Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), assim como o tabagismo tradicional, também estão associados a doenças pulmonares severas, podendo levar inclusive ao óbito.
O melhor a fazer é não fumar! Sua saúde, agradece!!!
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Em celebração ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) apresentou, no dia 25, o relatório Tratamento do Tabagismo no SUS durante a Pandemia de Covid-19. O trabalho chama a atenção para os impactos no número de tabagistas em tratamento no SUS durante a pandemia, em 2020.
A partir dos dados coletados pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), coordenado pelo INCA, durante o ano de 2020, em relação a 2019, a redução foi de 66% em nível nacional. O impacto variou nas regiões do País, de 59%, na região Norte, a 68%, na região Sudeste do Brasil. Nordeste, com 66% de redução, Centro-Oeste (63%) e Sul (62%) completam o relatório.
“O período analisado foi caracterizado pelo incremento importante da pandemia, com as unidades de saúde atendendo quase que exclusivamente casos de covid-19, além de ter sido um momento em que a população evitava a ida e a permanência em instituições de saúde. O relatório mostrou que essa junção de fatores fez reduzir o tratamento de tabagismo”, explica Vera Borges, psicóloga da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA.
O relatório revela ainda que, apesar da pandemia, cerca de 68 mil tabagistas procuraram atendimento no início do ano passado. "O tabagismo é uma doença crônica e também é fator de risco para outras enfermidades importantes e que são as principais causas de mortalidade da população, como as cardiovasculares, as respiratórias e o câncer. Por isso, o INCA, mesmo em meio à pandemia, capacitou mais de 5 mil profissionais de saúde, preparou uma série de materiais para informar a população e auxiliar as equipes e incentivou o teleatendimento para dar suporte aos tabagistas. “A cessação sempre vale a pena, em qualquer momento da vida, em especial, durante a pandemia de uma doença respiratória grave, para a qual o tabagismo é um fator que pode aumentar o risco de complicações e morte”, destaca Liz Almeida, coordenadora de Prevenção e Vigilância do INCA. E completa: “Estamos nos preparando para retomar e até ampliar o atendimento aos tabagistas no SUS nos patamares anteriores à pandemia”.
No Brasil, o tabagismo mata 162 mil pessoas ao ano e drena R$ 125 bilhões dos cofres públicos anualmente para cobrir despesas com doenças causadas pelo cigarro. Esse custo equivale a 23% do que o Brasil gastou, em 2020, com o enfrentamento à covid-19. O alto custo do tabagismo não inclui os gastos do SUS para tratar a dependência de nicotina, considerada uma das medidas médicas mais efetivas quando comparada com o tratamento das doenças causadas pelo uso de produtos do tabaco. “A Reforma Tributária, em debate no Congresso Nacional, representa uma oportunidade para acrescer o efeito do aumento de preços e impostos sobre tabaco como indutor da cessação de fumar e na prevenção da iniciação no tabagismo entre crianças e adolescentes. Também representa uma oportunidade para vincular recursos para garantir a implementação plena da Convenção-Quadro da OMS para o Controle do Tabaco no Brasil, incluindo a ampliação da cobertura do tratamento para cessação de fumar para as populações de menor renda e escolaridade, que concentram as maiores prevalências de fumantes”, reforça Tânia Cavalcante, secretária executiva da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.
O consumo do tabaco e a exposição à sua fumaça são fatores de risco para doenças crônicas e desigualdade em saúde, o que leva a 8 milhões de mortes no mundo anualmente. “O INCA tem o compromisso de implementar as ações e estratégias para o controle do tabagismo no País, como forma de incentivar uma vida saudável para a população”, enfatiza a diretora-geral do INCA, Ana Cristina Pinho.
Assessoria de Imprensa - Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Pedro Guimarães
relacionamento@inca.gov.br
A Secretaria da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Atenção Psicossocial (COAPS), realizará, nesta quarta-feira (01/09), às 17h, o I Passeio Ciclístico Todos pela Vida, em alusão ao Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção ao suicídio. O percurso iniciará no Boulevard do Arco e finalizará no Alto do Cristo, seguindo todos os protocolos sanitários contra a Covid-19.
A participação é aberta para toda a população, não sendo necessária a realização de inscrições prévias. Além do passeio ciclístico, a imagem do Cristo será iluminada com a cor amarela durante todo o mês.
O I Passeio Ciclístico Todos pela Vida é uma realização da Rede de Atenção Integral à Saúde Mental de Sobral (RAISM) em parceria com a Escola de Saúde Pública Visconde de Sabóia, Academia da Saúde, Guarda Municipal de Sobral, Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer (Secjel), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Totolec Show.
