Sindsaúde vem realizando mobilizações para garantir os direitos trabalhistas dos empregados(as) da Santa Casa de Sobral |
"Se, por um lado, os serviços voltam a ser prestados, por outro, os cerca de mil e trezentos empregados da unidade sofrem as consequências da mudança na gestão. Pelo decreto, eles passaram a prestar serviços, através de contratos temporários, para o município, sem carteira assinada, ou seja, sem direitos como férias e FGTS", destaca o representante do Sindsaúde de Fortaleza, Quintino Neto.
Representantes do Sindsaúde realizam mobilização na porta de entrada dos funcionários do hospital |
Aflição
"Se a Prefeitura assumiu a Santa Casa de Misericórdia para moralizar, já que a administração passada de fato era desastrosa, que o fizesse respeitando os empregados e empregadas do hospital, com as devidas garantias dos direitos trabalhistas", ressalta Solange Pontes do Sindsaúde, subsede Sobral. "A mobilização é muito importante neste momento, pois não podemos admitir este ambiente de incerteza e aflição que hoje está instalado na Santa Casa. Assim, como na intervenção, que todos os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras sejam garantidos também por decreto, que sejam estabelecidos por lei", acrescenta Marli Costa, do Sindsaúde Fortaleza.
Empregados e empregadas da Santa Casa durante a entrada no hospital para o expediente da manhã |
A trabalhadora do serviço de nutrição da Santa Casa M.C.L, que pediu para não se identificar pois teme represálias, está em um estado aflitivo e de muita apreensão, pois já tem mais de 20 anos de carteira assinada e não quer perder seu emprego e nem os seus direitos. "O que eu sei é que nós vamos ser chamados, até segunda-feira, para assinar um contrato temporário com a Prefeitura, que vai ter uma seleção e que não quiser assinar vai ter que pedir demissão. Acho isso uma injustiça e desrespeito com a gente e eu mesma não vou assinar o contrato com a Prefeitura e penso que não serei demitida por justa causa se eu não tenho culpa dessa confusão da Santa Casa com a Prefeitura", diz apreensiva M.C.L.
Matéria Exclusiva do BES (Vanderley Moreira - Jornalista)
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