segunda-feira, 30 de junho de 2025

Saúde da Mulher - Sobre Higiene Íntima - (Drª Carla Macedo - Ginecologia e Saúde da Mulher)


Para manter a saúde da sua região íntima, é importante que você siga algumas recomendações básicas: 

Seguindo essas recomendações, você pode ter certeza de que está cuidando da sua higiene íntima da melhor forma possível.

Ficou com alguma dúvida? Entre em contato e agende a sua consulta. 😉

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Responsável técnico:

Dra. Carla Macedo

📞(88) 3677.2312 / 88 9.9318-4038(WhatsApp)

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Drª. Carla Macedo atende na Clínica Prioritá

Endereço: Av. Monsenhor José Aloísio Pinto, 1362, salas 108  e 109 
Cidade Gerardo Cristino de Menezes
(São Lucas Medical Center)
Sobral-Ceará

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 CREMEC-10846  - TEGO 064/2011 -  RQE 5950

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- Quem é a Drª. Carla Macedo?

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (2007) e residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em parceria com a Santa Casa de Sobral (2011). Concluiu Mestrado acadêmico em Saúde da Família pela UFC (2013) na linha de pesquisa de Educação Permanente. Atualmente atuando no corpo docente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará na disciplina de Ginecologia e Obstetrícia como Profª Doutora em Ciências Cirúrgicas pela UFC. 

Capacitação em Sobral vai preparar 200 profissionais de saúde para atendimento em diabetes e doenças cardiovasculares



A Associação Cearense de Diabéticos e Hipertensos (ACDH) realiza, nesta segunda-feira, dia 30 de junho, uma capacitação fundamental voltada ao combate e controle das doenças cardiovasculares e do diabetes, dois dos principais problemas de saúde pública no Brasil. A formação, que acontecerá das 13h às 17h, na Escola de Saúde Pública de Sobral, tem como público-alvo 200 profissionais de saúde que atuarão diretamente no atendimento aos pacientes do Hospital do Coração de Sobral.

A iniciativa tem parceria com o próprio Hospital do Coração, com a Secretaria Municipal de Saúde e conta ainda com apoio institucional da farmacêutica NovoNordisk.

Durante o encontro, serão abordados temas como diagnóstico do diabetes, avaliação de risco cardiovascular, diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes e estratégias para evitar complicações graves em pacientes diabéticos, como retinopatia, neuropatia e insuficiência cardíaca. O objetivo é qualificar os profissionais para melhorar a adesão ao tratamento e ampliar o impacto positivo no sistema de saúde local.

Lesões obstrutivas nas artérias carótidas são responsáveis por grande parte dos AVCs (Atendimento em Sobral com o médico Dr. Elpidio Ribeiro - Cirurgião Vascular e Endovascular))

Fatores de riscos como envelhecimento, hipertensão, diabetes, tabagismo, colesterol alto contribuem para a formação de placas de ateroma que promovem a obstrução dos vasos

 

As carótidas são os vasos localizados na região cervical, responsáveis pela maior parte do suprimento sanguíneo para o cérebro, juntamente com as artérias vertebrais, que na região intracraniana se comunicam por uma rica rede de circulação colateral. Por conta de suas características anatômicas e de fluxo, associadas aos fatores de riscos como envelhecimento, hipertensão, diabetes, tabagismo e dislipidemia, a bifurcação carotídea situada no pescoço, frequentemente é sede de formação de placas de ateroma que podem promover o entupimento do vaso, ou ainda, com mais frequência, liberar fragmentos na corrente sanguínea que irão interromper agudamente o fluxo de sangue para determinada área do cérebro. Essa descontinuação provoca o que conhecemos como isquemia cerebral.

Lesões obstrutivas nas artérias carótidas são responsáveis por 15 a 20% de todas as isquemias cerebrais, também conhecidas como Acidente Vascular Cerebral (AVC) Isquêmico. A prevalência dessas lesões na população idosa varia e pode atingir até 25% em pacientes também portadores de doença coronariana ou de obstruções em artérias dos membros inferiores. O grande desafio é que somente uma pequena parte dos AVCs (15%) é precedida por um sinal de alerta ou sintomas neurológicos transitórios. A grande maioria dos pacientes apresenta já na primeira manifestação clínica sequelas neurológicas que permanecerão de forma definitiva.

A cirurgiã vascular e integrante da Comissão para Tratamento das Doenças Carotídeas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular Regional São Paulo (SBACV-SP), Dra. Marcia Maria Morales, explica que o AVC ou Acidente Vascular Encefálico (AVE) é causa relevante de mortalidade e incapacidade física. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) está associada a um elevado risco de doença carotídea e o seu tratamento relaciona-se com a redução significativa do risco de AVE e de progressão de placa carotídea. “Este é o mais importante fator de risco para AVE, isquêmico ou hemorrágico, passível de modificação. Setenta e sete por cento dos pacientes com algum tipo de AVE são portadores de HAS”, declara a médica.

A aterosclerose (acúmulo de placas de gordura, cálcio e outras substâncias nas artérias) é, sem dúvida, o agente causal mais relevante e presente em 90% das vezes. Outras causas menos frequentes podem estar relacionadas à obstrução carotídea extracraniana, como dissecção, displasia fibromuscular, vasculites e traumas arteriais. A especialista diz que, “a formação de uma placa de ateroma parece estar atrelada ao processo de envelhecimento dos seres humanos e de forma sistêmica, ou seja, indivíduos suscetíveis geralmente apresentam a doença em vários territórios, configurando populações de risco para isquemia coronariana, para AVE e para as obstruções arteriais periféricas, simultaneamente.”

