obesidade disponível no sistema público de saúde.

“A SBC defende que a decisão da Conitec deve ser baseada em evidências científicas, análise de custo-efetividade e sustentabilidade do SUS. Reconhecemos que diferentes grupos, entre eles indústria, sociedade civil e associações de pacientes, podem manifestar suas opiniões de forma clara, mas reforçamos a importância de que prevaleça o critério técnico, a transparência e o interesse coletivo”, concluiu o Dr. Nivaldo.

5 riscos de realizar o preenchimento peniano utilizando PMMA

Especialistas explicam por que o procedimento com material definitivo pode causar complicações estéticas, funcionais e psicológicas

A estética íntima masculina deixou de ser tabu e passou a ocupar um espaço real nas conversas sobre autoestima, corpo e sexualidade. Cada vez mais homens têm buscado procedimentos estéticos para se sentirem mais confiantes. Entre os mais procurados está o preenchimento peniano, que promete aumentar a circunferência do órgão. Mas a promessa de resultados rápidos e permanentes pode esconder riscos sérios à saúde física e mental.

“A popularização dos procedimentos de estética íntima masculina é importante, pois ajuda a quebrar tabus e promove o cuidado com a autoestima do homem. Mas, esse crescimento também traz um alerta: muitos procedimentos estão sendo realizados de forma inadequada, utilizando materiais como o PMMA, que não são seguros para essa região. O pênis é uma área de anatomia complexa, com alta vascularização e sensibilidade, o que exige técnicas específicas e materiais biocompatíveis, absorvíveis e reversíveis. Quando isso não é seguido, as complicações podem ser graves, tanto do ponto de vista funcional quanto estético.”, explica o Dr. Luddi Oliveira, cirurgião plástico.

O alerta vem dos médicos Dr. Rogério Saint-Clair, urologista, e Dr. Luddi Oliveira, cirurgião plástico, que acompanham de perto essa tendência e têm recebido um número crescente de pacientes arrependidos. O motivo? O uso do PMMA (polimetilmetacrilato), um tipo de preenchimento definitivo que pode levar a complicações graves, como deformações e até disfunção erétil. Pensando nisso, a dupla, referência em estética íntima masculina no Brasil, reuniu os cinco principais riscos do procedimento: 

  1. Deformidades e nódulos visíveis: o PMMA é um material permanente e pode se espalhar de forma irregular, causando nódulos, assimetrias e deformidades que comprometem a estética do órgão.
  2. Infecções e necrose: como o pênis é uma região altamente vascularizada, a aplicação inadequada do PMMA pode causar infecções graves e até necrose (morte do tecido), exigindo cirurgias reconstrutivas.
  3. Disfunção erétil e perda de sensibilidade: complicações vasculares causadas pelo produto podem afetar nervos e vasos, levando à perda de sensibilidade e até impotência sexual.
  4. Impacto psicológico severo: os efeitos estéticos e funcionais negativos podem gerar ansiedade, depressão e agravar a dismorfia corporal, afetando diretamente a qualidade de vida dos pacientes.
  5. Cirurgias complexas para retirada do material: por ser definitivo, o PMMA só pode ser removido com cirurgias delicadas como a degomagem peniana (remoção completa da pele do pênis). Mesmo assim, nem sempre é possível reverter os danos por completo.

Sobre Dr. Luddi Oliveira

O Dr. Luddi Oliveira é cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), com formação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica. Com mais de uma década de experiência, é referência em procedimentos de cirurgia íntima masculina, atuando com foco na valorização da autoestima e no cuidado integral à saúde masculina. Ao lado do urologista Dr. Rogério Saint-Clair, desenvolveu uma técnica de preenchimento peniano com ácido hialurônico, tendo atendido mais de 200 pacientes com base em um protocolo seguro, ético e embasado cientificamente. O Dr. Luddi também é autor de artigos e estudos voltados à desmistificação do tema, contribuindo para o avanço da literatura médica na área.

