terça-feira, 10 de setembro de 2024

Setembro Amarelo: especialista alerta para educação de uso consciente das telas entre crianças e jovens



Para fundador da Academia Soul, uso excessivo de smartphones e redes sociais contribui para aumento de transtornos emocionais entre crianças e jovens

Em meio ao Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio e à conscientização sobre a saúde mental, dados alarmantes do Ministério da Saúde revelam um aumento de 136% nas internações de jovens por ansiedade nos últimos dez anos. Esse agravamento acende um alerta sobre o impacto da tecnologia, especialmente o uso inadequado e exagerado das telas e redes sociais na vida das novas gerações.

Segundo Fernando Gabas, fundador da Academia Soul, maior especialista em tecnologia para educação, competências socioemocionais e habilidades para a vida do Brasil, o excesso de tempo nas mídias sociais pode levar à criação de padrões de comparação irreais e expectativas inalcançáveis, resultando em sentimentos de inadequação, baixa autoestima e tensão. Consequentemente, a conexão virtual muitas vezes substitui momentos essenciais de interação real com a família e amigos, prejudicando o desenvolvimento saudável e a construção de uma base emocional sólida.

Diante desse cenário, a preocupação com o uso responsável da tecnologia é crescente e profissionais alertam para a necessidade de uma reflexão crítica sobre esses hábitos.  “O problema não está nos recursos em si, mas na forma como são consumidos. As ferramentas podem ser aliadas valiosas, desde que sejam utilizadas de maneira responsável e direcionada para o que realmente importa: o fortalecimento de habilidades socioemocionais que são essenciais para uma vida equilibrada e saudável”, explica.

O desenvolvimento socioemocional como ponto de partida para uma educação consciente do uso de telas

De acordo com o especialista, o desenvolvimento de competências socioemocionais apoia a saúde psicológica de crianças e adolescentes, já que é  capaz de fornecer ferramentas essenciais para que possam compreender e gerenciar suas emoções, além de praticar a resiliência e construir relacionamentos saudáveis. 

Para isso, é fundamental estabelecer limites claros para o tempo de tela, priorizando conteúdos educativos e de qualidade. “Criar zonas livres de dispositivos em casa, por exemplo, incentiva interações presenciais, fortalece os laços familiares e ajuda as crianças a desenvolverem hábitos saudáveis. Para crianças pequenas, é recomendável limitar o uso a uma ou duas horas por dia, garantindo que a maior parte do tempo seja dedicada a atividades offline, como brincadeiras e leitura”, pontua o CEO da Academia Soul.

Ainda de acordo com o CEO, o uso da tecnologia, especialmente como ferramenta de aprendizado, pode ser um excelente aliado para despertar a curiosidade em aprender mais, direcionando o tempo de tela para um propósito educacional, em vez do uso predominante das redes sociais. 

Dessa forma, o tempo dos estudantes com a ferramenta serviria para aprimorar suas habilidades e competências, otimizando o tempo de escola e permitindo que educadores atuem também como tutores e guias no desenvolvimento de suas paixões e competências socioemocionais. Já os momentos em família deveriam ser reservados para fortalecer vínculos e explorar o mundo e a natureza, ao invés de ser dedicado às interações virtuais. 

Entretanto, o especialista destaca que ainda há muito a ser feito em termos de educação sobre o uso de mídias sociais e celulares inteligentes. “Devemos incentivar mais independência e brincadeiras no mundo real. Assim, podemos ajudar a reverter a atual crise de saúde mental entre os jovens. É essencial promover um uso mais consciente e responsável da tecnologia para o bem-estar das futuras gerações”, conclui.

Informações à Imprensa: Juliana Barberio juliana.barberio@motim.cc por  presswht.net.br 

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