segunda-feira, 10 de julho de 2017

Base de dados ampliada pode abrir caminho para a cardiologia personalizada

Foto: Reprodução
A questão da viabilidade econômica dos novos medicamentos de ponta também preocupa os cardiologistas, de acordo com o Dr. Francisco Antonio Helfenstein Fonseca, professor-associado de Cardiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do setor de Lípides, Aterosclerose e Biologia Vascular da instituição. O Dr. Fonseca falou sobre inibidores de PCSK9, como o evolocumabe, desenvolvido para controle do LDL nos casos de hipercolesterolemia familial hetero e homozigóticas, com grande estudo[8] publicado em maio, no New England Journal of Medicine.

As causas das hipercolesterolemias familiais foram identificadas há 14 anos, numa série de mutações no gene do receptor de LDL e em mutações autossômicas dominantes no gene PCSK9 (proprotein convertase subtilisin/kexin type 9), cuja proteína se liga aos receptores de LDL no fígado, marcando-os para degradação. Inibidores como o evolocumabe, um anticorpo monoclonal, se ligam à PCSK9, impedindo a degradação desses receptores que, assim, podem continuar removendo o LDL do sangue. O anticorpo é altamente específico, não atravessa a barreira hematoencefálica, e o a atuação dele não depende de função renal ou hepática, além de se mostrar seguro e bem tolerado. O estudo mostrou que o produto é capaz de reduzir os níveis de LDL em 60%, com redução de 27% nos casos de infarto e 21% nos de acidente vascular cerebral (AVC), inclusive entre pessoas que já tomavam estatinas e não respondiam ao tratamento.
 
Foto: Reprodução
A questão que se coloca em países como o Brasil é o preço (em torno de R$ 33 mil/ano) e não a efetividade, sobretudo em portadores de hipercolesterolemia familial. Estudos realizados em países como a Espanha [9], mostram que o evolocumabe é uma opção custo-efetiva nos casos familiais, em que o uso do medicamento reduziu os casos de morte ao longo de 10 anos de 50% para 27%. Nos EUA, ela também é custo-efetiva nesse grupo de pacientes, mas não para prevenção da doença cardiovascular.
A questão da viabilidade econômica dos novos medicamentos de ponta também preocupa os cardiologistas, de acordo com o Dr. Francisco Antonio Helfenstein Fonseca, professor-associado de Cardiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do setor de Lípides, Aterosclerose e Biologia Vascular da instituição. O Dr. Fonseca falou sobre inibidores de PCSK9, como o evolocumabe, desenvolvido para controle do LDL nos casos de hipercolesterolemia familial hetero e homozigóticas, com grande estudo[8] publicado em maio, no New England Journal of Medicine.

As causas das hipercolesterolemias familiais foram identificadas há 14 anos, numa série de mutações no gene do receptor de LDL e em mutações autossômicas dominantes no gene PCSK9 (proprotein convertase subtilisin/kexin type 9), cuja proteína se liga aos receptores de LDL no fígado, marcando-os para degradação. Inibidores como o evolocumabe, um anticorpo monoclonal, se ligam à PCSK9, impedindo a degradação desses receptores que, assim, podem continuar removendo o LDL do sangue. O anticorpo é altamente específico, não atravessa a barreira hematoencefálica, e o a atuação dele não depende de função renal ou hepática, além de se mostrar seguro e bem tolerado. O estudo mostrou que o produto é capaz de reduzir os níveis de LDL em 60%, com redução de 27% nos casos de infarto e 21% nos de acidente vascular cerebral (AVC), inclusive entre pessoas que já tomavam estatinas e não respondiam ao tratamento.

A questão que se coloca em países como o Brasil é o preço (em torno de R$ 33 mil/ano) e não a efetividade, sobretudo em portadores de hipercolesterolemia familial. Estudos realizados em países como a Espanha [9], mostram que o evolocumabe é uma opção custo-efetiva nos casos familiais, em que o uso do medicamento reduziu os casos de morte ao longo de 10 anos de 50% para 27%. Nos EUA, ela também é custo-efetiva nesse grupo de pacientes, mas não para prevenção da doença cardiovascular.
REFERÊNCIAS
Bhatt, Deepak L. et al. "ACC/AHA/STS Statement On The Future Of Registries And The Performance Measurement Enterprise". Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes (2015): HCQ.0000000000000013.

Lincoff, A. M., and E. J. Topol. "Illusion Of Reperfusion. Does Anyone Achieve Optimal Reperfusion During Acute Myocardial Infarction? [Corrected And Republished Article Originally Printed In Circulation 1993 Jun;87(6):1792-805]". Circulation 88.3 (1993): 1361-1374.

Steg, P. G. et al. "ESC Guidelines For The Management Of Acute Myocardial Infarction In Patients Presenting With ST-Segment Elevation: The Task Force On The Management Of ST-Segment Elevation Acute Myocardial Infarction Of The European Society Of Cardiology (ESC)". European Heart Journal 33.20 (2012): 2569-2619.

Bonnefoy, E. et al. "Comparison Of Primary Angioplasty And Pre-Hospital Fibrinolysis In Acute Myocardial Infarction (CAPTIM) Trial: A 5-Year Follow-Up". https://academic.oup.com/eurheartj/article-lookup/doi/10.1093/eurheartj/ehp156
 
Oliveira Jr., MT et al. "Diretriz De Telecardiologia No Cuidado De Pacientes Com Síndrome Coronariana Aguda E Outras Doenças Cardíacas". Arquivos Brasileiros de Cardiologia 104.5 (2015): n. pag.

Widimsky, P. et al. "Reperfusion Therapy For ST Elevation Acute Myocardial Infarction In Europe: Description Of The Current Situation In 30 Countries". European Heart Journal 31.8 (2009): 943-957.

Armstrong, Paul W. et al. "Fibrinolysis Or Primary PCI In ST-Segment Elevation Myocardial Infarction". New England Journal of Medicine 368.15 (2013): 1379-1387.

Sabatine, Marc S. et al. "Evolocumab And Clinical Outcomes In Patients With Cardiovascular Disease". New England Journal of Medicine 376.18 (2017): 1713-1722.

Villa, Guillermo et al. "Cost-Effectiveness Of Evolocumab In Patients With High Cardiovascular Risk In Spain". Clinical Therapeutics. N.p., 2017.

Por Ruth Helena Bellighini
Medscape

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