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A Agência Europeia do Ambiente (AEA) publicou um relatório que evidenciou uma crise antiga do continente europeu: a poluição atmosférica, que causa por ano mais de 1.200 mortes prematuras de crianças e adolescentes. Nos rankings globais de áreas de risco, a Sérvia geralmente aparece liderando, em virtude de duas usinas de carvão instaladas na capital, Belgrado. Para driblar a contaminação do ar, um grupo de cientistas sérvios liderado pelo Dr. Ivan Spasojevic, Ph.D. em ciências biofísicas, criou um projeto chamado Liquid 3 — um trocadilho com “árvore líquida”, em inglês. A iniciativa tem o papel de purificar o ar, além de ser uma alternativa para a jardinagem urbana. A responsável pela “mágica” é a combinação entre algas marinhas e 600 litros de água, que produz oxigênio por meio de fotossíntese. Como a Sérvia possui uma alta densidade populacional, criar áreas verdes não é uma saída viável. A microalga é capaz de substituir duas árvores de 20 anos, ou 200 metros quadrados de gramado. Apesar de ser uma ótima estrutura para grandes centros — como em Belgrado, em que as árvores não têm uma expectativa de vida muito longa — a inovação não cumpre com outras funções essenciais das árvores, avalia o biólogo e mestre em ciência e tecnologia Paulo Jubilut. “É uma ótima ação para espaços com muito concreto, como o metrô. Contudo, não produz sombra, não serve de abrigo para aves e outros animais, e também não ajuda na drenagem do solo, como as árvores. Além de o investimento ser muito alto”, conclui o professor.
Informação à Imprensa: Juliana Possas (juliana.souza@economidia.com.br)
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