No Brasil, os dados sobre a prevalência do AVE não são abundantes, mas a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), fundamentada em inquérito epidemiológico de base domiciliar, estimou, em amostra representativa nacional, a presença de 2.231.000 pessoas com AVE e 568.000 com incapacidade grave. A prevalência pontual foi de 1,6% em homens e de 1,4% em mulheres. A incapacidade grave foi de 29,5% em homens e de 21,5% em mulheres. Uma porcentagem significativa de todos os acidentes vasculares encefálicos, que varia de 10 a 15%, decorre de trombos originários de placas de ateroma que causam estenoses acima de 50% na bifurcação carotídea, conforme no  site da Scielo.

 “O diagnóstico da doença carotídea nos proporciona a oportunidade de inserir o paciente em programas de vigilância dos fatores de risco, de uso de medicamentos apropriados e de seleção para tratamento invasivo, quando indicado. Com isso, reduzimos não somente a ocorrência de isquemia cerebral e suas sequelas, mas também a mortalidade cardiovascular como um todo, trazendo grande benefício para essa população”, revela a cirurgiã vascular.

 Como evitar o desenvolvimento de problemas nas artérias carótidas?

Segundo a Dra. Marcia, a realização de qualquer atividade física reduz a chance em 20% de se ter uma estenose carotídea. Também é importante controlar a obesidade, a HAS, o diabetes, evitar o tabagismo, e ter uma dieta balanceada, evitando o aumento no colesterol.  

O presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Dr. Fabio H. Rossi, menciona que é necessário educar a população sobre a alta prevalência e a gravidade, bem como a maneira de controlar os fatores de risco. Além disso, é fundamental informar quais são os principais sintomas do AVC. “Nos casos mais graves, que cursam com deficit motor, como paralisia facial ou de membros, é muito fácil identificá-lo, nos casos em que não existem sintomas exuberantes, uma dica é usar a técnica mnemônica do SAMU, pedindo para que a pessoa sob suspeita sorria, abrace, cante uma música ou fale o endereço onde mora. Se houver alguma alteração, é preciso encaminhar o paciente imediatamente a um serviço de emergência, para que se for confirmado o diagnóstico, haja rápida desobstrução do vaso comprometido. Na ocorrência do AVC, o tempo entre o diagnóstico e a imediata ação da instituição de tratamento, que envolve a desobstrução da artéria por cirurgia ou cateterismo, é muito importante. Quanto mais precoce o tratamento, menores são os riscos de sequelas graves”, enfatiza o Dr. Rossi.

A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

Informações à Imprensa – Way Comunicações - Elenice Cóstola

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Consulte um Especialista em Sobral

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Dr. Elpidio Ribeiro (CREMEC: 16.907 / RQE-CE: 11.221) - É cirurgião Vascular e Endovascular com atuação na cidade de Sobral (CE). Faz parte do corpo clínico do serviço de cirurgia vascular e endovascular do Hospital Regional Norte e da equipe de cirurgia vascular para acessos vasculares do serviço de hemodiálise da Santa Casa de Misericórdia de Sobral.

Realiza atendimento no Instituto de Saúde São Francisco no São Lucas Medical Center, no Hospital Unimed Sobral e na Clínica Boghos Boyadjian Sobral.

Resumo do currículo:

- Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará - campus Sobral (UFC-Sobral).

- Residência Médica em Cirurgia Geral pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCRP-USP).

- Residência Médica em Cirurgia Vascular pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCRP-USP).

- Residência Médica em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular d Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCRP-USP).

- Doutorando do Departamento de Cirurgia e Anatomia do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCRP-USP).

- Título de Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) e Associação Médica Brasileira (AMB).

SERVIÇO

Instituto de Saúde São Francisco 

São Lucas Medical Center - Salas 106/107

Av. Monsenhor Aloísio Pinto, 1362. Sobral - Ceará

Fone:  (88) 99802.7000

E-mail: elpidioribeiro@outlook.com

Nas redes sociais, siga o Dr. Elpidio Ribeiro pelos canais do Facebook e Instagram @institutodesaudesaofrancisco

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Desvendando a inflamação: o papel da microbiota e da dieta no risco cardiometabólico


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Victória Carvalho

A inflamação é um assunto que vem ganhando cada vez mais atenção, especialmente pela sua relação com doenças crônicas. Porém, junto ao interesse científico, cresce também a onda de receitas e métodos milagrosos para “desinflamar” o corpo — muitas vezes sem respaldo científico. Para esclarecer o que é a inflamação e seu real impacto na saúde, a nutricionista Ana Maria Pita Lottenberg fez uma análise detalhada do tema durante o 45º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP 2025), que aconteceu entre os dias 19 e 21 de junho, em São Paulo.

Segundo a especialista, que é coordenadora da graduação em nutrição da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, embora a inflamação seja uma resposta fisiológica essencial, o problema começa quando essa resposta se torna constante, mesmo que de forma sutil, originando uma inflamação crônica de baixo grau.

A inflamação persistente tem sido associada ao surgimento de diversas doenças, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, aterosclerose, esteatose hepática não alcoólica e até alguns tipos de câncer. E um dos principais gatilhos desse quadro é o excesso de tecido adiposo, especialmente a gordura visceral.

“Do ponto de vista bioquímico, o indivíduo com obesidade é um indivíduo inflamado”, afirma Ana Maria. Isso porque o tecido adiposo não é apenas um depósito de gordura, ele também funciona como um órgão endócrino, liberando substâncias inflamatórias, como o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e a interleucina-6 (IL-6).

