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Febre, dores no corpo, vômitos e desidratação
são alguns sintomas que podem acometer as crianças nesse período chuvoso. O
diagnóstico pode ser desde uma gripe simples até um caso que necessite de
internação. Por isso, é necessário que os pais estejam atentos para saber se
podem acompanhar em casa, se é preciso levar os filhos para uma unidade básica
de saúde ou para a emergência pediátrica.
A médica Ana Paula Oliveira, coordenadora da
Emergência Pediátrica do Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria
da Saúde do Ceará (Sesa) administrada pelo Instituto de Saúde e Gestão
Hospitalar (ISGH), ressalta que a febre preocupa muito os pais, mas não é o
principal sinal de alerta, e sim uma defesa do organismo contra algum agente
infeccioso. A hipertermia, com temperatura a partir dos 37,5 ºC, deve ser
observada. “Esse sintoma, na grande maioria das crianças até os cinco anos, é
de causa viral“, explica.
Uma das primeiras medidas para esses casos é a
hidratação. Se após 30 minutos, a febre persistir, pode-se dar um antitérmico
(paracetamol ou dipirona) e observar. “O importante é observar se há outros
indícios preocupantes. A criança com febre fica mais caída, mas quando passa,
normalmente ela volta a brincar, a comer, fica mais esperta”, afirma Oliveira.
Se a criança ficar bem com a redução da
temperatura, os pais podem observá-la em casa por três dias. A pediatra
acrescenta que, provavelmente, é um quadro viral e depois pode seguir o
tratamento ambulatorial em um posto de saúde.
Se mesmo quando a febre passa, a criança
continua indisposta, com irritabilidade excessiva, recusa alimentar, vômitos
incoercíveis, dor no pescoço ou muita tosse e cansaço, deve ir ao pronto
atendimento, pois precisa de avaliação médica. Além disso, segundo Oliveira,
pacientes com menos de três meses com hipertermia também devem ser avaliados
por um médico. “Se a febre não melhora com antitérmicos ou há outros sinais de
alarme, é necessário buscar atendimento”, pontua.
Cuidados em casa
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Ana Paula Oliveira explica que para crianças
febris, é importante sempre oferecer muito líquido, porque há muitas perdas de
água com a elevação da temperatura e há o risco de desidratação. Por isso, é
necessário manter uma boa oferta de água e soro, tirar as roupas e o excesso de
lençóis para ter uma troca de calor. Se continuar, pode ser feito o uso de
antitérmicos. Os mais comuns são a dipirona e o paracetamol, que devem ser
usados de acordo com as dosagens recomendadas pelo pediatra que acompanha o
paciente. O uso dessas substâncias deve ser de 6h em 6h, em caso de febre.
“Quanto à questão da convulsão febril, é algo
que pode acontecer entre seis meses e seis anos de idade, e é uma condição
benigna que independe da temperatura. A criança que sofre com o problema possui
uma predisposição genética para isso. Não é recomendado o uso de antitérmico
para prevenir essas convulsões. O medicamento é utilizado para normalizar a
temperatura”, destaca a médica.
O que também ajuda a retardar o uso do
antitérmico é o banho morno. “O banho gelado não é indicado. Se a criança já
está com febre, nosso centro de regulação térmica que fica no hipotálamo
entende que se baixou rápido a temperatura, vai ser necessário produzir mais
calor e depois a temperatura vai aumentar. Por isso, é melhor banhar com água
morna, que é mais confortável e ajuda a baixar cerca de 1ºC até chegar o
próximo horário de medicação”, acrescenta.
Prevenção
A educação preventiva também é fundamental para
garantir a saúde das crianças. Por isso, é recomendado incentivar o hábito
constante de lavagem das mãos. “É uma ação eficaz, barata e bem repercutida.
Enfatizo também a questão da vacinação. O calendário de imunização é gratuito e
traz grandes benefícios para a qualidade de vida dos pequenos”, alerta.
Informações para a Imprensa: Teresa Fernandes
Assessoria de Comunicação do Hospital Regional Norte (HRN)
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