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Método acessível desenvolvido por fisioterapeuta ajuda na mobilidade, no fortalecimento muscular e na prevenção de doenças cardiovasculares
Para milhões de brasileiros com mais de 60 anos, manter uma rotina ativa ainda representa um desafio diante do avanço do sedentarismo e das limitações físicas trazidas pelo envelhecimento. Dores articulares, perda de mobilidade e insegurança com o próprio corpo são alguns dos fatores que impedem a prática regular de exercícios, e contribuem para o aumento dos riscos de doenças cardiovasculares e da perda de massa muscular. Nesse cenário, o “Pilates em Casa” tem se consolidado como uma alternativa acessível para idosos retomarem o movimento com segurança, dentro do próprio lar.
A proposta é da fisioterapeuta e educadora física Vanessa de Andrade, que desenvolveu uma metodologia de baixo impacto adaptada para o ambiente domiciliar. Com mais de 12 anos de atuação em reabilitação e envelhecimento saudável, a especialista criou uma rotina de exercícios simples utilizando apenas objetos do cotidiano, como cadeiras, travesseiros e cabos de vassoura. “O corpo envelhece, mas ele responde ao estímulo certo. A chave está em respeitar os limites e oferecer uma prática possível e contínua”, afirma Vanessa.
Dados do Ministério da Saúde indicam que 47% das pessoas com mais de 65 anos são fisicamente inativas, o que eleva significativamente o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e osteoporose. Além disso, a falta de movimento agrava a sarcopenia, perda de massa muscular progressiva, que impacta diretamente na autonomia do idoso. “A perda de mobilidade não é definitiva. O Pilates estimula os músculos estabilizadores, melhora o equilíbrio e devolve segurança para quem tem medo até de sair de casa”, explica a fisioterapeuta.
Estudos reforçam os benefícios. Um levantamento da Universidade de Miami mostrou que idosos praticantes de Pilates apresentaram melhora no equilíbrio e redução de dores articulares. Já o Journal of Sports Science & Medicine aponta que a flexibilidade pode aumentar até 40% após dois meses de prática regular. “A constância é mais importante do que a intensidade. Com 15 minutos diários, já é possível notar melhoras na postura, na disposição e no controle da respiração”, reforça Vanessa.
A proposta do “Pilates em Casa” também responde a uma demanda crescente por práticas que unam saúde física e acessibilidade. Uma pesquisa da Wellhub revelou que o Pilates foi a segunda atividade física mais buscada no Brasil entre 2019 e 2024, com crescimento de 277,6%. “As pessoas querem se movimentar, mas sentem que o ambiente da academia não foi feito para elas. Meu papel foi adaptar o método à realidade de quem está em casa”, comenta Vanessa.
Além dos ganhos físicos, a prática atua sobre o bem-estar emocional. Durante e após a menopausa, por exemplo, o Pilates colabora para o equilíbrio hormonal, reduz o cortisol (hormônio do estresse) e aumenta os níveis de endorfina, promovendo relaxamento e autoestima. “O autocuidado é um direito. E a saúde precisa ser possível, mesmo com orçamento limitado”, ressalta a especialista.
Para iniciar, a recomendação é buscar vídeos guiados por profissionais qualificados e utilizar um espaço tranquilo da casa. “Não precisa de roupa especial nem de equipamentos caros. O que é essencial é o compromisso com a própria saúde”, afirma Vanessa.
O programa já impactou mais de 25 mil pessoas diretamente e hoje conta com mais de 200 mil inscritos no canal “Programa Pilates em Casa: Vanessa de Andrade”, no YouTube. “Meu objetivo sempre foi mostrar que é possível viver com mais mobilidade, menos dor e mais alegria, mesmo depois dos 60. Envelhecer não significa parar. Significa adaptar e continuar”, conclui Vanessa.
Sobre Vanessa de Andrade
Para mais informações, visite o Instagram e o Youtube.
Informações Carolina Lara
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