A Secretaria da Saúde do Estado tem 1.780.000 camisinhas
para os municípios e instituições públicas e privadas utilizarem em suas ações
educativas de prevenção do HIV/Aids durante o período carnavalesco. A carga de
preservativos é formada por 700 mil unidades do estoque da própria Secretaria,
mais 1.080.000 unidades repassadas pelo Ministério da Saúde. Durante a semana
que antecede o Carnaval serão realizadas palestras educativas com distribuição
de material educativo e preservativos masculinos e femininos para empresas,
secretarias municipais de Saúde e instituições de ensino superior. A
solicitação deve ser feita por ofício ao Núcleo de Vigilância Epidemiológica
(NUVEP) da Secretaria da Saúde do Estado, com indicação da quantidade
solicitada e a descrição das ações educativas que serão realizadas para a
distribuição dos preservativos.
No Ceará, foram notificados 17.536 casos de aids entre os
anos de 1983 até o início de fevereiro de 2017. O coeficiente de mortalidade no
Brasil é de 5,7 por 100 mil habitantes. No Ceará, essa taxa vem se mantendo
abaixo da média nacional desde 2007, variando entre 3,0 a 4,4 óbitos por 100
mil habitantes no período. Na série histórica da taxa de detecção de casos de
aids em adultos percebe-se gradativo aumento até o ano de 2012 chegando a 12,4
casos por 100 mil habitantes, com discreto declínio nos anos posteriores. A
maior ocorrência da doença no Estado se dá na faixa etária adulta de 30 a 39,
seguida dos adultos jovens de 20 a 29 anos.
A aids é uma doença causada pelo vírus HIV e que é
transmitida através da troca de secreções (sangue, esperma, secreção vaginal e
leite materno) entre uma pessoa infectada e uma pessoa sadia, em situações como
relações sexuais desprotegidas ou transfusões de sangue. Por isso, hábitos
simples como o uso do preservativo durante o sexo e a utilização de seringas e
agulhas descartáveis são a melhor forma para evitar a transmissão do vírus.
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são
consideradas como um dos problemas de saúde pública mais comuns em todo o
mundo. Em ambos os sexos, tornam o organismo mais vulnerável a outras doenças,
inclusive a aids, além de terem relação com a mortalidade materna e infantil. A
qualidade da assistência prestada nos serviços de saúde e o diagnóstico precoce
são as principais estratégias para a redução mortalidade e morbidade à aids. No
Ceará funcionam 26 Serviços de Assistência Especializada em HIV/Aids (SAE), em
13 municípios. Na rede pública estadual, esses serviços especializados
funcionam no Hospital São José de Doenças Infecciosas, Hospital Geral de
Fortaleza, Hospital Infantil Albert Sabin e Centro de Saúde Meireles.
O objetivo destes serviços é prestar um atendimento
integral e de qualidade aos usuários, por meio de uma equipe de profissionais
de saúde. Os serviços no Ceará contam com médico infectologista e profissional
de enfermagem e, em alguns serviços, a equipe é composta também de assistente
social e psicólogo. Além do tratamento para o HIV/Aids, também é realizado
testes para detecção do HIV e sífilis, bem como outros exames necessário para o
melhor acompanhamento do paciente e a dispensação de medicamentos
antirretrovirais.
Assessoria de Comunicação da Sesa
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