Você sabe como identificar as comorbidades dos pacientes com doença de Crohn e qual conduta tomar em cada caso? Verifique seus conhecimentos com este teste rápido.
Depressão e ansiedade são doenças mentais concomitantes comuns nos casos de doença inflamatória intestinal. A depressão foi associada a crises em pacientes com doença de Crohn, sendo extremamente prevalente nessa população. Além disso, o aumento do estresse pode exacerbar problemas intestinais de outra natureza que não seja inflamatória, comprometendo ainda mais o quadro mental desses pacientes. O American Journal of Gastroenterology e outros especialistas recomendam avaliar e tratar a depressão, a ansiedade e o estresse como componentes do atendimento integral à doença de Crohn. As diretrizes atuais não mencionam a avaliação do transtorno obsessivo-compulsivo, do transtorno bipolar ou da esquizofrenia como parte do atendimento da doença de Crohn.
Saiba mais sobre a doença de Crohn e as doenças psíquicas concomitantes.
Os pacientes com doença de Crohn têm mais risco de apresentar trombose, complicação conhecida da doença inflamatória intestinal. Dados recentes mostraram que a história de trombose aumenta significativamente o risco de multimorbidade dos pacientes com doença inflamatória intestinal, inclusive os pacientes com doença de Crohn, com uma razão de chances de 7,82. Outros fatores associados à multimorbidade foram ser do sexo feminino e ter idade mais avançada no momento do diagnóstico, embora o efeito tenha sido muito mais fraco.
Saiba mais sobre a doença de Crohn e a trombose.
As manifestações extraintestinais ocorrem em cerca de 30% dos pacientes com doença de Crohn. Essas manifestações podem acometer vários órgãos e sistemas, como o sistema nervoso central, os olhos, a pele, o sistema musculoesquelético e os níveis de energia e motivação. De acordo com dados publicados, a fadiga ─ definida como "sensação geral de cansaço, exaustão ou falta de energia e motivação" ─ é mais comum e mais grave nos pacientes com doença de Crohn do que nos pacientes com colite ulcerativa.
A síndrome de Sweet, um tipo de dermatose neutrofílica, acomete igualmente os pacientes com doença de Crohn ou com colite ulcerativa. Embora possa haver sangramento retal nos dois casos, o quadro tende a ser mais comum entre os pacientes com colite ulcerativa. A colangite esclerosante primária, uma hepatopatia crônica, pode ocorrer nos pacientes com doença inflamatória intestinal, mas é mais comum entre aqueles com colite ulcerativa.
Saiba mais sobre as manifestações extraintestinais da doença de Crohn.
O fenótipo B1 da doença de Crohn foi associado a maior prevalência de hipercolesterolemia e rinite alérgica do que os outros fenótipos da doença. No entanto, pesquisas indicam sua ligação a menores índices de tromboembolia venosa. A localização anatômica da doença também influencia a prevalência das comorbidades, sendo a artrite reumatoide mais comum na doença perineal, enquanto a hipercolesterolemia é menos prevalente nesse subgrupo. Além disso, o número de intervenções cirúrgicas varia segundo o fenótipo, sendo que os fenótipos B2 e B3 apresentam índices significativamente maiores de cirurgias nessa população.
Saiba mais sobre os fenótipos e as comorbidades da doença de Crohn.
Doenças como a hiperamilasemia, a hiperlipasemia, a insuficiência exócrina pancreática e a pancreatite foram associadas à doença inflamatória intestinal. Dados recentes indicaram que os pacientes com doença de Crohn apresentam maior prevalência de autoanticorpos pancreáticos, o que pode contribuir para a disfunção pancreática nesse grupo. Estudos informam que 20% a 30% dos pacientes com doença de Crohn têm resultados positivos nas sorologias de autoanticorpos pancreáticos, em comparação a 2% a 9% dos pacientes com colite ulcerativa.
Saiba mais sobre a doença de Crohn e suas manifestações pancreáticas.
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