Dr. Rogério Saint-Clair

O Dr. Rogério Saint-Clair (CRM 42991-MG | RQE 25076) é urologista e andrologista, com mestrado, doutorado e pós-doutorado em Medicina. Membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e da Confederación Americana de Urologia (CAU), é referência em procedimentos como implante de próteses penianas, correção de curvatura peniana, tratamento da doença de Peyronie e disfunções sexuais masculinas. Ao lado do cirurgião plástico Dr. Luddi Oliveira, desenvolveu a técnica de preenchimento peniano com ácido hialurônico, com mais de centenas de casos atendidos ao longo de uma década. Reconhecido por sua atuação ética e científica, o Dr. Rogério atua também como pesquisador e divulgador de conhecimento na área, contribuindo com publicações que ajudam a aprofundar e desmistificar temas muitas vezes tratados de forma superficial. Atualmente, integra o corpo clínico do Dome Estética Médica.

Assessoria de Imprensa/PR

Cris Moraes Comunicação Inteligente

segunda-feira, 30 de junho de 2025

Saúde da Mulher - Sobre Higiene Íntima - (Drª Carla Macedo - Ginecologia e Saúde da Mulher)


Para manter a saúde da sua região íntima, é importante que você siga algumas recomendações básicas: 

Seguindo essas recomendações, você pode ter certeza de que está cuidando da sua higiene íntima da melhor forma possível.

Ficou com alguma dúvida? Entre em contato e agende a sua consulta. 😉

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Responsável técnico:

Dra. Carla Macedo

📞(88) 3677.2312 / 88 9.9318-4038(WhatsApp)

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Drª. Carla Macedo atende na Clínica Prioritá

Endereço: Av. Monsenhor José Aloísio Pinto, 1362, salas 108  e 109 
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Sobral-Ceará

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  http://dracarlamacedo.com.br/agendamento


 CREMEC-10846  - TEGO 064/2011 -  RQE 5950

https://linktr.ee/carlarobertaginecologista


- Quem é a Drª. Carla Macedo?

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (2007) e residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em parceria com a Santa Casa de Sobral (2011). Concluiu Mestrado acadêmico em Saúde da Família pela UFC (2013) na linha de pesquisa de Educação Permanente. Atualmente atuando no corpo docente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará na disciplina de Ginecologia e Obstetrícia como Profª Doutora em Ciências Cirúrgicas pela UFC. 

Capacitação em Sobral vai preparar 200 profissionais de saúde para atendimento em diabetes e doenças cardiovasculares



A Associação Cearense de Diabéticos e Hipertensos (ACDH) realiza, nesta segunda-feira, dia 30 de junho, uma capacitação fundamental voltada ao combate e controle das doenças cardiovasculares e do diabetes, dois dos principais problemas de saúde pública no Brasil. A formação, que acontecerá das 13h às 17h, na Escola de Saúde Pública de Sobral, tem como público-alvo 200 profissionais de saúde que atuarão diretamente no atendimento aos pacientes do Hospital do Coração de Sobral.

A iniciativa tem parceria com o próprio Hospital do Coração, com a Secretaria Municipal de Saúde e conta ainda com apoio institucional da farmacêutica NovoNordisk.

Durante o encontro, serão abordados temas como diagnóstico do diabetes, avaliação de risco cardiovascular, diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes e estratégias para evitar complicações graves em pacientes diabéticos, como retinopatia, neuropatia e insuficiência cardíaca. O objetivo é qualificar os profissionais para melhorar a adesão ao tratamento e ampliar o impacto positivo no sistema de saúde local.

