As doenças não marcam hora para se manifestar, mas há
períodos em que as condições climáticas favorecem a ocorrência de determinadas
enfermidades. É durante a estação chuvosa que a população deve ficar mais
atenta para algumas patologias, como por exemplo, a leptospirose, causada pela
bactéria Leptospira, presente na urina dos ratos. A leptospirose é uma doença
curável e o diagnóstico laboratorial é feito pelo Laboratório Central de Saúde
Pública (Lacen), unidade da rede pública do Governo do Ceará, através da coleta
de amostra sanguínea.
Em 2016, o Lacen realizou 271 exames sorológicos para
leptospirose. De acordo com a chefe do Centro de Análises Clínicas do Lacen,
Ana Carolina Barjut, a sorologia para leptospirose é feita através da detecção
de anticorpos IgM anti-leptospira por ensaio imunoenzimático, cuja amostra deve
ser coletada a partir do 7º dia dos primeiros sintomas e enviada pela unidade
de saúde para o laboratório. “O diagnóstico sorológico de leptospirose é de
grande importância, uma vez que as manifestações clínicas da doença se
assemelham bastante a outras doenças infecciosas”, afirma. No ano passado, o
Ceará registrou 46 casos de leptospirose com 10 óbitos.
Sintomas e tratamento
Com as chuvas fica mais fácil a urina dos roedores
misturar-se à água presente em esgotos e bueiros, e qualquer pessoa que estiver
com algum ferimento ou arranhão e tiver contato com a água contaminada pode se
infectar. As manifestações mais comuns da doença são parecidas com as da gripe.
Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores pelo corpo,
principalmente nas panturrilhas, podendo também ocorrer icterícia (coloração
amarelada da pele e das mucosas).
Os primeiros sintomas da leptospirose podem aparecer de
um a 30 dias depois do contato com a água contaminada. Na maior parte dos
casos, aparecem 7 a 14 dias após o contato. Ao primeiro sintoma, deve-se
procurar o posto de saúde mais próximo. O tratamento é baseado no uso de
antibióticos, hidratação e suporte clínico, orientado sempre por um médico, de
acordo com os sintomas apresentados. Os casos leves podem ser tratados em
ambulatório, mas os casos graves demandam internamento.
Assessoria de Imprensa – Lacen/ CIDH / IPC
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