1. O que é gripe ou Influenza Sazonal?
A Influenza, também conhecida como Gripe, é uma infecção do
sistema respiratório cuja principal complicação são as pneumonias, responsáveis
por um grande número de internações hospitalares no país.
2. Qual o microrganismo envolvido?
É o vírus Influenza. Existem 3 tipos de vírus influenza: A,
B e C. O vírus influenza C causa, apenas, infecções respiratórias brandas, não
possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. Os vírus
influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus
influenza A responsável pelas grandes pandemias. Dentre os subtipos de vírus
influenza A, os subtipos A(H1N1)pdm09 e A(H3N2) circulam atualmente em humanos.
3. Quais os sintomas?
A Gripe, ou Influenza sazonal, inicia-se em geral com febre
alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse
seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os
sintomas respiratórios, como tosse, tornam-se mais evidentes com a progressão
da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da
febre. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia,
necessitando de internação hospitalar. Devido aos sintomas em comum, pode ser
confundida com outras viroses respiratórias causadoras de resfriado.
4. Como se transmite?
A Influenza pode ser transmitida de forma direta por meio
das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, ao
tossir ou ao falar, ou por meio indireto pelas mãos, que após contato com
superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um
indivíduo infectado, podem carrear o vírus diretamente para a boca, nariz e
olhos. Não há diferença de transmissão entre os tipos de influenza sazonal.
5. Por quanto tempo os vírus influenza podem permanecer em
uma superfície?
Sabemos que alguns vírus ou bactérias vivem por 2 a 8 horas
em superfícies. Lavar as mãos com frequência ajuda a reduzir as chances de se
contaminar a partir dessas superfícies.
6. Como tratar?
O tratamento dos sintomas da influenza sem complicações deve
ser realizado com medicação sintomática, hidratação, antitérmico, alimentação
leve e repouso. Nos casos com complicações graves, são necessárias medidas de
suporte intensivo.
Atualmente, o medicamento antiviral fosfato de oseltamivir é
indicado para o tratamento. Os medicamentos devem ser prescritos pelos
profissionais médicos aos pacientes que apresentem condições e fatores de risco
a complicações por influenza (gripe) e aos casos em que a doença já se agravou.
Em caso de complicações, o tratamento será específico. É fundamental procurar
atendimento nas unidades de saúde, para que haja identificação precoce de risco
de agravamento da doença.
7. O que é resfriado?
O resfriado também é uma doença respiratória frequentemente
confundida com a gripe, mas é causado por vírus diferentes. Os vírus mais
comuns associados ao resfriado são os rinovírus, os vírus parainfluenza e o
vírus sincicial respiratório (RSV), que geralmente acometem as crianças. Os
sintomas do resfriado, apesar de parecidos com os da gripe, são mais brandos e
duram menos tempo, entre dois e quatro dias.
Os sintomas incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no
corpo e dor de garganta leve. A ocorrência de febre é menos comum e, quando
presente, é em temperaturas baixas. As medidas preventivas utilizadas para
evitar a gripe, como a etiqueta respiratória, também devem ser adotadas para
prevenir os resfriados. Outra doença que também tem sintomas parecidos, e que
pode ser confundida com a gripe, é a rinite alérgica. Os principais sintomas
são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta. A rinite
alérgica não é uma doença transmissível e sim crônica, provocada pelo contato
com agentes alergênicos (substâncias que causam alergia), como poeira, pelos de
animais, poluição, mofo e alguns alimentos.
8. Como se prevenir da Influenza?
Para redução do risco de adquirir ou transmitir doenças
respiratórias, especialmente as de grande infectividade, como vírus Influenza,
orienta-se que sejam adotadas medidas gerais de prevenção, chamadas de
“etiqueta respiratória”, tais como:
- Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente
antes de consumir algum alimento;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres,
pratos, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou
sintomas de gripe;
Indivíduos que apresentem sintomas de gripe devem:
- Evitar sair de casa
em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas);
- Restringir ambiente
de trabalho para evitar disseminação;
- Evitar aglomerações
e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados;
- Adotar hábitos
saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;
* O serviço de saúde deve ser procurado imediatamente caso
apresente algum desses sintomas: dificuldade para respirar, lábios com
coloração azulada ou roxeada, dor ou pressão abdominal ou no peito, tontura ou
vertigem, vomito persistente, convulsão.
