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Por: Maria Augusta Karas Zella
Medicamentos falsificados representam risco à saúde da população e, infelizmente, estamos recebendo alerta da indústria Novo Nordisk que a medicação Ozempic 1 mg vem sofrendo ação criminosa e sendo adulterada.
O Ozempic 1 mg (semaglutida 1mg) é uma medicação injetável, de uso semanal, utilizada no tratamento do diabetes mellitus e obesidade, comercializada no Brasil desde 2019.
Já existe notificação do ocorrido em pelo menos 6 cidades brasileiras, nas quais as canetas de insulina do mesmo fabricante estão sendo rotuladas como Ozempic 1 mg.
Na compra, o paciente deve ficar atento às seguintes características:
A caneta de Ozempic é de cor azul clara, com botão de aplicação cinza. Já as canetas de insulina Fiasp são azuis escuras, com botão laranja. Caneta azul escura com rótulo de Ozempic possivelmente é uma fraude.
Canetas de Ozempic 1 mg com numerações no setor de dose diferentes de 0 mg e 1 mg devem gerar desconfiança, pois não existem números intermediários nessas canetas. As canetas de Insulina, estas sim apresentam números no leitor.
A caneta de Ozempic não sofreu mudanças de embalagem ou formulações. Desconfie se nela ou na caixa existirem adesivos e indicações de “nova fórmula”.
Preços muito abaixo dos aprovados pelo governo (tabela CMED) podem ser indicativos de falsificação.
No Brasil, a semaglutida é comercializada nas canetas Ozempic 0,25/0,5mg e Ozempic 1mg, e nas canetas Wegovy 0,25mg, 0,5mg, 1mg, 1,7mg e 2,4mg. No seletor de dose, não aparecem outros números além do número zero e da dose específica da caneta comprada.
Em caso de dúvidas sobre os pontos de vendas ou mesmo sobre o medicamento adquirido, os pacientes podem acessar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Novo Nordisk Brasil, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, pelo telefone 0800 014 44 88, ou 24 horas pelo e-mail: sac.br@novonordisk.com.
A falsificação de medicamentos como o Ozempic 1 mg evidencia uma séria ameaça à saúde pública, exigindo um olhar atento dos pacientes. A conscientização é nossa melhor defesa contra essas ações criminosas. É essencial que a população saiba identificar esses produtos adulterados e onde buscar ajuda em caso de suspeita. Com o apoio da sociedade, poderemos reforçar a segurança em torno dos medicamentos importantes para o tratamento de doenças crônicas.
*O conteúdo dos artigos assinados não representa necessariamente a opinião do Mackenzie.
Maria Augusta Karas Zella é professora de Endocrinologia e Semiologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional Paraná (SBEM-PR).
Informações
Assessoria de Imprensa Instituto Presbiteriano Mackenzie
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