Fonte: Sobral em Revista
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Foto: Google Imagens |
Neste momento em que ficar em casa ainda é a alternativa mais segura à saúde, a atividade física pode acabar perdendo lugar na rotina da população. A mudança de hábito aumenta os riscos de problemas de saúde, principalmente para quem já possuí alguma doença óssea. Segundo o reumatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Leandro Parmigiani, o quadro eleva a chance de perda muscular e o risco de fraturas em quem já convive com a osteoporose.
“O exercício físico é muito importante para os pacientes que convivem com doenças como osteoporose, osteoartrite e artrite reumatoide, pois ajuda a fortalecer a qualidade do osso e estabilizar a integridade da articulação. Mas vale lembrar que para cada problema há uma indicação de atividade”, explica o médico.
No caso da osteoporose e artrite reumatoide controlada, exercícios com carga, como a musculação, são os mais indicados. Já para os pacientes com osteoartrite a recomendação é de inclusão de dinâmicas de baixo impacto como a hidroginástica e natação para evitar o risco de aceleração do desgaste articular.
Parmigiani lembra que, além do exercício físico, os quadros das doenças são impactados por mais dois aspectos: alimentação e obesidade. “A manutenção do peso evita o aumento de células inflamatórias que estão envolvidas nos processos das doenças reumatológicas, cardiológicas, renais e dermatológicas entre tantos outros”, explica.
A ingesta excessiva de álcool e o tabagismo também aceleram o envelhecimento celular e levam a um maior desgaste dos ossos e das articulações. “Sabemos que neste momento pandêmico alguns hábitos não saudáveis ganham protagonismo. Mas é importante que, além da segurança contra a covid-19, não deixemos de cuidar da saúde por completo para evitar outras consequências”, complementa o reumatologista.
Você conhece a diferença entre artrite, artrose e osteoporose?
Artrite: é uma inflamação importante das articulações que provoca dores constantes e limitações decorrentes deste processo inflamatório autoimune. Vale lembrar que várias doenças, inclusive infecções virais e bacterianas, podem causar o problema.
Artrose: definida agora por Osteoartrite: é uma doença degenerativa do envelhecimento que também provoca uma inflamação articular em proporção menor que a Artrite Reumatoide, levando ao desgaste articular.
Osteoporose: é uma doença silenciosa, que não causa dor, mas provoca fraturas devido à fragilidade óssea.
Informações para a imprensa:
TREE COMUNICAÇÃO
Rhayssa Nascimento- rhayssa.nascimento@tree.inf.br
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Foto: Release |
Foto: Divulgação
O Sindicato dos Médicos do Ceará encaminhou, na última terça-feira (24), um ofício ao Ministério da Saúde solicitando informações sobre o cronograma de vacinação para aplicação da 3ª dose das vacinas contra a Covid-19 nos profissionais da saúde. No documento, o Departamento Jurídico do Sindicato relembra ao Ministério da Saúde que, no dia 2 de junho, já havia oficiado o órgão solicitando informações sobre qual seria o plano estratégico e as medidas que seriam adotadas quanto a uma eventual necessidade de uma terceira dose das vacinas.
A ação acontece após o Ministério afirmar, no dia 18 de agosto, que haveria aplicação da terceira dose da vacina, iniciando pelos profissionais da saúde e idosos. O Sindicato dos Médicos solicita, ainda, a possibilidade de uma segunda vacina aos profissionais da saúde, dentro das condições de vacinação do país, tendo em vista que estes profissionais tomaram o imunizante de menor eficácia, que é o caso da Coronavac, apontado na pesquisa por 98,9% dos médicos cearenses.
Pesquisa
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Foto: Divulgação |
iniciada em 20 de julho, o levantamento obteve 824 respostas, em que 99,6% afirmam ter sido vacinado; 80,7% não acredita que está protegido contra a doença após a vacinação; 87,3% tem interesse que o Sindicato dos Médicos atue para garantir uma terceira dose do imunizante; 95,9% tem interesse que o Sindicato dos Médicos atue para garantir um imunizante de outro fabricante; e 47,9% dos profissionais acreditam que a Pfizer é o imunizante ideal para a categoria médica.
A cobrança acontece devido ao cenário atual de avanço da variante delta em todo o país e após a obtenção de todos os dados científicos, além do número de doses suficientes, para orientar o reforço dessa vacina. “Os profissionais da saúde são os mais expostos ao contágio do vírus e, diante do aumento desta variante, precisamos garantir que estejam mais protegidos para que continuem a salvar vidas”, afirma o presidente do Sindicato, Dr. Leonardo Alcântara.
Assessoria de Imprensa Sindicato dos Médicos do Ceará — Capuchino Press
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Cientistas da Unesp identificaram um veneno na cobra jararacuçú, capaz de conter a reprodução do novo coronavírus - Foto: Miguel Nema - Parque Estadual Serra do Mar |
Cientistas do Instituto de Química da Unesp, em Araraquara, São Paulo, identificaram um veneno de cobra brasileira, a jararacuçú, capaz de conter a reprodução do novo coronavírus.