Além disso, este tecido favorece a translocação de componentes bacterianos, como os lipopolissacarídeos, do intestino para a corrente sanguínea — um fenômeno conhecido como endotoxemia metabólica. O resultado é uma ativação contínua do sistema imunológico, o que compromete diretamente a ação da insulina.

O papel da microbiota intestinal

A microbiota intestinal é uma peça-chave nesse cenário. Em indivíduos saudáveis, com alimentação equilibrada e peso adequado, predominam bactérias benéficas, que ajudam a manter a integridade da barreira intestinal. Essas bactérias produzem ácidos graxos de cadeia curta, como butirato, acetato e propionato, que têm propriedades anti-inflamatórias e contribuem para o metabolismo energético e até mesmo para a comunicação entre intestino e cérebro.

Por outro lado, em indivíduos com sobrepeso ou obesidade, pode ocorrer uma redução da diversidade bacteriana, caracterizando uma disbiose intestinal. Esse desequilíbrio agrava a inflamação do tecido adiposo e, em um ciclo vicioso, contribui para piorar ainda mais a disbiose.

“É difícil até apontar onde começa essa inflamação, porque é um ciclo muito bem estabelecido”, destaca a nutricionista.

Como a inflamação começa

Em condições normais, o intestino tem mecanismos eficientes de autoproteção, mas, quando há ganho de peso e excesso de gordura saturada na dieta, isso muda. As células intestinais têm receptores do tipo toll-like, que detectam ácidos graxos saturados e lipopolissacarídeos. A ativação desses receptores leva à produção de citocinas inflamatórias por meio da via do fator nuclear kappa B (NF-κB), e o ambiente inflamatório resultante desestabiliza as junções das células intestinais, abrindo espaços para a entrada de lipopolissacarídeos na corrente sanguínea, o que intensifica a inflamação. “Esse é o ponto de partida da endotoxemia metabólica que observamos em indivíduos com obesidade”, explica Ana Maria.

Todo esse processo inflamatório pode ser dividido em três fases. A primeira é a do gatilho, geralmente provocado por estresse metabólico decorrente do consumo excessivo de energia. A segunda é uma fase adaptativa, com liberação de citocinas inflamatórias. Se o estímulo continua, inicia-se a terceira fase: a inflamação se torna patológica, levando a resistência à insulina, disfunções mitocondriais, alterações hormonais e aumento sustentado de catecolaminas.

“O problema é que isso se torna um ciclo vicioso”, alerta a nutricionista. “O indivíduo segue consumindo mais [energia] do que gasta, o tecido adiposo permanece inflamado e o metabolismo continua desregulado. Uma das principais formas de quebrar esse ciclo é induzir o déficit calórico e promover a perda de peso. Só assim conseguimos transformar esse círculo vicioso em um ciclo virtuoso”, explica.

Como a dieta pode ajudar?

É sabido que a alimentação tem papel importante na composição da microbiota intestinal. De acordo com a especialista, estudos indicam que o genótipo está ligado a cerca de 7% da variação da microbiota, enquanto a dieta responde por 28%, evidenciando seu papel central nessa composição.

Um dos pontos mais relevantes para a microbiota é a qualidade das gorduras consumidas. Os ácidos graxos saturados, como o ácido palmítico (presente em carnes e óleo de palma) e o ácido mirístico (comum nos laticínios), estão associados ao aumento dos níveis de lipoproteína de baixa densidade do colesterol (LDL) e de triglicerídeos, além da ativação de vias inflamatórias. “A gordura saturada continua sendo o ponto de partida alimentar para o aumento do risco cardiometabólico”, afirma a nutricionista.

Além disso, a ingestão excessiva de gordura saturada altera a composição da microbiota intestinal, reduzindo sua diversidade e prejudicando a produção de ácidos graxos de cadeia curta. Dietas ricas em gordura também afetam a integridade da mucosa intestinal, tornando o intestino mais permeável. “Isso facilita a passagem de endotoxinas, como os lipopolissacarídeos, para a corrente sanguínea”, diz Ana Maria.

“Quando falamos de dietas ricas em gordura, especialmente as com baixo teor de carboidratos, ou cetogênicas, que são adotadas com foco na perda de peso, é preciso cautela. No médio e longo prazo, elas não são consideradas saudáveis justamente por promoverem esse ambiente pró-inflamatório”, explica a nutricionista.

Os alimentos ultraprocessados também devem ser ponto de atenção. “Eles são grandes fontes de gorduras saturadas, tanto na forma tradicional quanto nas versões interesterificadas usadas pela indústria alimentícia”, destaca. E, embora não sejam os únicos vilões, seu consumo excessivo — somado ao alto valor calórico da dieta como um todo — tem papel claro na epidemia de obesidade observada hoje.

Por outro lado, as gorduras insaturadas, como o ácido oleico do azeite de oliva e os ácidos graxos ômega-3 presentes em peixes de águas frias, exercem efeito oposto: são anti-inflamatórias e ajudam a contrabalançar os efeitos dos ômega-6. Ainda assim, o ponto-chave é o equilíbrio: “Não se trata de excluir completamente as [gorduras] saturadas e suplementar as insaturadas, o foco deve estar no balanço adequado entre os tipos de gordura. Mesmo o excesso de insaturadas pode, em certos casos, induzir acúmulo de gordura no fígado”.

