sexta-feira, 25 de junho de 2021

Brasil bate recorde de casos em 24h no mesmo dia em que 3 milhões de doses são enviadas pelos EUA

Foto: Google Imagens

Pela primeira vez, mais de 100 mil infectados foram confirmados em um único dia. Somente a distribuição e aplicação ainda mais rápida dos imunizantes, aliada ao distanciamento social, pode conter o aumento da pandemia

Após recorde positivo de vacinas aplicadas em um único dia na última semana, com mais de 2 milhões de pessoas vacinadas, nesta quarta-feira (23) o Brasil pela primeira vez registrou mais de 100 mil casos de Covid-19 confirmados em 24h. O novo recorde, bastante ruim, mostra a urgência pela vacinação ainda mais rápida. Nesta quinta (24), chegam ao país mais 3 milhões de doses da Janssen, vacina de dose única que pode ajudar nesse sentido. A rápida distribuição desse imunizante, no entanto, vai ser essencial para que os indicativos diminuam.

“No nosso recorde anterior, em 2010 com a campanha contra H1N1, tínhamos uma média de 800 mil pessoas vacinadas por dia, isso já foi batido. Os índices foram melhorando ao longo dos meses. Saímos da casa de 130 mil em fevereiro, para 680 mil em maio e agora em junho alcançamos uma média de mais de 880 mil que recebem uma dose de imunizante contra a Covid-19 a cada 24 horas”, explica Ricardo Agostinho Canteras, especialista em logística de cadeia fria.

O aumento do nos últimos dias, que faz com que a média geral fique 30% maior do que a alcançada no mês anterior, tem a ver, dentre outros fatores, com a unificação da faixa de temperatura de todas as vacinas, que facilitou a operacionalização do PNI. O obstáculo antes representado pelas temperaturas negativas extremas para conservação do imunizante da Pfizer foi transposto com a liberação da ANVISA para que ele pudesse ser transportado e armazenado de 2 a 8ºC. 

“A estrutura logística da Rede do Frio, do PNI, está preparada para suportar a distribuição de vacinas nessa faixa de temperatura. Hoje todas as vacinas estão sendo armazenadas e transportadas nas mesmas condições. Isso traz muitas vantagens”, comenta o executivo, que é também diretor Comercial e de Operações da TEMP LOG, operadora logística especializada nos serviços de armazenamento, fracionamento e transporte para a indústria farmacêutica.

Muito se fala sobre o Programa Nacional de Imunização ser reconhecido mundialmente pela sua eficiência no que se refere às vacinas que anualmente são aplicadas na população. E muito disso se deve à Rede do Frio, um sistema amplo que inclui estrutura técnico-administrativa orientada pelo PNI, por meio de normatização, planejamento, avaliação e financiamento e que visa a manutenção adequada da cadeia de frio.

Ela é composta por 27 centrais estaduais, 273 regionais, 52 centros de referência e 38 mil salas de imunização. O processo, que parece um bicho de sete cabeças, na verdade tem o objetivo de garantir a qualidade dos imunobiológicos adquiridos e ofertados à população, desde o laboratório produtor até o paciente. Isso inclui as etapas de recebimento, armazenamento, distribuição e transporte. Ou seja: tão importantes quanto as indústrias, são os Operadores Logísticos que precisam assegurar a preservação das características originais das vacinas, para que a eficácia não seja perdida.

Hoje a principal forma de garantir que a imunização seja feita com agilidade e segurança também nas cidades mais afastadas das capitais é o transporte passivo. São duas as maneiras de controlar o ambiente: ativamente e passivamente. O controle ativo é aquele em que o veículo tem um equipamento que faz a refrigeração automática. Já o controle passivo envolve embalagens formadas por elementos que bloqueiam a troca térmica e outros refrigerantes, como bolsas de gel. Normalmente para entregas maiores (para hospitais, por exemplo) se usa o controle ativo, e no transporte para regiões mais remotas, se usa o passivo.

Desafio agora é a informação

Se os entraves logísticos foram solucionados, o executivo aponta que falta agora apostar em estratégias mais eficazes de compartilhamento de informações. O PNI tem um sistema que é alimentado com todos os dados das pessoas que tomam a vacina. Chamado SI-PNI, ele é obrigatório em todas as salas de imunização e deve computar no mínimo 10 variáveis de cada pessoa. Entram aí o CPF, tipo e lote da vacina, comorbidade, dentre outros. Vai ser o lançamento correto dessas informações que vai permitir que o Brasil rastreie as pessoas que ainda não tomaram a segunda dose. 

“Não vamos poder ficar aguardando que elas compareçam ao posto de vacinação. Então, fora as campanhas, como o Dia D, o governo, por meio do SI-PNI precisa encontrar a população, preparar uma política de rastreio para detectar as pessoas que tomaram a primeira dose e ainda não tomaram a segunda. É essencial que elas entendam que só ficam imunizadas quando recebem ambas”, finaliza Canteras.

Sobre a Temp Log

Operador logístico especializado nos serviços de armazenamento, fracionamento e transporte para a indústria farmacêutica, a Temp Log  atua com cargas frias e produtos especiais. Com quase 30 anos de mercado, é também referência  nacional na operação logística de  toxinas botulínicas, preenchedores faciais  e bioestimuladores. A excelência no manejo de produtos fracionados de alto valor agregado para a saúde humana faz com que,  mais de 2.300 municípios brasileiros tenham acesso a esses insumos por meio da Temp Log. Com um modelo arrojado de negócio, tem como principal diferencial o prazo rápido de entrega e o investimento em tecnologias avançadas. Saiba mais em: www.templog.net

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