Lesões obstrutivas nas artérias carótidas são responsáveis por grande parte dos AVCs (Atendimento em Sobral com o médico Dr. Elpidio Ribeiro - Cirurgião Vascular e Endovascular))

Fatores de riscos como envelhecimento, hipertensão, diabetes, tabagismo, colesterol alto contribuem para a formação de placas de ateroma que promovem a obstrução dos vasos

 

As carótidas são os vasos localizados na região cervical, responsáveis pela maior parte do suprimento sanguíneo para o cérebro, juntamente com as artérias vertebrais, que na região intracraniana se comunicam por uma rica rede de circulação colateral. Por conta de suas características anatômicas e de fluxo, associadas aos fatores de riscos como envelhecimento, hipertensão, diabetes, tabagismo e dislipidemia, a bifurcação carotídea situada no pescoço, frequentemente é sede de formação de placas de ateroma que podem promover o entupimento do vaso, ou ainda, com mais frequência, liberar fragmentos na corrente sanguínea que irão interromper agudamente o fluxo de sangue para determinada área do cérebro. Essa descontinuação provoca o que conhecemos como isquemia cerebral.

Lesões obstrutivas nas artérias carótidas são responsáveis por 15 a 20% de todas as isquemias cerebrais, também conhecidas como Acidente Vascular Cerebral (AVC) Isquêmico. A prevalência dessas lesões na população idosa varia e pode atingir até 25% em pacientes também portadores de doença coronariana ou de obstruções em artérias dos membros inferiores. O grande desafio é que somente uma pequena parte dos AVCs (15%) é precedida por um sinal de alerta ou sintomas neurológicos transitórios. A grande maioria dos pacientes apresenta já na primeira manifestação clínica sequelas neurológicas que permanecerão de forma definitiva.

A cirurgiã vascular e integrante da Comissão para Tratamento das Doenças Carotídeas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular Regional São Paulo (SBACV-SP), Dra. Marcia Maria Morales, explica que o AVC ou Acidente Vascular Encefálico (AVE) é causa relevante de mortalidade e incapacidade física. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) está associada a um elevado risco de doença carotídea e o seu tratamento relaciona-se com a redução significativa do risco de AVE e de progressão de placa carotídea. “Este é o mais importante fator de risco para AVE, isquêmico ou hemorrágico, passível de modificação. Setenta e sete por cento dos pacientes com algum tipo de AVE são portadores de HAS”, declara a médica.

A aterosclerose (acúmulo de placas de gordura, cálcio e outras substâncias nas artérias) é, sem dúvida, o agente causal mais relevante e presente em 90% das vezes. Outras causas menos frequentes podem estar relacionadas à obstrução carotídea extracraniana, como dissecção, displasia fibromuscular, vasculites e traumas arteriais. A especialista diz que, “a formação de uma placa de ateroma parece estar atrelada ao processo de envelhecimento dos seres humanos e de forma sistêmica, ou seja, indivíduos suscetíveis geralmente apresentam a doença em vários territórios, configurando populações de risco para isquemia coronariana, para AVE e para as obstruções arteriais periféricas, simultaneamente.”

No Brasil, os dados sobre a prevalência do AVE não são abundantes, mas a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), fundamentada em inquérito epidemiológico de base domiciliar, estimou, em amostra representativa nacional, a presença de 2.231.000 pessoas com AVE e 568.000 com incapacidade grave. A prevalência pontual foi de 1,6% em homens e de 1,4% em mulheres. A incapacidade grave foi de 29,5% em homens e de 21,5% em mulheres. Uma porcentagem significativa de todos os acidentes vasculares encefálicos, que varia de 10 a 15%, decorre de trombos originários de placas de ateroma que causam estenoses acima de 50% na bifurcação carotídea, conforme no  site da Scielo.

 “O diagnóstico da doença carotídea nos proporciona a oportunidade de inserir o paciente em programas de vigilância dos fatores de risco, de uso de medicamentos apropriados e de seleção para tratamento invasivo, quando indicado. Com isso, reduzimos não somente a ocorrência de isquemia cerebral e suas sequelas, mas também a mortalidade cardiovascular como um todo, trazendo grande benefício para essa população”, revela a cirurgiã vascular.

