No Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial,
comemorado em 26 de abril, o Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH),
do Governo do Estado, faz um alerta para a prevenção e controle da hipertensão
arterial. Em relatório recente do Ministério da Saúde, através do sistema de
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (Vigitel), ressaltou-se o aumento de doenças crônicas no período de
uma década. A hipertensão arterial, por exemplo, apresentou um avanço de 14,2%.
Passou de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016. O melhor tratamento para as pessoas
com hipertensão é a mudança no estilo de vida, com a adoção de uma dieta
balanceada, aliada à prática de exercícios pelo menos três vezes na semana.
Caracterizada pela elevação da pressão do sangue nas
artérias, a hipertensão arterial é uma doença crônica assintomática. "A
hipertensão arterial normalmente não apresenta sintoma, a não ser que suba
muita rapidamente e para valores muito elevados. Nesse caso, o paciente
apresenta um quadro intitulado de ”crise hipertensiva” que pode ser
caracterizado por dor de cabeça, náuseas, vômito e tontura", explica a
endocrinologista do CIDH, Adriana Forti. E foi assim que o aposentado José
Valmir Rodrigues, de 66 anos, diagnosticado hipertenso desde 2007, descobriu
que estava com o problema. "Eu bebia muito e consumia alimentos da rua,
com sal e gordura. E o dia seguinte a essas noitadas eram terríveis. Sentia
muita dor de cabeça, uma agonia como se me faltasse ar. Fui ao médico e foi
assim que descobri que minha pressão estava bem acima do normal", diz.
Incidência da doença
A hipertensão arterial é uma doença que atinge uma em
quatro pessoas adultas no Brasil. A hipertensão é responsável por 40% dos
infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal,
segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão. O diagnóstico precoce é muito
importante. Uma pessoa é considerada hipertensa quando os níveis de pressão
arterial estão acima de 14 por 9 (≥ 140 e/ou 90mmhg). "Entretanto, para se
evitar a hipertensão do 'jaleco branco', ou seja, o aumento da pressão arterial
somente quando o paciente está na presença do médico, para se fazer o
diagnóstico de hipertensão deve se ter, pelo menos, duas medidas de 14 por 9, em
ocasiões diferentes", explica a endocrinologista. Os adultos devem medir a
pressão a cada seis meses, principalmente quem tem casos de hipertensão na
família.
A hipertensão não
tem cura, mas tem controle. "Uma vez controlada, a pessoa com hipertensão
vive bem e com qualidade", diz a médica. Com idas regulares ao CIDH, José
diz que mudou seu estilo de vida. "Hoje quase não bebo e me alimento bem,
evito fritura e sal", conta. Vários são os fatores de risco para a
hipertensão arterial. Entre eles está a predisposição hereditária, a obesidade,
o diabetes, o consumo excessivo de sal e álcool, o estresse e o sedentarismo.
Atendimento no CIDH
O paciente de primeira vez é encaminhado ao CIDH pelas
Unidades Básicas de Saúde dos municípios. O paciente inicialmente é atendido
pelo setor de enfermagem, onde tem o histórico avaliado, além da medição da
pressão, peso e a glicemia capilar, e logo é encaminhado para o médico. A
depender da complicação que apresenta, ele poderá ser visto pelo clínico ou
pelo especialista (cardiologista, nefrologista, vascular, neurologista,
oftalmologista).
Também será encaminhado ao nutricionista, para
orientações sobre os hábitos alimentares e ao fisioterapeuta, caso haja
necessidade. Vale lembrar que os pacientes também serão atendidos na atenção
primária, visto que a consulta no CIDH é complementar ao tratamento na atenção
primária em saúde. O atendimento acontece de segunda a sexta-feira, de 7 às 17
horas.
Bons hábitos
O melhor tratamento para as pessoas com hipertensão é a
mudança no estilo de vida, com a adoção de uma dieta balanceada, aliada à
prática de exercícios pelo menos três vezes na semana. A endocrinologista do
CIDH listou algumas dicas:
- Fracione a alimentação, ou seja, coma de três em três
horas.
- Faça atividades físicas.
- Reduza o consumo de sal.
- Consumir carne vermelha no máximo duas vezes por
semana. Dar prioridade às carnes brancas.
- Frutas e verduras devem ser prioridade na dieta.
- Por terem um alto teor de sódio, os alimentos
industrializados devem ser evitados.
- Evite o consumo de bebidas alcoólicas, principalmente
as destiladas, que muitas vezes causam o aumento da pressão.
- Refrigerantes devem ser evitados, por causa do excesso
de açúcar e de sódio.
- O excesso de cafeína deve ser evitado.
- O consumo de castanhas, nozes e gergelim (todos sem
sal) auxilia a baixar o mau colesterol (LDL) e a subir o bom colesterol (HDL).
Assessoria de Imprensa – Lacen/ IPC / CIDH
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