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Desde o início da pandemia de Covid-19, o Brasil e o mundo têm enfrentado diversos desafios para conter a disseminação do vírus. As doenças cardiovasculares, que já figuravam como a principal causa de mortes no mundo, com mais de 17 milhões¹ de vítimas por ano, intensificaram ainda mais a complexidade deste cenário: os pacientes que sofrem destas doenças, como a Insuficiência Cardíaca (IC), estão no grupo de risco para a Covid-19.
A Insuficiência Cardíaca (IC) é a causa mais comum de hospitalização em pessoas com idade acima dos 65 anos2-4, sendo que, cerca de metade das que são hospitalizadas morrem em cinco anos2-4. A doença ocorre quando o coração não se contrai com força suficiente para bombear a quantidade necessária de sangue para o corpo5. De acordo com estudos, a condição provoca de duas a três vezes mais mortes que cânceres avançados, como o de intestino e de mama6.
No Brasil, a Insuficiência Cardíaca (IC) é a principal causa de rehospitalização, com alta probabilidade de mortalidade em cinco anos15. O cardiologista João David de Souza Neto, coordenador da Unidade de Transplante do Hospital de Messejana, de Fortaleza (CE), explica que a cada visita ao hospital, o quadro do paciente pode se agravar. “Um dos grandes problemas é que muitas vezes os sintomas da IC são confundidos com outras patologias. E o paciente só descobre a condição quando tem o primeiro quadro de descompensação e acaba internando7”, comenta.
Estima-se que 23 milhões de pessoas são acometidas com a Insuficiência Cardíaca (IC) globalmente8, das quais 3 milhões só no Brasil9. A prevalência da condição vem aumentando consideravelmente nos últimos anos em todo o mundo10, tornando-se um grave problema de saúde pública11, inclusive no Brasil. No Ceará, segundo o cardiologista João David de Souza Neto, coordenador da Unidade de Transplante do Hospital de Messejana, de Fortaleza (CE), o cenário da insuficiência cardíaca na região exige atenção. “Em todo o Estado do Ceará temos apenas o Hospital de Messejana como referência no tratamento de doenças cardíacas graves e de alta complexidade. O que observamos na prática clínica é que os pacientes já chegam em estado mais avançado da doença, o que complica o tratamento para ele e para o sistema público. No Messejana temos cadastrados em torno de 1.200 pacientes que são acompanhados regularmente, que agora poderão continuar o tratamento que antes, muitas vezes, era somente realizado no ato de internação”, comenta.
A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença crônica, ainda sem cura, porém, tratável. Existem medicamentos que reduzem a morte por causa vascular em 20%, além de diminuir as hospitalizações provocadas pela doença em até 21%12. No caso de pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), estes tratamentos já foram incorporados e estão disponíveis para serem dispensados gratuitamente à população na rede pública de saúde. Para João David de Souza Neto, coordenador da Unidade de Transplante do Hospital de Messejana, de Fortaleza (CE), o acesso aos medicamentos que ajudam o paciente no controle da insuficiência cardíaca é de extrema importância. “É uma ótima notícia saber que nossos pacientes do Ceará poderão ser tratados gratuitamente via SUS com medicamentos eficazes na diminuição de internações por IC12. Em um futuro próximo, a expectativa é de que os pacientes sejam mais aderentes ao tratamento e procurem menos a emergência, proporcionando um grande avanço para o tratamento da doença aqui e em todo o País.”, comemora.
O médico também faz um alerta. “Antes de mais nada, os pacientes precisam ser diagnosticados corretamente. A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma doença com alto risco de morte13. Por isso, ao apresentar sintomas como falta de ar ou cansaço ao realizar tarefas cotidianas, como subir escada ou fazer caminhadas14, é importante que o paciente busque uma orientação médica com um cardiologista”, enfatiza Neto.
Referências:
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Informações
Gabriela Rossi (Edelman)
tel: +55 (11) 3066-7777
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