 Como evitar o desenvolvimento de problemas nas artérias carótidas?

Segundo a Dra. Marcia, a realização de qualquer atividade física reduz a chance em 20% de se ter uma estenose carotídea. Também é importante controlar a obesidade, a HAS, o diabetes, evitar o tabagismo, e ter uma dieta balanceada, evitando o aumento no colesterol.  

O presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Dr. Fabio H. Rossi, menciona que é necessário educar a população sobre a alta prevalência e a gravidade, bem como a maneira de controlar os fatores de risco. Além disso, é fundamental informar quais são os principais sintomas do AVC. “Nos casos mais graves, que cursam com deficit motor, como paralisia facial ou de membros, é muito fácil identificá-lo, nos casos em que não existem sintomas exuberantes, uma dica é usar a técnica mnemônica do SAMU, pedindo para que a pessoa sob suspeita sorria, abrace, cante uma música ou fale o endereço onde mora. Se houver alguma alteração, é preciso encaminhar o paciente imediatamente a um serviço de emergência, para que se for confirmado o diagnóstico, haja rápida desobstrução do vaso comprometido. Na ocorrência do AVC, o tempo entre o diagnóstico e a imediata ação da instituição de tratamento, que envolve a desobstrução da artéria por cirurgia ou cateterismo, é muito importante. Quanto mais precoce o tratamento, menores são os riscos de sequelas graves”, enfatiza o Dr. Rossi.

A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

Informações à Imprensa – Way Comunicações - Elenice Cóstola

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Consulte um Especialista em Sobral

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Dr. Elpidio Ribeiro (CREMEC: 16.907 / RQE-CE: 11.221) - É cirurgião Vascular e Endovascular com atuação na cidade de Sobral (CE). Faz parte do corpo clínico do serviço de cirurgia vascular e endovascular do Hospital Regional Norte e da equipe de cirurgia vascular para acessos vasculares do serviço de hemodiálise da Santa Casa de Misericórdia de Sobral.

Realiza atendimento no Instituto de Saúde São Francisco no São Lucas Medical Center, no Hospital Unimed Sobral e na Clínica Boghos Boyadjian Sobral.

Resumo do currículo:

- Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará - campus Sobral (UFC-Sobral).

- Residência Médica em Cirurgia Geral pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCRP-USP).

- Residência Médica em Cirurgia Vascular pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCRP-USP).

- Residência Médica em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular d Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCRP-USP).

- Doutorando do Departamento de Cirurgia e Anatomia do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCRP-USP).

- Título de Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) e Associação Médica Brasileira (AMB).

SERVIÇO

Instituto de Saúde São Francisco 

São Lucas Medical Center - Salas 106/107

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Fone:  (88) 99802.7000

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Desvendando a inflamação: o papel da microbiota e da dieta no risco cardiometabólico


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Victória Carvalho

A inflamação é um assunto que vem ganhando cada vez mais atenção, especialmente pela sua relação com doenças crônicas. Porém, junto ao interesse científico, cresce também a onda de receitas e métodos milagrosos para “desinflamar” o corpo — muitas vezes sem respaldo científico. Para esclarecer o que é a inflamação e seu real impacto na saúde, a nutricionista Ana Maria Pita Lottenberg fez uma análise detalhada do tema durante o 45º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP 2025), que aconteceu entre os dias 19 e 21 de junho, em São Paulo.

Segundo a especialista, que é coordenadora da graduação em nutrição da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, embora a inflamação seja uma resposta fisiológica essencial, o problema começa quando essa resposta se torna constante, mesmo que de forma sutil, originando uma inflamação crônica de baixo grau.

A inflamação persistente tem sido associada ao surgimento de diversas doenças, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, aterosclerose, esteatose hepática não alcoólica e até alguns tipos de câncer. E um dos principais gatilhos desse quadro é o excesso de tecido adiposo, especialmente a gordura visceral.