Após testes em laboratório, os pesquisadores observaram que a molécula extraída do veneno do réptil inibiu em 75% a capacidade do vírus de se multiplicar em células de macacos.
Os resultados foram publicados na última semana na revista científica internacional Molecules.
Eduardo Maffud Cilli, professor do IQ e um dos autores do trabalho, explicou que o estudo preliminar apresenta um caminho promissor na busca por medicamentos para tratar pacientes contaminados pela Covid-19.
“Nós encontramos um peptídeo que não é tóxico para as células, mas que inibe a replicação do vírus. Com isso, se o composto virar um remédio no futuro, o organismo ganharia tempo para agir e criar os anticorpos necessários, já que o vírus estaria com sua velocidade de infecção comprometida e não avançaria no organismo”, disse.
A Jararacuçu (Bothrops jararacussu) é uma víbora venenosa da família dos viperídeos. Além do Brasil, ela é encontrada na Bolívia.
Como bloqueia a doença
O grande desafio para a criação de um novo fármaco é garantir que ele seja eficiente e, ao mesmo tempo, não gere reações adversas para quem for tomar da medicação.
O peptídeo encontrado na Jararacuçu é uma molécula que interage e bloqueia a PLPro, uma das enzimas do coronavírus responsáveis por sua multiplicação nas células.
De acordo com o docente do IQ, esse mecanismo de ação é interessante porque todas as variantes do SARS-CoV-2 possuem a PLPro, então a tendência é de que a molécula do réptil mantenha sua eficácia contra diferentes mutações do vírus.
Embora diversas vacinas tenham sido aprovadas recentemente, a imunização completa da população mundial ainda levará tempo, o que, junto com o surgimento de novas variantes, reforça a importância da procura por tratamentos eficazes.
A descoberta
A ideia de investigar o potencial do veneno da serpente contra o novo coronavírus surgiu quando, recentemente, cientistas do Instituto de Química da Unesp descobriram que o peptídeo da cobra tinha atividade antibacteriana.
Isso os motivou a realizar novos testes para avaliar se ele também poderia agir em partículas virais.
Inicialmente, os efeitos não foram tão elevados, mas após algumas pequenas modificações na estrutura química da molécula sintetizada no IQ, sua atividade antiviral começou a aumentar até inibir 75% da capacidade do vírus se multiplicar nas células.
A eficiência do peptídeo foi testada no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, em São Paulo, onde uma amostra do coronavírus está isolada.
Próximos passos
Nos próximos passos do estudo os especialistas vão avaliar a eficiência de diferentes dosagens da molécula.
Eles também querem saber se ela pode exercer outras funções na célula, como a de proteção, para evitar que o vírus a invada.
Após o fim desses testes, a pesquisa pretende avançar para a etapa pré-clínica, em que será estudada a eficácia do peptídeo para tratar animais infectados pelo novo coronavírus.
“Nossos resultados são promissores e representam um recurso valioso na exploração de novas moléculas para a descoberta e desenvolvimento de fármacos contra a infecção por SARS-CoV-2”, finaliza Cilli.
Com informações da Unesp
via: https://www.sonoticiaboa.com.br/
Além de ser um dos tipos mais frequentes no mundo, o câncer gástrico, também chamado câncer de estômago, é ainda um dos mais perigosos por ser normalmente diagnosticado em estágios avançados, em fase metastática (quando se espalha para outros órgãos). O Instituto Nacional do Câncer estima, apenas para 2022, 13.360 casos novos da doença em homens e 7.870 em mulheres.
Dada a gravidade, esforços de pesquisa na área da saúde para abrandar o problema passam pela descoberta de formas para combater o câncer de modo precoce e direcionado, identificando sua presença em estágios iniciais por meio de biomarcadores no organismo, que podem funcionar ainda como alvos de terapia. É esse o foco de estudo desenvolvido na Universidade Federal do Ceará.
Em artigo publicado no Journal of Cellular Biochemistry, com autoria principal do doutorando em Farmacologia Felipe Mesquita, a equipe de pesquisadores da UFC, em parceria com a Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill (EUA), avaliou o potencial da quinase Aurora A (AURKA) para cumprir a função de biomarcador e servir como alvo de fármacos, de modo a controlar o avanço do câncer.
Na prática, isso significa que, a partir da identificação e do estudo aprofundado do biomarcador AURKA, enzima que cumpre funções importantes no organismo relacionadas ao avanço do câncer, seria possível o desenvolvimento de novos medicamentos focados justamente nela.
Essa é uma conclusão possível por conta da maior expressão de AURKA tanto nas células cancerígenas usadas como modelo no estudo quanto nos tecidos tumorais analisados. Para o paciente, essa superexpressão significa um avanço maior da doença e uma menor possibilidade de cura. Atingindo e controlando a enzima, portanto, poderia haver uma diminuição na gravidade do câncer.
