Organizado pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), o III Board Review em Câncer Ginecológico acontece em Fortaleza no sábado (6), reunindo expoentes da Oncologia Ginecológica do país para discutir como serviços com poucos recursos podem ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento para as pacientes com câncer de colo do útero, endométrio e ovário
Importantes nomes
da Oncologia Ginecológica brasileira estarão reunidos no sábado (6) no Hotel GranMarquise,
em Fortaleza, durante o III Board Review em Câncer Ginecológico, evento
organizado pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA). A proposta é fomentar
a atualização da abordagem multidisciplinar do tratamento e acompanhamento de
pacientes com câncer ginecológico. Nesta edição em Fortaleza, atenção especial
será dada às estratégias que facilitem o acesso ao tratamento sistêmico
medicamentoso, cirurgia ou radioterapia para as pacientes atendidas pelo
Sistema Único de Saúde (SUS) por serviços com poucos recursos.
A atividade, que
reúne ginecologistas, oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos,
radio-oncologistas e profissionais de outras especialidades envolvidas no
cuidado à paciente com câncer de colo do útero, endométrio, ovário e outros
tumores ginecológicos, acontecerá das 8h às 17h, com a programação científica,
que reúne dezoito especialistas, dividida nos módulos Colo do Útero, Ovário, Endométrio
e Assuntos Diversos.
A abertura ficará
por conta do câncer de endométrio (corpo do útero). Em pauta, temas como a
implementação da classificação molecular em cenário de baixo recurso; quando
indicar a radioterapia ou a quimioterapia após a cirurgia (adjuvante) de acordo
com a classificação molecular; abordagens quando a paciente apresenta metástase
e o que há de disponível hoje no tratamento de pacientes com doença recorrente
ou metastática.
No painel de Colo
do Útero, que vem na sequência, debate sobre o cenário atual da vacinação
contra o HPV e o tratamento de lesões pré-cancerosas. Destaque também para como
oferecer a Radioterapia em cenário com baixos recursos, além de tópicos práticos em cirurgia como preservação de
fertilidade, estadiamento cirúrgico, cirurgia minimamente invasiva e ressecção
de doença após quimioterapia.
O terceiro bloco
é voltado ao câncer de ovário. Neste módulo, uma discussão sobre a necessidade
(ou não) de cirurgia radical na era dos anti-PARP, que são medicamentos
responsáveis por inibir as enzimas PARP, que
fazem parte da via na qual atua o gene BRCA. Quando alterado, o BRCA favorece o
desenvolvimento de uma série de tumores, em especial os ovarianos e mamários.
Os especialistas também trarão outras abordagens em tratamento sistêmico de
tumores ovarianos com base no perfil molecular.
A comissão científica
é liderada pela oncologista clínica Daniele Assad Suzuki, diretora de Ensino do
EVA e pelo oncologista clínico Eduardo Cronemberger, coordenador regional do III
Board Review em Câncer Ginecológico. Para Daniele, uma das missões do Grupo
sempre foi a da integração entre os profissionais que atuam no tratamento do
câncer ginecológico. “Nada melhor do que um dia dedicado à revisão e
atualização sobre o manejo desses tumores. Após as duas primeiras edições dos
boards regionais em 2019, foi preciso interromper as atividades por conta da
pandemia”, conta.
Segundo estimativas
do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estão previstos 704 mil novos casos de
câncer por ano no Brasil até 2025. Desses, mais de 32 mil novos casos anuais
são ginecológicos. O EVA, composto por um grupo multidisciplinar para ensino,
pesquisa, extensão, tem atuado para promover educação e
conhecimento a respeito. “Estamos muito felizes com essa retomada do III
Board Review em Câncer Ginecológicoe esperamos todos de Fortaleza para
termos um dia proveitoso”, convida Daniele Assad Suzuki, diretora de ensino do
Grupo EVA.
Profissionais da
área da saúde podem se inscrever de forma gratuita pelo
site, clicando aqui:https://doity.com.br/3boardreview.
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