Estima-se
que cerca de 30% da população brasileira apresente algum tipo de deformidade
envolvendo os ossos da face e os dentes. Quando não é possível resolver o
problema somente com o aparelho ortodôntico, faz-se necessária uma correção
óssea por meio da cirurgia ortognática, que restabelece o equilíbrio anatômico
da face. Referência nesse tipo de procedimento cirúrgico, o Hospital
Universitário Walter Cantídio (HUWC) chegou à 150ª cirurgia dessa modalidade,
no mês de fevereiro.
Esse
tipo de cirurgia é indicado, conforme explica o cirurgião bucomaxilofacial
Eduardo Studart, chefe do Ambulatório de Cirurgia Ortognática do HUWC, para
pacientes com queixo grande, pequeno ou torto, que expõem muito a gengiva,
dentre outros casos, desde que esses defeitos sejam todos esqueléticos. O
especialista explica que, por ser um hospital vinculado ao Sistema Único de
Saúde (SUS), os pacientes chegam ao ambulatório via centros de especialidades
odontológicas (CEOs) ou unidades básicas de saúde. Cerca de 70% dos pacientes
são oriundos da Capital. O restante, de municípios do interior do Estado,
especialmente Sobral e Juazeiro do Norte. Para todos os casos, o encaminhamento
da unidade pública de saúde é indispensável.
SERVIÇO
DE CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL – Unidade do qual o Ambulatório de Cirurgia
Ortognática faz parte, o Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial iniciou a
realização desse tipo de procedimento ainda em 2006. A partir de 2010, com a
criação da Residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial e do
ambulatório específico para tratar problemas nos ossos da face, as cirurgias
ortognáticas deixaram de ser esporádicas e passaram a ganhar rotina e fluxo de
trabalho sistematizado. O ambulatório funciona às terças-feiras da segunda e da
quarta semana do mês, das 7h30min às 11h30min, no Curso de Odontologia da UFC,
onde são recebidos, em média, 20 pacientes por dia.
As
atividades do ambulatório têm ajudado a melhorar a qualidade de vida de muita
gente, como a da estudante de Enfermagem Francisca Alinny de Oliveira Lopes, de
19 anos. "Em outubro de 2014, a cirurgia aconteceu e minha vida mudou
completamente. Meu queixo, que era projetado para a frente, foi colocado na
posição correta e meus maiores problemas, de estética e mastigação, foram
resolvidos", comemora. Vale ressaltar que a cirurgia ortognática depende
de um tratamento ortodôntico em conjunto. "Não colocamos aparelho
(ortodôntico). Aqui, tratamos osso mal posicionado que só a cirurgia vai poder
resolver", esclarece o cirurgião Eduardo Studart.
Fonte:
Unidade de Comunicação Social da Ebserh no Complexo Hospitalar da UFC – fone:
85 3366 8183
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