“Por estar em altas quantidades na célula de câncer, [o AURKA] pode ser um alvo para medicamentos que vão inibir o progresso do tumor. Isso, sem dúvida, traria benefício para o paciente. Entretanto, estamos ainda longe de afirmar que isso possibilitaria a cura da doença”, aponta a Profª Raquel Montenegro, do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da UFC, orientadora da pesquisa.
INIBIDORES
Para comprovar a possibilidade de afetar as células cancerígenas e, consequentemente, o avanço da doença usando esse biomarcador como alvo terapêutico, os pesquisadores fizeram testes de inibição da enzima. Ao todo, 145 inibidores da quinase foram avaliados, realizando a exploração de seus efeitos antiproliferativos e antimigratórios (para impedir as células doentes de migrar para outras partes do organismo).
Um desses inibidores foi o GW779439X, molécula desenhada especificamente para coibir o avanço da AURKA que apresentou os melhores resultados na pesquisa. Com a ação dessa molécula, constatou-se o impedimento da proliferação da célula tumoral gástrica, que acaba morrendo.
A pesquisa revelou que o inibidor da quinase causou ainda uma redução da expressão, na linhagem celular estudada, do c-MYC, oncogene também ligado ao nível de agressividade e proliferação do câncer. Com isso, promove-se uma rota relevante para o bloqueio do ciclo e da proliferação das células cancerígenas.
“Quando ele [o c-MYC] está em grandes quantidades, o câncer de estômago tende a progredir para a metástase. Vimos na nossa pesquisa que, quando inibimos o biomarcador AURKA nas células de câncer gástrico, a quantidade de c-MYC na célula é reduzida. Com isso, podemos impedir o progresso maligno da doença”, explica a Profª Raquel.
GUARDIÃO DO GENOMA
Outra consequência da utilização do inibidor foi a restauração das funções protetivas de alguns genes responsáveis por bloquear a proliferação das células. Um desses genes é o CDKN1A, cuja função protetiva é desativada em células tumorais quando há um aumento nos níveis de c-MYC.
Outro gene também importante nesse aspecto é o TP53, apelidado de “guardião do genoma”, dada sua característica de proteção do DNA das células humanas. Essa proteção depende, porém, de sua presença em grandes quantidades no interior das células.
“Nas células de câncer de estômago, e em outros tipos de câncer, o TP53 se encontra reduzido, deixando-as desprotegidas. Isso é ruim, uma vez que o DNA é o centro de comando das células humanas. Qualquer dano ao DNA pode ter repercussões catastróficas. A pesquisa mostrou que, ao inibir o biomarcador AURKA, a célula de câncer de estômago volta a produzir grandes quantidades do guardião do genoma humano”, detalha a Profª Raquel.
SAIBA MAIS
O estudo publicado na Journal of Cellular Biochemistry é desenvolvido numa parceria entre o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), o Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, o Departamento de Patologia e Medicina Legal (os três da UFC) e a Divisão de Biologia Química e Química Medicinal da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill.
Assinam o artigo, além de Felipe Mesquita e da Profª Raquel Montenegro, os pesquisadores Emerson Lucena da Silva, Pedro Souza, Luina Lima, Jackson Amaral, Prof. William Zuercher, Louise Albuquerque, Profª Silvia Rabenhorst, Caroline Moreira-Nunes e Profª Maria Elisabete Amaral de Moraes.
A pesquisa teve financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Leia o artigo completo (em inglês).
Em pesquisa anterior desenvolvida no Laboratório de Farmacologia do NPDM, outra possibilidade de biomarcador para o tratamento de câncer gástrico havia sido avaliada. Publicado na revista Toxicology in Vitro, o artigo analisava o gene MAPK14 e como sua inibição afetava a proliferação da doença. A pesquisa completa também está disponível para leitura (em inglês).
Fonte: Profª Raquel Montenegro, do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) – e-mail: rcm.montenegro@gmail.com
Sim, cada tipo de câncer se comporta de maneira diferente e cada paciente reage de forma diversa aos tratamentos. Então, mesmo após os primeiros anos do tratamento, é importante dar continuidade às consultas. Este procedimento permitirá a realização de um exame clínico constante e minucioso e, se necessário, a solicitação de outros exames como tomografias, ressonância, ultrassonografia e outros.
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Foto: Google Imagens
Daikelly Iglesias Braghirolli, professora e coordenadora do curso de Farmácia do Cesuca, avalia ainda o crescimento da automedicação na pandemia
A automedicação é uma prática recorrente entre os brasileiros, e na pandemia, as pessoas passaram a se automedicar com maior frequência. Segundo estudo do Conselho Federal de Farmácia (CFF), os números chegaram a um índice de 857% de crescimento de vendas e consumo de remédios por conta própria.
