O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
(CREMESP) e o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (COREN-SP) fazem
campanha conjunta para conscientizar a população sobre a violência contra
profissionais da saúde no estado.
O COREN-SP fez sondagem com os profissionais de enfermagem
(enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem) e constatou que 32% dos
profissionais ouvidos foram vítimas de agressões ou presenciaram agressões a
colegas. Desses, cerca de 71% mencionaram agressão psicológica e 20% violência
física. 81% disseram ser vítimas de pacientes ou acompanhantes.
Já o CREMESP encomendou pesquisa específica à Datafolha, que
constatou que 17% dos médicos contam já ter sido agredidos. 84% dos agredidos
citam agressão verbal, 80% agressão psicológica e 20% agressão física.
Além disso, 47% dos médicos tiveram conhecimento de
episódios de violência contra algum colega; e 85% são da opinião que os
episódios de agressão ocorrem mais frequentemente no Sistema Único de Saúde
(SUS).
A pesquisa da Datafolha também fez cerca de 800 entrevistas
com o público em geral. Das pessoas ouvidas 41% opinaram que os casos de
violência contra médicos são sobre questões relativas ao atendimento: demora
para ser atendido, poucos médicos para atender muitas pessoas, consultas rápidas
e superficiais. Já 39% dos médicos acreditam que os casos de agressão decorrem
da insatisfação dos pacientes com a qualidade do atendimento na saúde pública.
O objetivo da campanha é conscientizar a população sobre a
importância da mudança de atitude para coibir toda essa violência, como também
destacar a completa ineficiência do ato, que em nada contribui com o
atendimento a quem mais precisa de atenção, o paciente. Os Conselhos que
assinam as peças pedem mais respeito aos profissionais de saúde, cujo trabalho
é indiscutivelmente fundamental à manutenção da vida.
Fonte: ABC da Saúde
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