Este ano o Ceará já realizou 215 transplantes de órgãos e
tecidos. Destes, seis de medula óssea, sendo quatro autólogos, quando a medula
é do próprio paciente, e dois alogênicos, que envolve a infusão de células de
um doador para um paciente receptor. No dia 21 de fevereiro, ocorreu o 301º
transplante de medula óssea na rede pública do Ceará, feito em parceria entre o
Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), do Governo do Ceará, e o
Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), do Governo Federal.
“Esta marca é muito importante não apenas para os
cearenses, pois recebemos pacientes de outros estados para serem transplantados
aqui. A partir da estrutura que montamos entre Hemoce e HUWC, conseguimos fazer
transplantes bem-sucedidos ininterruptamente, desde 2008”, comemora a
diretora-geral do Hemoce, Luciana Carlos.
O Hemoce realiza todo o processo de triagem de
candidatos, testes de compatibilidade entre doador e receptor, exames e coleta
por aférese da medula a ser transplantada, enquanto o Walter Cantídio é
responsável pela cirurgia e pós-operatório do paciente. Em todo o Brasil,
apenas o Ceará e mais oito estados realizam transplante de medula óssea. No
entanto, a taxa de sobrevida dos transplantes realizados aqui, de 95,3%, é
superior à média mundial, atualmente em 90%, de acordo com a Organização
Mundial de Saúde – OMS.
Doe medula óssea
A chance de encontrar um doador compatível é de uma a
cada 100 mil pessoas, por isso a necessidade de ampliar o cadastro e,
principalmente, de manter os dados atualizados. Todos os candidatos são
registrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea –
REDOME, órgão vinculado ao Instituto Nacional do Câncer (Inca). Para aumentar
as chances de transplante, diversos países do mundo compartilham os seus
cadastros de doadores.
No ato do cadastro, é coletada uma amostra de sangue para
exames. Para saber mais informações sobre como ser um doador(a) de medula
óssea, os voluntários podem ligara para o Hemoce: (85) 3101-2296.
Transplante
O Hemoce e o HUWC fizeram o primeiro transplante de
medula óssea em 2008. Desde então, foram 252 do tipo autólogo (com medula do
próprio paciente), 43 alogênicos aparentados (quando o doador tem parentesco
com o paciente), cinco alogênicos não-aparentados (com medula doador sem
parentesco) e um haploidêntico (quando a compatibilidade entre paciente e
doador é parcial).
Além destes 301 transplantes, o Hemoce também desenvolveu
expertise em coletas de medula alogênicas não aparentadas, quando são feitos
todos os processos de testes e coleta e envia o material para ser transplantado
em outro estado ou país. Esse procedimento começou a ser desenvolvido em 2002.
Foram 27 coletas realizadas, sendo 16 para transplante de medula óssea feitos
em outros estados e 11 para outros países (Estados Unidos, França, Itália,
Portugal, Canadá, Argentina, Holanda e Turquia).
Assessoria de Imprensa – Hemoce
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