Ainda segundo o levantamento, foi observado um aumento das vendas e do consumo de medicamentos como Vitamina C, Vitamina D, Azitromicina, Dexametasona, Nitazoxanida e Hidroxicloroquina.
Daikelly Iglesias Braghirolli, coordenadora do curso de Farmácia do Centro Universitário Cesuca, relata que a cultura da automedicação é bastante presente entre os brasileiros e que cerca de 77% das pessoas, ainda segundo o CFF, costumam se automedicar.
“Durante a pandemia, a prática da automedicação tem sido ainda mais frequente. As pessoas ficam com receio de ir até postos de saúde ou clínicas médicas e utilizam medicamentos por conta própria. Outro motivo que contribui para essa prática são as falsas promessa de cura a partir de certos medicamentos. Essa cultura social é prejudicial à saúde, seja ela pessoal ou coletiva, haja vista que quanto ao coronavírus, por exemplo, as únicas formas de interromper a transmissão da doença consistem na vacinação e distanciamento social com uso de máscaras”, ressalta.
A farmacêutica ressalta ainda, que ao contrário do que as pessoas pensam, a automedicação pode trazer diversas complicações e riscos à saúde. “Apesar de, aparentemente, o uso de medicamentos por conta própria parecer solucionar um problema, ele pode causar o oposto. Essa ação pode agravar uma doença ou, até mesmo, causar uma nova enfermidade e até mascarar sintomas, dificultando um diagnóstico correto”, alerta.
Daikelly explica, que entre os problemas recorrentes desse contexto, é preciso mencionar os antimicrobianos e o desenvolvimento de resistência por microorganismos que comprometem a eficácia da terapia medicamentosa. “Utilizar qualquer tipo de medicamento por conta própria também pode causar intoxicações, reações alérgicas, e interações medicamentosas, ressalta a farmacêutica.
CATEGORIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS
“Os que não apresentam tarja são medicamentos de venda livre, isto é, podem ser comercializados e adquiridos por um indivíduo, sem a obrigatoriedade de prescrição médica. Contudo, esses medicamentos não são isentos de efeitos colaterais e reações adversas, que podem ser bastante desconfortáveis, e quando usados de forma inadequada, também podem ocasionar intoxicações”, enfatiza.
Por fim, a farmacêutica alerta que até mesmo o uso de plantas medicinais deve ser feito com prudência e que os indivíduos sempre devem buscar informações corretas com profissionais de saúde. “Farmacêuticos podem auxiliar nas dúvidas existentes dos pacientes, pois estão capacitados para informar sobre os riscos do uso de um determinado medicamento e a orientar sobre o seu uso correto. Entretanto, o encaminhamento médico e a prescrição médica sempre devem ser procurados”, destaca.
Informações: XCOM Agência de Comunicação
Bianca Lodi - bianca.lodi@xcom.net.br
Nas redes sociais, a secretária da saúde de Sobral, Regina Carvalho, convoca pais para cadastro dos filhos no Vacinasol.
Link para cadastro: http://vacinasol.sobral.ce.gov.br//solicitacao
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Momento da atividade de ensino realizado no DEPE da Santa Casa com o Dr. Flávio Mendes |
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Acadêmicos do Curso de Medicina da UFC) e do curso médico do Centro Universitários INTA |
Matéria: BES
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Rápida propagação de variante Delta reforça necessidade de medidas de proteção Divulgação |
Especialista explica o que se sabe até o momento sobre a variante e o que fazer para se prevenir
Surgida em dezembro de 2020, na Índia, a variante Delta da COVID-19 tem se espalhado rapidamente por diversas cidades do mundo e trazido urgentes necessidades de aceleração no processo de vacinação e retomada das regras de restrição. No Brasil, entre 10 de janeiro e 17 de julho, foram notificados 27 casos da doença, que têm sido monitorados de perto pelas autoridades e muitos apresentaram evolução favorável. No entanto, de acordo com o Centro Estadual de Vigilância e Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS), os dados disponíveis não possibilitam estabelecer consenso sobre sua transmissibilidade, gravidade e potencial de escape imunológico.
Desde o início da pandemia, quatro variantes de destaque da COVID-19 já foram identificadas: Alfa, Beta, Gama e a já referida Delta. “Já era esperado que aparecessem variantes do SARS-CoV-2, por isso os grupos de vigilância têm realizado ações para monitorá-las”, explica a Profª Drª. Raquel Xavier de Souza Saito, docente do curso de graduação em enfermagem da Faculdade Santa Marcelina. “Esse acompanhamento é importante para entendermos a capacidade de transmissão dessas variantes, os números de quadros infecciosos graves, a eficácia dos tratamentos disponíveis e, principalmente, a efetividade das vacinas”.