Alimentação anti-inflamatória na prática

A resposta, embora simples, esbarra em um desafio bem conhecido: transformar conhecimento em hábito. O padrão alimentar ideal é aquele rico em alimentos in natura ou minimamente processados, com predominância de frutas, verduras, legumes, grãos integrais e leguminosas. Quando possível, azeites, grãos e oleaginosas também podem compor o cardápio, mas com moderação, respeitando as necessidades e possibilidades individuais.

Ana Maria ressalta que o efeito protetor não está em um alimento ou nutriente isolado, mas no conjunto. “Estudos sobre a dieta mediterrânea, por exemplo, mostram que os benefícios vêm da soma dos fatores: antioxidantes, como polifenóis, fibras, gorduras boas, fitoquímicos. Não é o azeite sozinho. Não é a castanha sozinha. É o padrão alimentar como um todo que promove saúde.”

Quando o assunto é inflamação, as fibras merecem atenção especial. De acordo com a especialista, elas são substrato importante para a produção de ácidos graxos de cadeia curta pela microbiota intestinal, com impacto direto na redução da inflamação. “[As fibras] são superimportantes, mas, claro, não adianta só adicioná-las na dieta se ela continua carregada de gordura. É preciso equilibrar esse consumo”, orienta a nutricionista.

No Brasil, o equilíbrio alimentar ainda está distante da realidade: apenas um a cada três adultos consome frutas e hortaliças cinco dias por semana. E mesmo alimentos tradicionais e acessíveis, como o feijão, que é uma excelente fonte de fibras e proteína, vem perdendo espaço no prato do brasileiro. “Hoje em dia, a primeira coisa que ouvimos no consultório é ‘doutor, já tirei o arroz e o feijão’ [da dieta], o que é lamentável”, compartilha Ana Maria. “É curioso e preocupante como uma combinação tão simples e completa do ponto de vista nutricional esteja sendo deixada de lado”, alerta.

“No fim das contas, o que precisamos fazer, enquanto profissionais de saúde, independentemente da especialidade, é incentivar o resgate do hábito alimentar brasileiro. Desinflamar não exige receitas mirabolantes, mas escolhas simples e conscientes”, conclui a nutricionista.

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reflexão da Semana

 


sexta-feira, 27 de junho de 2025

Notícia da Santa Casa de Misericórdia de Sobral - 100 anos

Entre os dias 12 e 16 de junho, a Santa Casa de Misericórdia de Sobral promoveu uma ação de Educação Permanente (EP) voltada para as equipes do hospital, com foco no gerenciamento correto de resíduos de saúde.

A atividade foi teórico-prática, utilizando caixas semelhantes às reais para demonstrar o descarte correto de resíduos comuns, perfurocortantes e materiais infectantes. O momento contou com a participação dos alunos do curso de Farmácia do Centro Universitário Inta - UNINTA, sob orientação da enfermeira do Trabalho Anny Caroline e das farmacêuticas Larissa Janyne e Lanna Karine, que também integram a Comissão de Resíduos da Santa Casa.

A capacitação foi realizada nas farmácias satélites do hospital (Emergência, Centro Cirúrgico, Central e Quimioterapia), abordando temas como a segregação correta, tipos de resíduos e descarte seguro de bolsas de medicamentos devolvidas à Farmácia.

Como resultado prático da ação, a EP também implantou caixas exclusivas para descarte de medicamentos vencidos, distribuídas nos principais setores do hospital. Para Anny, “essa iniciativa representa um avanço no cuidado com o meio ambiente e também na segurança dos nossos profissionais e pacientes. Gerenciar corretamente os resíduos é um compromisso com a saúde pública e com a responsabilidade ambiental”.

Fonte: @santacasasobral (Instagram)

Agência UFC: técnica desenvolvida por pesquisador da Faculdade de Medicina garante aulas de anatomia mais realistas


Peças mais duradouras e resistentes, atóxicas e sem cheiro. Esses são alguns dos benefícios da técnica de plastinação, utilizada para conservação de materiais de estudo a serem usados em disciplinas de anatomia. A Universidade Federal do Ceará (UFC) foi pioneira no Norte-Nordeste na implantação desse procedimento, realizado pelo Laboratório de Plastinação (LabPlast), na Faculdade de Medicina, e que desde 2016 colabora no tratamento de peças anatômicas naturais a serem usadas por diversos cursos de graduação e pós-graduação.

Imagem: peças anatômicas plastinadas
O método desenvolvido na UFC promete otimizar as aulas de anatomia, possibilitando aos estudantes compreender especificidades estruturais de órgãos e tecidos (Foto: Ribamar Neto/UFC Informa)

Este ano, a equipe do LabPlast inova mais uma vez com o registro, por meio de carta-patente concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), de um novo processo associado à plastinação, conferindo mais realismo e riqueza de detalhes às peças. Tendo como inventor principal o servidor técnico-administrativo Helson Silveira, coordenador do LabPlast, o método promete otimizar as aulas de anatomia, possibilitando aos estudantes compreender especificidades estruturais de órgãos e tecidos. 

A plastinação é um procedimento de preservação de materiais biológicos e consiste na extração e substituição dos líquidos corporais por resinas plásticas, como silicone, poliéster e epóxi. Dentre as suas vantagens, estão a melhor conservação dos tecidos, o aumento da durabilidade das peças anatômicas e a manutenção da morfologia natural das estruturas. Todavia, o procedimento possuía um fator limitante: a perda de colorações naturais das peças. 

