sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Diário da Intervenção na Santa Casa de Sobral em 07/10/2022 - Manifestação do Sindisaúde na porta do hospital pede garantia de direitos trabalhistas


Sindsaúde vem realizando mobilizações para garantir os direitos trabalhistas dos empregados(as) da Santa Casa de Sobral 

Desde a intervenção da Santa Casa de Misericórdia  pelo gestão municipal de Sobral, o Sindsaúde tem manifestado preocupação pela situação dos trabalhadores e trabalhadoras do hospital. Segundo os dirigentes sindicais, apreensão, incertezas e temores de demissões tem sido o clima entre empregadas e empregados da Santa Casa de Sobral desde que a unidade hospitalar sofreu intervenção. 

"Se, por um lado, os serviços voltam a ser prestados, por outro, os cerca de mil e trezentos empregados da unidade sofrem as consequências da mudança na gestão. Pelo decreto, eles passaram a prestar serviços, através de contratos temporários, para o município, sem carteira assinada, ou seja, sem direitos como férias e FGTS", destaca o representante do Sindsaúde de Fortaleza, Quintino Neto.  

Representantes do Sindsaúde realizam mobilização na porta de entrada dos funcionários do hospital 


Ainda de acordo com o decreto da intervenção, as verbas rescisórias são de responsabilidade da Santa Casa. O Sindsaúde Ceará já solicitou reunião com a Prefeitura de Sobral para tratar sobre os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da unidade. Um pedido de mediação também foi feito junto ao Ministério Público do Trabalho. Segundo Quintino Neto do Sindsaúde, a reunião com a Prefeitura está marcada para tarde de hoje (07/10) às 14 horas. 

Aflição

"Se a Prefeitura assumiu a Santa Casa de Misericórdia para moralizar, já que a administração passada de fato era desastrosa, que o fizesse respeitando os empregados e empregadas do hospital, com as devidas garantias dos direitos trabalhistas", ressalta Solange Pontes do Sindsaúde, subsede Sobral. "A mobilização é muito importante neste momento, pois não podemos admitir este ambiente de incerteza e aflição que hoje está instalado na Santa Casa. Assim, como na intervenção, que todos os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras sejam garantidos também por decreto, que sejam estabelecidos por lei", acrescenta Marli Costa, do Sindsaúde Fortaleza.

Empregados e empregadas da Santa Casa durante a entrada no hospital para o expediente da manhã

A trabalhadora do serviço de nutrição da Santa Casa M.C.L, que pediu para não se identificar pois teme represálias, está em um estado aflitivo e de muita apreensão, pois já tem mais de 20 anos de carteira assinada e não quer perder seu emprego e nem os seus direitos. "O que eu sei é que nós vamos ser chamados, até segunda-feira, para assinar um contrato temporário com a Prefeitura, que vai ter uma seleção e que não quiser assinar vai ter que pedir demissão. Acho isso uma injustiça e desrespeito com a gente e eu mesma não vou assinar o contrato com a Prefeitura e penso que não serei demitida por justa causa se eu não tenho culpa dessa confusão da Santa Casa com a Prefeitura", diz apreensiva M.C.L.

Matéria Exclusiva do BES (Vanderley Moreira - Jornalista)

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