Nesse contexto, a Delta acaba por ganhar destaque visto que estudos preliminares apontam maior potencial de transmissão dessa variante quando comparada com as demais, especialmente no que diz respeito a pessoas que estejam com o sistema imunológico comprometido. “Esse grupo pode apresentar evoluções mais desfavoráveis quando infectados pela variante Delta, e nisso se incluem idosos”, completa Raquel.
É importante lembrar que a vacinação está entre as principais medidas de prevenção contra a doença, e estudos preliminares atestam a eficácia dos imunizantes disponíveis no Brasil na prevenção das infecções. No entanto, a professora lembra que nenhuma vacina tem eficácia de 100%. “Por isso, é muito importante que, mesmo após a imunização completa pelas vacinas, as pessoas sigam fazendo o distanciamento social, a higienização das mãos, sigam com o uso de máscaras e com a limpeza e desinfecção de ambientes”, acrescenta. “Estas medidas, somadas ao isolamento de casos suspeitos e confirmados de infectados, favorecem o controle da transmissão da Covid-19 e suas variantes existentes e novas que possam vir a surgir”.
Sintomas
Os sintomas apresentados pela variante Delta são os mesmo da COVID-19 regular, então é importante estar atento para saber reconhecer, identificar e notificar qualquer suspeita da doença para as autoridades responsáveis. “O indivíduo com os sintomas leves da infecção, chamada síndrome gripal, irá apresentar pelo menos dois dos seguintes sintomas: febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza e distúrbios olfativos ou gustativos”, explica a professora.
Sobre os sintomas de casos graves da doença, conhecidos como síndrome respiratória, Raquel completa que a pessoa infectada irá sentir um desconforto respiratório, pressão ou dor no tórax, ou coloração azulada nos lábios ou rosto. “Em crianças, além dos itens anteriores, é importante observar os batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência”, finaliza.
Informações: XCOM Agência de Comunicação WTD
João Andrade - joao.andrade@xcom.net.br-
FDA: “Você não é um cavalo, pare de tomar ivermectina”
A agência americana usou o Twitter neste sábado para fazer um alerta sobre o uso do medicamento ineficaz contra a Covid
Food and Drug Administration (FDA, a “Anvisa dos EUA”) usou o Twitter neste sábado para fazer um alerta sobre o uso da ivermectina, medicamento ineficaz contra a Covid.
“Você não é um cavalo. Você não é uma vaca. Sério, parem com isso”, diz o tuíte.
Na publicação, a agência compartilhou um texto intitulado: “Por que você não deve usar ivermectina para tratar ou prevenir Covid-19”.
O artigo foi publicado em maio deste ano e detalha o posicionamento da FDA sobre o uso do medicamento.
“A FDA não aprovou a ivermectina para uso no tratamento ou prevenção de Covid em humanos. Os comprimidos de ivermectina são aprovados em doses muito específicas contra vermes, piolhos e doenças da pele como a rosácea. A ivermectina não é um antiviral”, diz trecho.
No texto, a FDA diz ainda que a versão da ivermectina para uso animal “pode ser altamente tóxica em humanos”.
Fonte: Redação O Antagonista
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A pesquisa analisa a cobertura vacinal em crianças nascidas vivas em 2017 e 2018 aos 12, 18 e 24 meses de vida (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil) |
A pandemia de covid-19 reforçou ao mundo a importância da vacinação para a prevenção de doenças. Quando uma pessoa toma uma vacina, ela protege não só a própria saúde como também a de quem convive com ela e toda a sociedade. Para saber como está a vacinação infantil no Brasil, o Ministério da Saúde realiza o Inquérito de Cobertura Vacinal (ICV). Em âmbito estadual, a investigação é coordenada pela Universidade Federal do Ceará com apoio das Secretarias de Saúde dos municípios de Fortaleza e de Sobral, além da Secretaria da Saúde do Estado (SESA).
O estudo, iniciado no ano passado, busca identificar não só a proporção mas também os fatores que influenciam a cobertura vacinal em crianças nascidas vivas em 2017 e 2018 aos 12, 18 e 24 meses de vida. O público-alvo constitui-se de meninos e meninas residentes em áreas urbanas de 19 capitais e no Distrito Federal, além de cidades do Interior, recentemente incluídas na pesquisa.
De acordo com os coordenadores do inquérito no Ceará, Alberto Novaes Ramos Jr. e Jaqueline Caracas Barbosa, docentes do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da UFC, o estudo está em desenvolvimento em Fortaleza, faltando cerca de 35% para a meta estabelecida de alcançar 1.808 crianças. Já para a etapa de Sobral, cujo trabalho de campo será iniciado ainda neste semestre, os pesquisadores planejam realizar entrevistas junto a responsáveis e verificar os cartões de vacinação de 452 crianças.
A pesquisa analisa a caderneta de vacinação desde o nascimento até a data da entrevista. Entrevistadores devidamente identificados vão às residências de crianças sorteadas, coletam informações econômicas, clínicas epidemiológicas e de acesso a serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e fazem o registro fotográfico do cartão de vacinação da criança.
