quinta-feira, 5 de maio de 2016

Pesquisas apontam que a qualidade inadequada da saúde pública é o principal motivo da violência contra médicos e enfermeiros, mas a campanha mostra que a agressão não resolve



O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) e o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (COREN-SP) fazem campanha conjunta para conscientizar a população sobre a violência contra profissionais da saúde no estado.

O COREN-SP fez sondagem com os profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem) e constatou que 32% dos profissionais ouvidos foram vítimas de agressões ou presenciaram agressões a colegas. Desses, cerca de 71% mencionaram agressão psicológica e 20% violência física. 81% disseram ser vítimas de pacientes ou acompanhantes.

Já o CREMESP encomendou pesquisa específica à Datafolha, que constatou que 17% dos médicos contam já ter sido agredidos. 84% dos agredidos citam agressão verbal, 80% agressão psicológica e 20% agressão física.

Além disso, 47% dos médicos tiveram conhecimento de episódios de violência contra algum colega; e 85% são da opinião que os episódios de agressão ocorrem mais frequentemente no Sistema Único de Saúde (SUS).

A pesquisa da Datafolha também fez cerca de 800 entrevistas com o público em geral. Das pessoas ouvidas 41% opinaram que os casos de violência contra médicos são sobre questões relativas ao atendimento: demora para ser atendido, poucos médicos para atender muitas pessoas, consultas rápidas e superficiais. Já 39% dos médicos acreditam que os casos de agressão decorrem da insatisfação dos pacientes com a qualidade do atendimento na saúde pública.

O objetivo da campanha é conscientizar a população sobre a importância da mudança de atitude para coibir toda essa violência, como também destacar a completa ineficiência do ato, que em nada contribui com o atendimento a quem mais precisa de atenção, o paciente. Os Conselhos que assinam as peças pedem mais respeito aos profissionais de saúde, cujo trabalho é indiscutivelmente fundamental à manutenção da vida.

Fonte: ABC da Saúde

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