RECONHECIMENTO
Foto: Matheus Damascena/MS
Ogoverno federal lançou, em 2023, o Movimento Nacional pela Vacinação, com o objetivo de unir o Brasil em um amplo pacto pela valorização da ciência e o incentivo à imunização. Nesta quarta-feira (11), como reconhecimento àqueles que atuaram para enfrentar a queda histórica das coberturas vacinais registrada nos últimos anos, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, entregaram a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz para 23 pessoas e 10 instituições. O trabalho dos homenageados contribuiu para tirar o Brasil do ranking dos 20 países com mais crianças não imunizadas, segundo dados do Unicef.
Dentre as pessoas homenageadas, estava a primeira-dama do Brasil, Rosângela Lula da Silva, a Janja, que abriu espaço publicamente para reforçar o Movimento Nacional pela Vacinação; e o ativista anticapacitista Ivan Baron, que participou da entrega da faixa presidencial a Lula na posse. Nomes como o do presidente da Fiocruz, Mário Moreira, e do diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás, também foram lembrados. Os institutos contribuíram para a produção de imunizantes no auge da pandemia da covid-19. No caso da Fiocruz, há ampla contribuição de doses contra poliomielite, febre amarela e sarampo, por exemplo.
Acesse os decretos que concedem a medalha:
Sobre a homenagem
Instituída em 1970, a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz é concedida a brasileiras, brasileiros ou pessoas estrangeiras que, no campo das atividades científicas, educacionais, culturais e administrativas relacionadas com a higiene e a saúde pública em geral, tenham distinguido de forma notável ou relevante e tenham contribuído, direta ou indiretamente, para o bem-estar físico e mental da coletividade brasileira.
A honraria é dividida em três níveis: ouro, prata e bronze. Todos os homenageados nesta edição vão receber a categoria ouro.
A enfermeira expressou gratidão e orgulho ao receber a medalha. "Ser agraciada com esta honra tem um significado imenso para mim. Desde os tempos de estudante, sempre fui apaixonada pelo trabalho do Ministério da Saúde. Cresci em uma realidade de baixa renda, e o SUS foi essencial para minha vida e saúde. Esta medalha não representa apenas a minha dedicação, mas também o esforço coletivo de todos que se empenham para garantir a saúde da nossa população", destacou.
Já o fundador da Agência de Notícias das Favelas (ANF), jornalista André Fernandes Gomes de Souza, recebeu a medalha em nome da instituição, criada em 2001, e reconhecida pela Reuters como a primeira agência de notícias de favelas do mundo. Em 2005, a ANF tornou-se uma ONG, consolidando sua missão de democratizar a informação, levando a voz dos moradores das favelas para o cenário global.
"Estou extremamente feliz e emocionado, especialmente porque a ministra Nísia Trindade nos convidou para uma parceria para aumentar os índices vacinais no Brasil. Conseguimos cumprir nossa parte dentro das favelas para alcançar essa missão”, salientou Fernandes. “Esta honraria representa a luta de centenas de colaboradores da ANF por um Brasil melhor”.
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