“Do ponto de vista bioquímico, o indivíduo com obesidade é um indivíduo inflamado”, afirma Ana Maria. Isso porque o tecido adiposo não é apenas um depósito de gordura, ele também funciona como um órgão endócrino, liberando substâncias inflamatórias, como o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e a interleucina-6 (IL-6).

Além disso, este tecido favorece a translocação de componentes bacterianos, como os lipopolissacarídeos, do intestino para a corrente sanguínea — um fenômeno conhecido como endotoxemia metabólica. O resultado é uma ativação contínua do sistema imunológico, o que compromete diretamente a ação da insulina.

O papel da microbiota intestinal

A microbiota intestinal é uma peça-chave nesse cenário. Em indivíduos saudáveis, com alimentação equilibrada e peso adequado, predominam bactérias benéficas, que ajudam a manter a integridade da barreira intestinal. Essas bactérias produzem ácidos graxos de cadeia curta, como butirato, acetato e propionato, que têm propriedades anti-inflamatórias e contribuem para o metabolismo energético e até mesmo para a comunicação entre intestino e cérebro.

Por outro lado, em indivíduos com sobrepeso ou obesidade, pode ocorrer uma redução da diversidade bacteriana, caracterizando uma disbiose intestinal. Esse desequilíbrio agrava a inflamação do tecido adiposo e, em um ciclo vicioso, contribui para piorar ainda mais a disbiose.

“É difícil até apontar onde começa essa inflamação, porque é um ciclo muito bem estabelecido”, destaca a nutricionista.

Como a inflamação começa

Em condições normais, o intestino tem mecanismos eficientes de autoproteção, mas, quando há ganho de peso e excesso de gordura saturada na dieta, isso muda. As células intestinais têm receptores do tipo toll-like, que detectam ácidos graxos saturados e lipopolissacarídeos. A ativação desses receptores leva à produção de citocinas inflamatórias por meio da via do fator nuclear kappa B (NF-κB), e o ambiente inflamatório resultante desestabiliza as junções das células intestinais, abrindo espaços para a entrada de lipopolissacarídeos na corrente sanguínea, o que intensifica a inflamação. “Esse é o ponto de partida da endotoxemia metabólica que observamos em indivíduos com obesidade”, explica Ana Maria.

Todo esse processo inflamatório pode ser dividido em três fases. A primeira é a do gatilho, geralmente provocado por estresse metabólico decorrente do consumo excessivo de energia. A segunda é uma fase adaptativa, com liberação de citocinas inflamatórias. Se o estímulo continua, inicia-se a terceira fase: a inflamação se torna patológica, levando a resistência à insulina, disfunções mitocondriais, alterações hormonais e aumento sustentado de catecolaminas.

“O problema é que isso se torna um ciclo vicioso”, alerta a nutricionista. “O indivíduo segue consumindo mais [energia] do que gasta, o tecido adiposo permanece inflamado e o metabolismo continua desregulado. Uma das principais formas de quebrar esse ciclo é induzir o déficit calórico e promover a perda de peso. Só assim conseguimos transformar esse círculo vicioso em um ciclo virtuoso”, explica.

Como a dieta pode ajudar?

É sabido que a alimentação tem papel importante na composição da microbiota intestinal. De acordo com a especialista, estudos indicam que o genótipo está ligado a cerca de 7% da variação da microbiota, enquanto a dieta responde por 28%, evidenciando seu papel central nessa composição.

Um dos pontos mais relevantes para a microbiota é a qualidade das gorduras consumidas. Os ácidos graxos saturados, como o ácido palmítico (presente em carnes e óleo de palma) e o ácido mirístico (comum nos laticínios), estão associados ao aumento dos níveis de lipoproteína de baixa densidade do colesterol (LDL) e de triglicerídeos, além da ativação de vias inflamatórias. “A gordura saturada continua sendo o ponto de partida alimentar para o aumento do risco cardiometabólico”, afirma a nutricionista.

