Um poema que aborda um estado de espírito que não faz bem à saúde. Entretanto, frequentemente somos dominados por este sentimento.
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Fúria
Que
fúria é esta
Desestabilizando
a minha essência,
Corrompendo
a minha consciência,
Retirando-me
as virtudes,
Incutindo-me
a violência,
Rasgando-me
a natureza mansa,
Dotando-me
de ódio,
De
desequilíbrios e intolerância.
Esta
fúria insana
Que me
impele à arrogância,
Que
revira a minha alma,
Que me
arrebata a calma
E
destrói minha temperança.
Que
leva minha razão,
Deixando-me
embrutecido.
E,
louco, cego, nesse instante,
Sou
rude, obtuso, tosco, ignorante.
E
quando passa
A miopia
da cólera,
Mergulho
em culpas,
Por
deixar me dominar
Os
sentimentos furiosos,
Os
apelos da ira,
Os
impulsos tenebrosos.
Pois
tal um cão raivoso,
Descontrolado
e perigoso,
Ataco
quem não merece,
Quem me
ama,
Quem me
alimenta,
Quem me
aquece,
E
quando tudo passa
Reconheço
quanto desnecessária
Foi
toda a fúria e agressão.
É
quando sobra apenas a angústia
Por não
ter a paz,
Que me
daria um perdão.
Caio em
si,
Abatido,
arrependido e só,
Ciente
da minha fraqueza humana,
Que não
passo de matéria orgânica,
Que
logo vai virar pó...
Anthonio Leão
02.10.2013
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