Explica Helson Silveira que os pesquisadores da UFC desenvolveram um procedimento que sofistica a plastinação mediante o uso de pigmentos, gerando nos materiais tons de cores similares aos da realidade. “A grande vantagem é a melhoria da qualidade didática da peça plastinada, permitindo diferenciação entre tecidos e estruturas anatômicas. Outra é a praticidade, evitando todo um trabalho de pintura, e, adicionalmente, precisão, visto que podemos aplicar os pigmentos direcionados a regiões específicas de interesse através da rede vascular”, detalha.

Saiba mais sobre a inovação em matéria desta semana da Agência UFC, veículo de divulgação científica da universidade. 

Fonte: Helson Silveira, coordenador do LabPlast – e-mail: helsonsilveira@gmail.com 

Ataxia de Friedreich (AF): Saiba 7 fatos sobre essa doença rara

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A falta de informação sobre doenças raras requer maior mobilização e a conscientização para acelerar avanços e promover qualidade de vida aos pacientes

A Ataxia de Friedreich (AF), uma doença rara neurodegenerativa, de caráter debilitante que reduz a coordenação muscular e motora progressivamente e diminui a expectativa de vida[i]. Por ser rara, informações atualizadas sobre sua epidemiologia são escassas, a baixa prevalência e a diversidade de sintomas tornam o diagnóstico tardio, o que agrava ainda mais o quadro clínico dos pacientes. Listamos sete fatos que ajudam a entender melhor a doença e reforçar a importância da conscientização sobre ela. 

 

  1. Essa é a ataxia hereditária mais comum
    Existem cerca de 50 a 100 ataxias diferentes agrupadas em categorias. A Ataxia de Friedreich é considerada o tipo mais frequente entre as ataxias hereditárias. Estima-se que afete uma a cada 50 mil pessoas no mundo[vii], sendo o Brasil o segundo país com maior número de pacientes registrados[ii], segundo a Friedreich’s Ataxia Research Alliance (FARA). 

 

  1. Os sintomas começam na infância ou adolescência
    Os primeiros sinais da doença costumam surgir entre os 5 e os 18 anos de idade. Os sintomas incluem desequilíbrio, quedas frequentes, fala arrastada, fraqueza muscular, fadiga e alterações na marcha. Com o tempo, a maioria dos pacientes precisa do auxílio de cadeiras de rodas ou andadores para se locomover.

 

  1. O diagnóstico pode levar anos
    Muitos pacientes enfrentam uma verdadeira maratona médica até obter um diagnóstico correto. Como os sintomas são variados e se assemelham a outras doenças neurológicas, o caminho até a identificação correta pode envolver dezenas de especialistas, exames e impactos emocionais relevantes, por esse motivo é importante que a classe médica esteja atenta aos sintomas da doença para que o diagnóstico seja assertivo. 

  

  1. A doença afeta outros órgãos além do sistema nervoso
    A mutação genética que causa a AF afeta a produção da frataxina, proteína que regula o ferro nas mitocôndrias. A deficiência dessa proteína leva a danos neurológicos, mas também pode atingir o coração (causando cardiomiopatia), o pâncreas (associado ao desenvolvimento de diabetes) e até a audição e visão[v], [vi].

 

  1. Expectativa de vida reduzida
    Em razão das complicações neurológicas e cardíacas, a expectativa de vida média de quem convive com a doença é de apenas 37 anos[iii]. Isso torna ainda mais urgente o diagnóstico precoce, o acompanhamento multidisciplinar e o acesso a tratamentos.

 

  1. Já existe um medicamento específico para o tratamento
    O primeiro tratamento específico para AF, o SkyclarysTM (omaveloxolona) foi aprovado pelo FDA (agência reguladora dos Estados Unidos). A aprovação na Europa ocorreu em 2024 e, mais recentemente, o medicamento também foi aprovado no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), com expectativa por parte dos pacientes e da comunidade médica.

 

  1. A doença é composta por um diagnóstico complexo
    O diagnóstico é feito por testes genéticos que podem ser acompanhados de eletromiografia, eletrocardiograma, ecocardiograma, exames de sangue e ressonância magnética[iii]. Os médicos podem também mensurar a função neurológica e a gravidade dos sintomas por meio de escalas de classificação da doença[iii].    

 

A falta de informações sobre doenças raras como a AF reforça o papel fundamental de associações de pacientes, profissionais da saúde e da sociedade civil na promoção de campanhas de conscientização. A mobilização e a conscientização são essenciais para acelerar avanços e promover informação, reduzir o estigma e alcançar apoio para pesquisas e avanços científicos.  

 

Sobre a Biogen 

Fundada em 1978, a Biogen é uma empresa líder em biotecnologia, pioneira em ciência inovadora para fornecer novos medicamentos que transformam a vida dos pacientes e criam valor para acionistas e nossas comunidades. Aplicamos uma profunda compreensão da biologia humana e promovemos diferentes modalidades para aprimorar tratamentos ou terapias de primeira classe que propiciam resultados superiores. Nossa abordagem se direciona a assumir riscos ousados, equilibrados com o retorno de investimento objetivando prover crescimento a longo prazo.  

 Rotineiramente, publicamos informações que podem ser importantes para os investidores em nosso site no www.br.biogen.com. Acompanhe nossas redes sociais - FacebookLinkedInXYouTube

  

Referências  

[i]Friedreich’s Ataxia Research Alliance. “What is FA?” Available at: https://www.curefa.org/what-is-friedreichs-ataxia#. Acesso em abril de 2025. 

[ii] Friedreich’s Ataxia Research Alliance. Patient Registry. Available at https://www.curefa.org/research/patient-registry. Acesso em abril de 2025. 

