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Um levantamento da ImpulsoGov, organização sem fins lucrativos que, em parceria com governos, fortalece o SUS com soluções gratuitas e inovadoras, mostra que, entre 2014 e 2024, a desnutrição de crianças e adolescentes no Brasil manteve taxas constantes. O estudo foi realizado com base em dados públicos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do SUS (SISVAN).
“Os dados reforçam o desafio persistente da desnutrição no Brasil, especialmente entre crianças mais novas, mesmo com os avanços na cobertura dos serviços de saúde”, destaca Juliana Ramalho, gerente de Saúde Pública da ImpulsoGov.
De acordo com o Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos da ONU, o Brasil vive um cenário de múltipla carga da má-nutrição, caracterizado pela coexistência de deficiências nutricionais e excesso de peso em uma mesma população.
A proporção de brasileiros de 10 até 19 anos com desnutrição se manteve constante em 4% ao longo de todo o período analisado pela ImpulsoGov, mesmo com o aumento expressivo do número total de indivíduos avaliados, que passou de 4,3 milhões em 2014 para 8,2 milhões em 2024. Por outro lado, aproximadamente 1 em cada 3 brasileiros entre 10 e 19 anos apresenta excesso de peso atualmente. Esse contraste evidencia um deslocamento do perfil nutricional dos adolescentes brasileiros, com o excesso de peso se tornando um problema mais prevalente e crescente, enquanto a desnutrição, embora ainda presente, permanece em patamar estável.
Em relação a crianças menores de 5 anos, os percentuais de desnutrição permaneceram relativamente estáveis ao longo do período, variando entre 6% e 7%, com uma redução para 5% em 2024. Ainda assim, o número absoluto de crianças com desnutrição nos sistemas avaliados aumentou, saltando de 289.610 em 2014 para 411.849 em 2024.
“É válido lembrar que a Atenção Primária à Saúde é o nível de atenção que acolhe em maior proporção essa população, acompanhando desde os primeiros dias de vida”, comenta Juliana.
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