O Hospital Regional Norte (HRN), unidade da
Secretaria da Saúde (Sesa), administrada pelo Instituto de Saúde e Gestão
Hospitalar (ISGH), em Sobral, passa a integrar o Projeto Rehab-VM Brasil. A
iniciativa do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema
Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital
Albert Einstein e o Hospital Moinhos de Vento, tem como objetivo reabilitar
pacientes com insuficiência respiratória grave. Serão contemplados 20 hospitais
em todo o País. A visita inicial de implantação do projeto no HRN ocorreu na
quinta-feira (11).
O Rehab-VM Brasil pretende acompanhar e
reabilitar cerca de 2.500 pacientes em um período de 2 anos. Entre os critérios
de elegibilidade de pacientes para participar do projeto estão ter mais de 18
anos, ter tido um quadro de insuficiência respiratória grave e ter estado em
ventilação mecânica por mais de 12 horas. A seleção das 20 unidades que
abrigarão o projeto foi feita de acordo com uma lista nacional de hospitais que
mais notificam pessoas com SARG (Síndrome de Angústia Respiratória Grave) e com
necessidade de ventilação mecânica no sistema do SUS.
As equipes multiprofissionais dos hospitais de
referência acompanharão os pacientes das unidades selecionadas de forma remota
por meio de telemedicina desde o período de internamento em UTIs e enfermarias
até 90 dias após a alta. As avaliações ou consultas por meio de um aplicativo
de celular serão realizadas por nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos
e psicólogos.
“Avaliamos que os pacientes que tiveram longos
períodos com insuficiência respiratória grave apresentam sequelas
respiratórias, motoras, além de sintomas como a disfagia e necessitam de
reabilitação”, ressalta a enfermeira responsável pela navegação do projeto no
Hospital Albert Einstein, Silvana Yoshida. Ela explica que em até 90 dias após
a alta hospitalar os pacientes continuarão a ser acompanhados para avaliar como
está a qualidade de vida e se eles conseguiram voltar às suas atividades
normais. A visita inicial também contou com a presença da coordenadora de
pesquisa do projeto no Hospital Albert Einstein, Andrea de Carvalho.
Troca de experiências
O diretor-geral do HRN, Carlos Hilton
Albuquerque Soares, ressalta a importância da iniciativa. “A fase pós-pandemia
no contexto social exige uma constância nos nossos aprendizados e na
assistência à saúde. Essa necessidade torna-se mais evidente por conta da
gravidade da pandemia em todos os seus contextos, mas também por conta de
sequelas biopsicossociais”, avalia.
Soares explica que as sequelas respiratórias
estão muito presentes nos pacientes que sofreram com a covid-19. Mas, além
dessa enfermidade, o programa abrange outras doenças que possam gerar problemas
respiratórios. “Os resultados irão indiscutivelmente proporcionar melhorias na
qualidade assistencial”, avalia.
A troca de experiência com outras unidades de
referência é fundamental, segundo o coordenador de enfermagem das UTIs Adulto 1
e 2 do HRN, Diego Pinheiro. “É fundamental essa troca de experiência com os
melhores hospitais do Brasil e poder tomar como norte os melhores pacotes de
boas práticas, as melhores evidências. Sem dúvida será uma importante troca com
a equipe multiprofissional”.
Pinheiro lembra que a UTI Adulto também
participa do programa “UTI Conectada” em parceria com o Incor – Instituto do
Coração em São Paulo. Todos os monitores, ventiladores e bombas de infusão do
serviço estão conectados com os profissionais da unidade de referência que
fazem visitas virtuais para ajudar as equipes nas condutas.
Informações à Imprensa: Terezinha Fernandes de Oliveira <terezinha.tfo@isgh.org.br>
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