[iii] National Institute of Neurological Disorders and Stroke. Friedreich Ataxia. Available at: https://www.ninds.nih.gov/health-information/disorders/friedreich-ataxia. Acesso em abril de 2025. 

[iV] Schulz JB, Boesch S, Bürk K, Dürr A, Giunti P, Mariotti C, Pousset F, Schöls L, Vankan P, Pandolfo M. Diagnosis and treatment of Friedreich ataxia: a European perspective. Nat Rev Neurol. 2009 Apr;5(4):222-34. doi: 10.1038/nrneurol.2009.26. PMID: 19347027. Acesso em abril de 2025. 

[v] U.S. Food & Drug Administration. FDA approves first treatment for Friedreich’s ataxia. Available at: https://www.fda.gov/drugs/news-events-human-drugs/fda-approves-first-treatment-friedreichs-ataxia. Acesso em abril de 2025. 

[vi] European Medicines Agency. EU/3/18/2037 - orphan designation for treatment of Friedreich’s ataxia. Disponível em: https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/orphan-designations/eu-3-18-2037. Acesso em abril de 2025. 

[vii] Friedreich’s Ataxia Research Alliance. “What is FA?” Available at: https://www.curefa.org/what-is-friedreichs-ataxia#. Acesso em abril de 2025. 

Assessoria de Comunicação 

Fato Relevante 

imprensa.biogen@agenciafr.com.br 

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Registro de atualidade do Curso de Medicina de Sobral da UFC retirados do Instagram @fotos_medsobral_ufc/

Professor Rafael Nobre e os alunos da 38ª turma da Medicina UFC Sobral

 

ATUALIDADE - Como na canção de Cazuza, "O Tempo Não Para", trazemos aqui um registro da 38ª turma do Curso de Medicina de Sobral da UFC, durante atividades de sua formação médica.No primeiro momento, atividade da prática médica em Psicopatologia com o Professor Rafael Nobre (médico psiquiatra egresso da 2ª turma), no Hospital Dr. Estevam. A foto seguinte traz o registro do primeiro OSCE da turma com o Professor Geison Lira.

Professor Geison Lira e os alunos da 38ª turma da Medicina UFC Sobral

Estes futuros médicos como tantos outros, serão formados em uma escola de referência, implantada em Sobral em 02 de abril de 2001. Recentemente, o Curso de Medicina de Sobral recebeu a nota máxima 5,0 do MEC no seu processo de revalidação. É a segunda melhor escola médica do Ceará na avaliação do ENADE com nota 4,99, atrás apenas da Medicina/UFC  Fortaleza.

E por fim, em julho de 2024, recebeu o selo SAEME de qualidade do Conselho Federal de Medicina (CFM) pela excelência do  ensino médico dispensado aos seus estudantes, graduando desde 18 de janeiro de 2007  o total de 1.084 médicos.

Fonte: @fotos_medsobral_ufc (Instagram) 

Câmara de Sobral aprova projeto que garante transparência no estoque de medicamentos da rede pública

 

O vereador Ajax Cardozo teve aprovado o Projeto de Lei nº 084/2025, que determina a divulgação, no site oficial da Prefeitura de Sobral, dos relatórios mensais sobre o fornecimento e o estoque de medicamentos nas Farmácias Públicas Municipais.

A proposta visa dar mais transparência à gestão da saúde, permitindo que os cidadãos consultem previamente a disponibilidade dos remédios, evitando deslocamentos desnecessários e transtornos.

“É mais transparência, respeito e cuidado com quem mais precisa. Sigo firme no compromisso com a saúde e com você, cidadão sobralense”, destacou o parlamentar.


Fonte: Fonte: https://sobralemrevista.com.br/

Apneia do sono atinge 6 em cada 10 diabéticos tipo 2 e dificulta controle da glicemia

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Distúrbio respiratório noturno afeta o metabolismo e pode agravar complicações da doença; diagnóstico já pode ser feito em casa

Neste Dia Nacional do Diabetes (26/06), especialistas fazem um alerta importante: a qualidade do sono pode ser tão crucial quanto a alimentação e os medicamentos. Estudo da Universidade da Beira Interior, em Portugal, mostra que 6 em cada 10 pessoas com diabetes tipo 2 sofrem de apneia do sono — condição que prejudica o controle da glicose e agrava os riscos da doença.

“É uma combinação perigosa. A apneia fragmenta o sono, aumenta a resistência à insulina e favorece inflamações crônicas, que agravam complicações do diabetes”, explica o Dr. Geraldo Lorenzi Filho, diretor médico da Biologix, healthtech especializada em medicina do sono.

A apneia obstrutiva do sono é uma condição respiratória comum, mas muitas vezes subdiagnosticada. Ela ocorre quando as vias aéreas superiores se fecham parcial ou totalmente por alguns segundos durante o sono, interrompendo a passagem do ar. Entre os principais sintomas estão o ronco alto, o cansaço ao acordar, a sonolência excessiva durante o dia e a dificuldade de concentração.

Segundo o Dr. Lorenzi Filho, noites mal dormidas provocam a liberação de hormônios como o cortisol, que interferem no funcionamento da insulina e dificultam o controle da glicose. Além disso, a apneia está associada a processos inflamatórios sistêmicos, que podem acelerar o surgimento de complicações como doenças cardiovasculares, neuropatias e retinopatias.

O diagnóstico do distúrbio pode ser feito por meio da polissonografia, exame realizado em laboratórios especializados. Mas já existem alternativas mais acessíveis, como o Exame do Sono Biologix, que é feito em casa com um sensor portátil. “Esse tipo de exame já responde por mais de 12 mil diagnósticos por mês no Brasil. Ele monitora sinais durante o sono, como oscilação da respiração e intensidade do ronco — que muitas vezes é o primeiro alerta de quem está ao lado do paciente”, destaca o médico.

