Unidade de AVC do HRN supera mais de cem admissões em um mês de funcionamento

Funcionando há um mês, a unidade especializada em atendimento a casos de acidente vascular cerebral (AVC) do Hospital Regional Norte (HRN) já superou cem admissões, com 57 pacientes com AVC agudo e 49 com AVC subagudo.

O HRN, situado em Sobral, vinculado à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e gerido pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), possui dez leitos para cada um dos tipos de danos. O setor foi inaugurado em 28 de outubro com a presença da governadora Izolda Cela.

Nesses primeiros dias, foram 45 entradas via Central de Regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) e 12 pela Emergência do próprio hospital. Foram realizadas 11 trombólises endovenosas, tratamento mais eficaz para o AVC isquêmico – responsável por 85% de todos os casos – quando feito nas primeiras quatro horas.

A Unidade de AVC realiza, ainda, tomografia e assistência inicial por neurologista a pacientes em janela de primeiras horas (isquêmico). A equipe multidisciplinar do serviço reúne médicos, enfermeiros, técnicos em Enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas e fonoaudiólogos.

O atendimento funciona com neurologistas de plantão e equipe treinada para as ocorrências. São disponibilizados também exames de imagem para identificar lesões, além de procedimentos com equipamentos e técnicas antes disponíveis apenas em Fortaleza.

Antes da abertura da nova unidade, o HRN já contava com o serviço de neurocirurgia para 55 municípios da Região de Saúde. A estrutura possibilita acompanhamento e monitorização mais rigorosos dos pacientes, com redução do tempo de internação e dos riscos de complicação clínica, promovendo reabilitação mais ágil.

O coordenador médico da Unidade de AVC, Espártaco Ribeiro, ressalta a importância de proporcionar essa especialidade no hospital. “Recebemos um centro de cuidados e aqui tratamos, de forma adequada, pacientes em recuperação de acidente vascular cerebral. Atendemos de forma a prevenir, reverter e recuperar ao máximo pessoas com predisposição ao AVC, uma das principais causas de morte no Brasil“, disse.

Tratamento especializado

A auxiliar de Enfermagem Maria do Socorro Ribeiro Lira Silva, de 49 anos, percebeu que estava com sinais de AVC em 29 de novembro. Ela sinalizou para o marido, que a levou para uma unidade de saúde em Massapê, município onde reside. De lá, foi encaminhada para o HRN.

Após exames de imagem, a paciente realizou uma trombólise. “Na primeira noite, chorei, porque havia acontecido um AVC comigo e porque estava com a voz embolada e uma dormência no lado direito do corpo. Mas minha voz voltou ao normal e eu estou levantando o braço normalmente. Graças a Deus, a medicação foi eficiente”, comemora, reforçando o “atendimento excelente”. “Foi muito bom ter vindo para cá”, destacou.

Informações à Imprensa: Terezinha Fernandes de Oliveira <terezinha.tfo@isgh.org.br>