Os docentes reforçam a necessidade do engajamento da população na pesquisa. Eles relatam dificuldade de acesso das equipes do trabalho de campo a casas e condomínios em algumas áreas de Fortaleza. "A investigação é realizada por pesquisadores selecionados e treinados, sob supervisão e monitoramento de equipes locais e nacional", afirmam, ressaltando que os pesquisadores que vão aos domicílios seguem os protocolos sanitários estabelecidos pelas autoridades e são identificados com documentos oficiais do projeto.
IMPORTÂNCIA ‒ Apesar de ainda não terem resultados preliminares do Inquérito de Cobertura Vacinal, dados anteriores do Ministério da Saúde indicam uma redução significativa das coberturas para várias vacinas na população infantil. Daí a importância do estudo, que vai avaliar não só quantas crianças estão sendo vacinadas, mas também revelar os principais motivos da redução da cobertura vacinal.
"Vacinar é um ato muito importante, pois justamente possibilita que as doenças imunopreveníveis não circulem em nosso meio. Mais recentemente tem nos preocupado a situação do sarampo pelos surtos vivenciados particularmente a partir de 2018, mas também da difteria e do próprio tétano", destacam os professores Alberto Novaes e Jaqueline Barbosa.
Todas as vacinas que constam no calendário de vacinação preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde são gratuitas e devem estar disponíveis nas unidades de atenção primária à saúde. Mais informações pelo Disque Saúde por meio do número 136.
O Inquérito Nacional de Cobertura Vacinal é financiado pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Além do Ceará, a investigação ocorre nas capitais e em algumas cidades do interior dos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins, além do Distrito Federal, bem como em algumas cidades do Interior.
Leia também: UFC integra pesquisa sobre cobertura nacional de vacinação em crianças nascidas em 2017
Fontes: Prof. Alberto Novaes Jr., coordenador do ICV no Ceará; Profª Jaqueline Caracas Barbosa, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da UFC – e-mail: icv.ceara2020@gmail.com
Será realizada, dia 25 de agosto, a 13ª Conferência Municipal de Assistência Social de Sobral. O evento, organizado pelo Conselho Municipal da Assistência Social de Sobral (CMAS), tem como objetivo avaliar as políticas públicas da área e propor ações para a Assistência Social nos níveis municipal, estadual e federal, além de eleger delegados para a Conferência Estadual.
O processo conferencial deverá ser realizado durante a semana de 16 a 20 de agosto. Em um primeiro momento, as pré-conferências serão realizadas de forma presencial, nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e no Centro Pop, em reuniões com até 20 pessoas, mantendo as medidas de distanciamento necessárias à prevenção da Covid-19.
Na ocasião, deverão ser debatidas as propostas a serem apresentadas e votadas na Conferência. A segunda etapa da reunião acontecerá no dia 25 de agosto, de forma virtual, e contará com a participação de mais de 100 pessoas entre profissionais, usuários e trabalhadores da política da Assistência Social.
Inscrições AQUI – https://bit.ly/3mbtfS3
Fonte: Sobral em Revista
Veneno de uma das aranhas mais perigosas do mundo pode salvar vidas, diz pesquisa - Foto: Victor Chang Institute
Pesquisadores australianos descobriram que o veneno de uma das aranhas mais perigosas do mundo pode prevenir ataques cardíacos e salvar vidas.
Eles contam que uma molécula do veneno, utilizada corretamente, pode prevenir os danos causados durante um ataque cardíaco, além de ajudar na adaptação de corações transplantados
O estudo foi realizado pelo Instituto de Pesquisa Cardíaca Victor Chang, em colaboração com a Universidade de Queensland. A pesquisa está publicada na revista científica Circulation.
A pesquisa
A aranha teia-de-funil, encontrada na praia Phrase Fraser, na Austrália, é considerada uma das mais perigosas do planeta.
Os pesquisadores então isolaram uma molécula do veneno do animal e desenvolveram uma proteína chamada Hi1a. Os primeiros testes foram realizados em um paciente que apresentava danos cardíacos após infarto, que respondeu muito bem ao tratamento.
“Isso não só ajudará as centenas de milhares de pessoas que têm um ataque cardíaco todos os anos em todo o mundo, mas também poderá aumentar o número e a qualidade dos corações de doadores, o que dará esperança aos que aguardam na lista de transplantes”, ressaltou o professor Peter Macdonald, do Instituto Victor Chang, um dos autores do estudo.
Testes clínicos
Com as respostas positivas do primeiro paciente, os cientistas agora se preparam para a realização dos primeiros testes clínicos, que devem acontecer também na Austrália, nos próximos dois anos.