Tratar a apneia também ajuda a controlar a glicemia

O tratamento da apneia pode trazer benefícios significativos para pessoas com diabetes tipo 2. Medidas simples, como dormir de lado e perder peso, já podem fazer diferença. Há também o uso de placas mandibulares que reposicionam a mandíbula e, nos casos mais graves, o CPAP — uma máscara que mantém as vias respiratórias abertas por meio da pressão contínua de ar.

Estudos mostram que o controle da apneia impacta diretamente o risco de progressão da doença. Um artigo publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine indicou que o uso do CPAP por pelo menos oito horas por noite reduz o risco de evolução para diabetes em pessoas com pré-diabetes.

Se você tem diabetes e apresenta sintomas como ronco frequente, pausas na respiração durante o sono ou dificuldade em manter a glicemia sob controle, vale conversar com um médico. “Tratar distúrbios do sono é parte fundamental da estratégia para viver bem com diabetes”, reforça o Dr. Lorenzi Filho.

Informações à Imprensa: Helena Maeda (helena.maeda@nr7.ag)


Artigo: Estresse e rotina: entenda a relação e veja como melhorar os sintomas



A alimentação contribui não apenas para saúde física, mas para a saúde mental das pessoas

Escrito por Alessandra Feltre - nutricionista da Puravida*

O estresse está relacionado a inúmeros fatores, podendo ser agravado ou atenuado de acordo com nossas decisões e hábitos. Por outro lado, o estado de estresse crônico influencia o nosso comportamento e afeta negativamente nosso metabolismo. É um círculo vicioso, e por isso, gosto de dizer que ele precisa ser “atacado” de todos os lados - evitando e lidando melhor com o estresse e buscando melhorar a saúde e o metabolismo.

Por exemplo, indivíduos com maior exposição ao estresse crônico apresentam maiores riscos de desenvolver obesidade e mais dificuldade em emagrecer. 

Na minha prática clínica é perceptível que pessoas mais estressadas possuem maior tendência à compulsão alimentar e, consequentemente, apresentam sobrepeso com um excesso de gordura abdominal.

É importante destacar que o problema não é o estresse agudo, pontual, mas sim o estresse crônico, que persiste. Enquanto o estresse agudo possui o potencial de nos fortalecer, o estresse crônico nos adoece.

O aumento dos níveis do hormônio do estresse, chamado de cortisol, a longo prazo, está fortemente relacionado à obesidade abdominal e a transtornos mentais. 

O cortisol facilita uma redistribuição do tecido adiposo para a região abdominal e, além disso, aumenta o apetite com preferência por alimentos densos em energia, que denominados de “comfort food”, aquele tipo de alimento que buscamos para aliviar a ansiedade e a tensão e não buscando nutrientes. Ademais, quanto maior a adiposidade, maior a produção de cortisol pelo próprio tecido adiposo, alimentando esse ciclo vicioso.

É fato: o estresse nos faz comer mais e pior. O estresse crônico estimula a fome hedônica, que é um tipo de fome mais emocional, fazendo com que, em vez de optarmos por saladas, legumes e frutas, damos a preferência a alimentos de alta palatabilidade como doces, pizzas, sanduíches,salgadinhos, massas, pães, fast food, refrigerantes, entre outros, que desequilibram ainda mais os mecanismos de fome e saciedade, levando a inúmeros problemas de saúde.  

Em um grande estudo com mais de 3.000 crianças de 6 anos de idade, aquelas com as maiores concentrações de cortisol tiveram um risco quase 10 vezes maior de obesidade. Isso se explica não apenas pelo aumento da fome, mas também pelo fato de que o cortisol elevado cronicamente causa resistência à insulina e favorece a síntese de gordura e o aumento de células que armazenam essa gordura.

E como podemos modular esse estresse crônico e melhorar a qualidade da nossa alimentação?

Primeiramente, é importante praticar o mindful eating, ou seja, comer com atenção plena. Sente-se à mesa sem distrações como celulares ou TV ligada. Olhar para o alimento, sentir o cheiro e o sabor em cada garfada é importante para sinalizar tanto o prazer, mas também a saciedade.

Outro ponto importante é sempre incluir uma boa quantidade de folhas e legumes no almoço e jantar. Esses alimentos fornecem vitaminas e minerais que são co-fatores na produção de serotonina, neurotransmissor relacionado à redução da ansiedade e do estresse. Adicionalmente, favorecem a saciedade e modulam a nossa microbiota intestinal (as bactérias do intestino), regulando também o eixo intestino-cérebro, otimizando nosso humor.

Não podemos esquecer do exercício físico, que promove a liberação de endorfinas, facilitando o bem-estar, o bom humor e a diminuição do estresse. É fundamental incluir em torno de 150 minutos por semana de atividade física.

Outro pilar para o manejo do estresse é o sono, portanto, invista em dormir bem, evitando ficar à frente de telas de celular, TV ou computador pelo menos uma hora antes de dormir, evitando o consumo de café e bebidas estimulantes à tarde, além de fazer o jantar o mais cedo possível, por volta das 19 ou 20 horas.

Quem dorme mal é mais estressado e tem níveis maiores do hormônio da fome, chamado de grelina, e níveis menores do hormônio da saciedade, denominado leptina.