Além disso, a ingestão excessiva de gordura saturada altera a composição da microbiota intestinal, reduzindo sua diversidade e prejudicando a produção de ácidos graxos de cadeia curta. Dietas ricas em gordura também afetam a integridade da mucosa intestinal, tornando o intestino mais permeável. “Isso facilita a passagem de endotoxinas, como os lipopolissacarídeos, para a corrente sanguínea”, diz Ana Maria.

“Quando falamos de dietas ricas em gordura, especialmente as com baixo teor de carboidratos, ou cetogênicas, que são adotadas com foco na perda de peso, é preciso cautela. No médio e longo prazo, elas não são consideradas saudáveis justamente por promoverem esse ambiente pró-inflamatório”, explica a nutricionista.

Os alimentos ultraprocessados também devem ser ponto de atenção. “Eles são grandes fontes de gorduras saturadas, tanto na forma tradicional quanto nas versões interesterificadas usadas pela indústria alimentícia”, destaca. E, embora não sejam os únicos vilões, seu consumo excessivo — somado ao alto valor calórico da dieta como um todo — tem papel claro na epidemia de obesidade observada hoje.

Por outro lado, as gorduras insaturadas, como o ácido oleico do azeite de oliva e os ácidos graxos ômega-3 presentes em peixes de águas frias, exercem efeito oposto: são anti-inflamatórias e ajudam a contrabalançar os efeitos dos ômega-6. Ainda assim, o ponto-chave é o equilíbrio: “Não se trata de excluir completamente as [gorduras] saturadas e suplementar as insaturadas, o foco deve estar no balanço adequado entre os tipos de gordura. Mesmo o excesso de insaturadas pode, em certos casos, induzir acúmulo de gordura no fígado”.

Alimentação anti-inflamatória na prática

A resposta, embora simples, esbarra em um desafio bem conhecido: transformar conhecimento em hábito. O padrão alimentar ideal é aquele rico em alimentos in natura ou minimamente processados, com predominância de frutas, verduras, legumes, grãos integrais e leguminosas. Quando possível, azeites, grãos e oleaginosas também podem compor o cardápio, mas com moderação, respeitando as necessidades e possibilidades individuais.

Ana Maria ressalta que o efeito protetor não está em um alimento ou nutriente isolado, mas no conjunto. “Estudos sobre a dieta mediterrânea, por exemplo, mostram que os benefícios vêm da soma dos fatores: antioxidantes, como polifenóis, fibras, gorduras boas, fitoquímicos. Não é o azeite sozinho. Não é a castanha sozinha. É o padrão alimentar como um todo que promove saúde.”

Quando o assunto é inflamação, as fibras merecem atenção especial. De acordo com a especialista, elas são substrato importante para a produção de ácidos graxos de cadeia curta pela microbiota intestinal, com impacto direto na redução da inflamação. “[As fibras] são superimportantes, mas, claro, não adianta só adicioná-las na dieta se ela continua carregada de gordura. É preciso equilibrar esse consumo”, orienta a nutricionista.

No Brasil, o equilíbrio alimentar ainda está distante da realidade: apenas um a cada três adultos consome frutas e hortaliças cinco dias por semana. E mesmo alimentos tradicionais e acessíveis, como o feijão, que é uma excelente fonte de fibras e proteína, vem perdendo espaço no prato do brasileiro. “Hoje em dia, a primeira coisa que ouvimos no consultório é ‘doutor, já tirei o arroz e o feijão’ [da dieta], o que é lamentável”, compartilha Ana Maria. “É curioso e preocupante como uma combinação tão simples e completa do ponto de vista nutricional esteja sendo deixada de lado”, alerta.

“No fim das contas, o que precisamos fazer, enquanto profissionais de saúde, independentemente da especialidade, é incentivar o resgate do hábito alimentar brasileiro. Desinflamar não exige receitas mirabolantes, mas escolhas simples e conscientes”, conclui a nutricionista.

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