sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Cuidados Paliativos ganha Política Nacional


Ministra da Saúde, Nísia Trindade, recebe o Atlas de Cuidados Paliativos das mãos do presidente da ANCP, Rodrigo Kappel Castilho
Divulgação/ANCP

O anúncio foi feito ontem (14), na reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), na sede da Opas/OMS em Brasília, com a presença da Ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima

O Brasil avança em Cuidados Paliativos e ganha Política Nacional específica para o setor. O anuncio foi feito hoje durante a reunião da Comissão Intergestores Tripartite, que reúne representantes do Conass e Conasems, presidida pela Ministra da Saúde, Nisia Trindade Lima. A reunião aconteceu hoje na sede da Opas em Brasília. Isso significa que este serviço será estruturado e organizado na rede pública de saúde para todos os pacientes com doenças ameaçadoras da vida se tratarem, de forma a manter o alívio da dor e sofrimento e a qualidade de vida. Essa é uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) que entende como direito ter o acesso a Cuidados Paliativos por qualquer pessoa.
 
Atualmente existe no Brasil iniciativas isoladas de Cuidados Paliativos, conforme demonstra o Atlas de Cuidados Paliativos, elaborado pela Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), instituição que existe no Brasil há quase 20 anos e que é referência na América Latina em prática paliativista. Os dados que constam no Atlas, que acaba de ser lançado, serviram de consulta e referência para o Ministério da Saúde organizar e direcionar melhor os serviços de CP no País. A conquista de hoje é comemorada por toda academia, como comenta o presidente, Rodrigo Kappel Castilho, a seguir.
 
"Finalmente, o Brasil agora tem uma Política Nacional de Cuidados Paliativos para chamar de sua. A partir daí as pessoas vão ter acesso em toda a rede de saúde aos cuidados paliativos. É um dia para ser muito celebrado", comemora Castilho.
 
Esta é conquista para a ANCP, que há 20 anos luta pela ampliação dos serviços de Cuidados Paliativos para a rede pública de saúde no país. Causa que foi iniciada pela paliativista Anelise Pulschen, hoje médica aposentada, e intensificada pela ANCP desde 2015.
 
Uma semana histórica
 
A versão impressa da terceira edição do Atlas de Cuidados Paliativos, lançada pela ANCP, foi entregue em primeira mão para a Ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, pelas mãos do presidente da ANCP.
 
O Atlas apresenta a compilação oficial de dados relevantes sobre o status da abordagem dos Cuidados Paliativos no Brasil que sustentam reflexão crítica sobre a especialidade e seus desafios. Nele consta que o maior número de serviços em CP está concentrado no atendimento público pelo SUS, com 123 (52,5%) unidades, além de 36 (15,3%) serviços instalados em instituições de atendimento público e privado, e 75 (32%) serviços em hospitais privados. Vale lembrar que a Associação Europeia de Cuidados Paliativos recomenda dois serviços especializados a cada 100.000 habitantes.

Sobre a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP)  

Fundada em 2005, a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) é uma associação científica que tem como objetivo congregar profissionais com interesse no desenvolvimento, ensino e implementação dos Cuidados Paliativos no Brasil. É a entidade oficial de representação multiprofissional da prática paliativa no Brasil.    

Sua atuação abrange a representação dos profissionais que trabalham em Cuidados Paliativos, promovendo ações de fomento e desenvolvimento de educação, pesquisa e atividades profissionais, estimulando a implementação de serviços de Cuidados Paliativos no Brasil. Busca, também, parcerias com instituições, públicas e privadas, governamentais nacionais e internacionais, entidades de classe e associações de apoio a pacientes e familiares.  

Informações: https://www.paliativo.org.br/  

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