Alguns chás podem ajudar a reduzir o estresse, como camomila, melissa, passiflora e mulungu. Podemos incluí-los no nosso dia-a-dia, principalmente no final de tarde e 2 horas antes de dormir.

Além dos chás, é importante aumentar a ingestão de alimentos que sejam fontes de triptofano, magnésio, folato e vitamina B6, nutrientes necessários para a produção da serotonina, podendo auxiliar no equilíbrio das nossas emoções. Incluir aveia, semente de abóbora, folhas verdes escuras, cacau, chocolate amargo, brócolis e grão-de-bico na alimentação é uma forma de fornecer tais nutrientes.

Como na atualidade o excesso de estresse é muito frequente, podemos ainda buscar auxílio de uma classe de suplementos chamados de adaptógenos, que ajudam o  corpo a se adaptar (daí o nome de adaptógenos) a diferentes estímulos e desafios, em especial ao estresse. 

Devido a essa propriedade, os adaptógenos podem contribuir para  diminuir a ansiedade, melhorar a qualidade do sono, a energia e a  produtividade. Algumas das principais ervas adaptógenas são a ashwagandha, panax ginseng, rhodiola rósea e manjericão sagrado, ou tulsi.

Por fim, a meditação, o uso de óleo essencial de lavanda e terapias são outras possíveis estratégias para o melhor gerenciamento do estresse. 

Gosto sempre de enfatizar a necessidade de uma abordagem ampla. Lembre-se que o estresse crônico é resultado de inúmeras situações que se somam, sendo assim, a solução está em variadas estratégias que se complementam.

Sobre Alessandra Feltre:

Alessandra Feltre é nutricionista por paixão, com mais de 15 anos de prática clínica e mais de 9.400 pessoas entre pacientes e alunas. Feltre divulga a ciência e as evidências mais recentes e atuais que possibilitam uma ótima qualidade de vida, de uma forma simples e objetiva, com uma linguagem fácil de entender e praticar. Sua missão é ajudar centenas de milhares de pessoas a conquistar a boa forma física, resgatar a autoestima, fortalecer a imunidade, ter mais disposição e a realizar escolhas – o que comer, como preencher a demanda de nutrientes, com sabor e sem sofrimento e restrições.


Informações para a imprensa:  Visar Planejamento  

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Sesa realiza Dia S de combate ao sarampo e à rubéola no Ceará

Arquivo Sesa - Foto

Vacinas contra o sarampo e da rubéola podem ser aplicadas em pessoas dos 12 meses aos 59 anos

Com o objetivo de identificar possíveis casos novos de sarampo e rubéola, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) intensifica as ações de busca ativa de registros das doenças. Ações tiveram início na terça-feira (17) e seguem até a próxima sexta-feira (27).

De acordo com a assessora do Grupo Técnico das Doenças Preveníveis por Vacinas da Sesa, Karizya Veríssimo, a intenção é investigar sintomas compatíveis com as doenças registrados em prontuários clínicos, fichas de atendimento nas unidades básicas de saúde, em unidades hospitalares e em registros laboratoriais do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), referentes aos últimos 30 dias. “Queremos dar uma atenção especial aos que não tenham sido identificados durante os atendimentos. Neste ano, acrescentamos também a busca ativa comunitária, na qual buscamos casos suspeitos diretamente na comunidade, por meio de visitas domiciliares”, disse.

Para a assessora, a medida é fundamental para estabelecer estratégias eficazes de controle e prevenção, ajudando a evitar a reintrodução doa vírus no estado. “As últimas três confirmações de sarampo no Ceará ocorreram em 2022. Desde então, não houve novos casos confirmados. Em 2023 e 2024, foram notificados 35 e 40 casos suspeitos, respectivamente — todos descartados por critério laboratorial. Em 2025, até o momento, já foram registrados 16 casos suspeitos, também descartados após exames. No caso da rubéola, o Ceará não apresenta casos desde 2008”, disse.

Imunização

Segundo a titular da Coordenadoria de Imunização (Coimu) da Sesa, Ana Karine Borges, a vacinação é a forma mais efetiva de prevenção para as duas doenças. “Existem três tipos de vacinas contra rubéola e sarampo – a dupla viral, que protege do vírus do sarampo e da rubéola e pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto; a tríplice viral, que imuniza contra o vírus do sarampo, caxumba e rubéola e a tetraviral, que protege do vírus do sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora)”.

A gestora ainda orienta que todas as pessoas de 12 meses a 59 anos de idade têm indicação para serem vacinadas contra o sarampo, mas existe uma rotina para as crianças e outra, para os adultos. “Aos 12 meses, a criança recebe a primeira dose e, aos 15 meses, a segunda. Pessoas até 39 anos que não tenham recebido a vacina ou com esquema incompleto devem tomar duas doses com intervalo mínimo de 30 dias. Já quem tem de 40 a 59 anos precisa tomar apenas uma dose”, diz.

Sobre as doenças

O sarampo é uma doença infecciosa aguda grave viral, transmitida pela saliva, por meio da fala, da tosse e do espirro.

Já a rubéola tem o mesmo processo de transmissão, mas, entre as gestantes, apresenta a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações, como aborto e natimorto (bebê que nasce sem vida). Para os recém-nascidos, pode acarretar malformações congênitas, como surdez, problemas cardíacos e lesões oculares.

Os sintomas do sarampo e da rubéola são semelhantes, com febre e manchas avermelhadas pelo corpo. No entanto, o sarampo causa febre alta, irritação nos olhos, tosse seca e tem maior letalidade entre crianças.

Fonte: Kelly Garcia - Ascom Sesa - Texto