Cuidados em Creches:
- A aglomeração de crianças em creches facilita a
transmissão de influenza entre crianças susceptíveis. A melhor maneira de
proteger as crianças contra influenza sazonal e potenciais complicações graves
é a vacinação anual contra influenza, que é recomendada a partir de 6 meses até
5 anos.
- Além da adoção das medidas gerais de prevenção e etiqueta
respiratória, os cuidadores e crianças lotadas em creches devem realizar a
higienização dos brinquedos com água e sabão quando estiverem sujos. Deve-se
utilizar lenço descartável para limpeza das secreções nasais e orais das
crianças. Lenços ou fralda de pano, caso sejam utilizados, devem ser trocados
diariamente. Deve-se lavar as mãos após contato com secreções nasais e orais
das crianças, principalmente, quando ela estiver com suspeita de síndrome
gripal.
- Cuidadores devem observar se há crianças com tosse, febre
e dor de garganta e informar aos pais quando apresentarem os sintomas de
síndrome gripal. Devem, também, notificar a secretaria municipal de saúde, caso
observem um aumento do número de crianças doentes com síndrome gripal ou com
absenteísmo pela mesma causa na creche;
- O contato da
criança doente com as outras deve ser evitado. Recomenda-se que a criança
doente fique em casa, a fim de evitar transmissão da doença.
- Recomenda-se que a criança doente permaneça em casa por
pelo menos 24 horas após o desaparecimento, sem utilização de medicamento, da
febre.
Cuidados com gestantes; puérperas e recém-nascidos
Influenza causa mais doenças graves em gestantes que em
mulheres não grávidas. Mudanças no sistema imunológico, circulatório e pulmonar
durante a gravidez faz com que as gestantes sejam mais propensas a complicações
graves por influenza, assim como hospitalização, e óbito. As gestantes com
influenza também tem maiores chances de complicações da gravidez, incluindo
trabalho de parto e parto prematuros.
A vacinação contra influenza durante a gravidez protege a
gestante, o feto e até o bebê recém-nascido até os 6 meses.
- As gestantes devem buscar o serviço de saúde, caso
apresente sintomas de Síndrome Gripal;
- Durante internação
e trabalho de parto, se a mulher estiver com diagnóstico de Influenza, deve-se
priorizar o isolamento;
- Se a mãe estiver doente, deve realizar medidas preventivas
e de etiqueta respiratória, como a constante lavagem das mãos, principalmente
para evitar transmissão para o recém-nascido;
- A parturiente deve
evitar tossir ou espirrar próximo ao bebê. O bebê pode ficar em isolamento com
a mãe (evitando-se berçários).
9. Qual a vacina ofertada no SUS?
A vacina influenza ofertada no SUS é recomendada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) e produzida no Brasil pelo Instituto Butatan
em parceria com o laboratório privado Sanofi Pasteur. A vacina da campanha de
2016 é trivalente e protege contra os tipos de vírus A (H1N1), A(H3N2) e
Influenza B, que são os de maior importância epidemiológica, de acordo com a
própria OMS.
A vacina é ofertada, anualmente, durante a Campanha Nacional
de Vacinação contra Influenza com o objetivo de reduzir as complicações e as
internações decorrentes das infecções causadas pelos vírus, nos grupos
prioritários para vacinação.
10. Qual o público alvo da Campanha Nacional de Vacinação
contra Influenza?
O público alvo da vacinação contra influenza no SUS são
crianças de seis meses até cinco anos, gestantes, puérperas, idosos, indígenas
e pessoas com comorbidades, as quais têm mais risco de ter complicações graves
em decorrência da influenza. Além disso, também fazem parte do público alvo
profissionais da saúde, pessoas privadas de liberdade e profissionais do
sistema prisional.
11. Por que a campanha de vacinação é realizada anualmente
e, geralmente, nos meses de abril e maio?
A influenza ocorre durante todo o ano, mas é mais frequente
no outono e no inverno, quando as temperaturas caem, principalmente no Sul e
Sudeste do Brasil. A vacina é capaz de promover imunidade durante o período de
maior circulação dos vírus influenza reduzindo o agravamento da doença. No
geral, a detecção de anticorpos protetores se dá entre 2 a 3 semanas após a
vacinação e, em média, confere proteção de 6 a 12 meses, sendo que o pico
máximo de anticorpos ocorre após 4 a 6 semanas da vacinação. Por esse motivo, a
vacinação é anual e busca proteger a população alvo da campanha contra as cepas
que mais circularam no hemisfério sul, no ano anterior.
Fonte: Blog da Saúde
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