“Em décadas de pesquisa, ninguém foi capaz de desenvolver uma droga que interrompa esse sinal de morte nas células do coração, uma das razões pelas quais as doenças cardíacas continuam sendo a principal causa de morte no mundo”, disse Nathan Palpant, um dos co-autores do estudo.
Com informações de Green Me
via: https://www.sonoticiaboa.com.br/
A alta ocorrência de casos entre gestantes se dá, a princípio, por uma maior tendência de hipercoagulabilidade do sangue durante esse período da vida da mulher, algo que pode ser fruto da evolução, como um mecanismo de sobrevivência. “Durante o período de periparto, as gestantes estão mais propensas a sofrer hemorragias. Estudos indicam que essa maior tendência de coagulabilidade do sangue pode ter sido a resposta evolutiva para proteção da mãe e dos bebês”, explica Dr. Marcelo Melzer Teruchkin, cirurgião vascular do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH).
Porém, o mesmo mecanismo de proteção, unido a outros fatores adversos, pode ser o causador de trombos, que podem causar desde tromboses de veias superficiais, à trombose venosa profunda até à embolia pulmonar.
Pacientes que precisam ficar em repouso no leito por mais de quatro dias, e ainda a presença de obesidade, elevam o risco para o desenvolvimento de uma trombose venosa. “Nesses casos, o coágulo pode obstruir o vaso responsável por trazer o sangue que está voltando de um órgão ou de um membro para o coração e pulmão. O mais comum é a trombose das pernas e, nesse caso, pode ocorrer uma inflamação local”, esclarece a Dra. Joyce Annichino, hematologista e professora do departamento de clínica médica da Unicamp, Vice-presidente da SBTH.
Pacientes que apresentaram hemorragia superior a um litro de sangue no período de pós-parto também apresentam risco aumentando de trombose. “Se a paciente tiver a necessidade de realizar uma transfusão, já pode ser um fator de risco para a formação de coágulos” afirma o Dr. Teruchkin.
A idade também é um fator de ameaça para trombose, já que naturalmente o risco de desenvolvimento de um coágulo venoso aumenta com o envelhecimento do corpo. “Gestantes que estejam acima dos 40 anos precisam estar atentas, pois, em muitos casos, com a idade, aparecem outros fatores de risco, como a obesidade e cardiopatias”, completa o cirurgião. “Há ainda fatores, como desidratação, procedimentos cirúrgicos durante a gestação ou puerpério, varizes, diabetes e tabagismo, que completam um quadro de maior predisposição à trombose”.
Sintomas, prevenção e tratamentos
É importante ressaltar que não há motivos para pânico, já que existem medidas eficazes de prevenção e tratamentos. “A gestante e a puérpera devem estar atentas a sintomas como dores em pernas, coxas, braços e abdômen, inchaço, endurecimento, mudança de coloração (azulada ou avermelhada) e calor no local, pois esses podem apontar para uma possível trombose venosa profunda”, ressalta a Dra. Joyce Annichino. “E a dor torácica, falta de ar e elevação da frequência cardíaca e respiratória podem ser sintomas da embolia pulmonar”.
“A prevenção do TEV periparto tem seus pilares no acompanhamento obstétrico regular, controle de peso, prática de atividade física orientada, boa hidratação, uso de meias de compressão e profilaxia medicamentosa em situações específicas. Já a base do tratamento está no uso de anticoagulantes, repouso, meias de compressão e acompanhamento com cirurgião vascular”, salienta Dr. Marcelo Teruchkin.
Prevenção da trombose no pós-parto
Após o nascimento do bebê, existe um aumento de risco de trombose, muitas vezes superior a 30 vezes. “Em geral, é o momento de maior risco de trombose na vida da mulher”, comenta a Dra. Venina Barros, presidente da Comissão Nacional de Tromboembolismo e Hemorragia na Mulher da FEBRASGO, médica da Clínica Obstétrica do Setor de Trombose e Trombofilias na Gravidez do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e membro da SBTH. “Nessa fase, os fatores de risco para trombose precisam ser avaliados em todas as pacientes. Desta forma, as mulheres de alto risco para trombose devem receber, quando necessário, tratamento preventivo com anticoagulantes, ou, quando não for possível, devem ser orientadas para o uso de meias elásticas e a iniciar movimentação o mais precoce possível após o parto”, completa.
O risco de trombose também deve ser avaliado quando a gestante precisa ficar internada no hospital por outro motivo além da concepção, visto que mesmo após o parto normal, o risco de trombose é grande – especialmente se o processo tiver sido muito prolongado ou muito difícil. “A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) publicou neste ano um manual de como prevenir trombose na hospitalização de gestantes e puérperas, que está disponível para todos os ginecologistas. É muito importante que a gestante peça uma avaliação do seu risco de trombose na gravidez e no seu parto para o seu obstetra”, finaliza.
Informações: XCOM Agência de Comunicação WTD
João Andrade - joao.andrade@xcom.net.br-