segunda-feira, 12 de julho de 2021

Plano de saúde terá reajuste negativo pela primeira vez – e ele será de -8,19%

O reajuste dos planos de saúde individuais e familiares será negativo neste ano, de -8,19%. O percentual, que compreende o período de maio de 2021 a abril de 2022, foi aprovado em reunião realizada nesta quinta-feira (8) pela diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Na prática, significa que as operadoras de saúde precisarão reduzir os valores das mensalidades dos planos de saúde. Caso não o façam, estarão em desacordo com a regulamentação. Os planos individuais e familiares correspondem a 18,9% dos contratos. “O reajuste sendo negativo é um direito do consumidor. No caso de reajuste positivo, o direito é da operadora, e é facultado a ela aplicá-lo ou não”, disse Rogério Scarabel Barbosa, diretor da ANS que relatou a decisão.

A ANS define o percentual máximo de reajuste aplicado pelas operadoras nos planos individuais ou familiares, que são os vendidos diretamente para os consumidores. Os planos coletivos – como os disponibilizados pelas empresas a seus funcionários – têm a correção negociada entre as operadoras e as organizações.

Esta é a primeira vez que o percentual de reajuste é negativo, o que deve levar os planos de saúde a ficar mais baratos. Nos últimos 20 anos, o indicador sempre ficou no campo positivo. O menor reajuste foi de 5,42%, em 2000.

Em maio, o número de usuários de planos de assistência médica – considerando os individuais e coletivos – chegou a 48.137.767, o maior desde julho de 2016. Nos planos exclusivamente odontológicos, o número de usuários totalizou 27.681.068.

Para o período de maio de 2020 a abril de 2021, o índice estabelecido pela ANS foi de 8,14%. No entanto, por conta dos desdobramentos da pandemia de coronavírus, a agência decidiu suspender os reajustes dos planos de saúde no período de setembro a dezembro de 2020. As correções suspensas voltaram a ser aplicadas em janeiro de 2021, diluídas em 12 parcelas mensais de igual valor.


Fonte: Infomoney

via Sobral em Revista

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