Por mais que sejam comuns, as dores no tratamento de câncer não podem ser consideradas normais. As dores podem e devem ser tratadas, seja para saná-las ou mesmo controlá-las ou aliviá-las. É válido dizer que as dores podem desencadear outros problemas e sentimentos, como cansaço, irritabilidade, depressão e estresse, por exemplo. Já uma pessoa sem dores se sente mais ativa, se alimenta melhor, consegue curtir momentos ao lado da família e amigos, dorme melhor e consegue aproveitar demais atividades do cotidiano que motivam o paciente a seguir combatendo a doença.
O controle das dores pode ser
feito por meio de remédios como anti-inflamatórios, corticoides e
opióides. Mas, quando a medicação não controla as dores, é possível
fazer tratamentos intervencionistas. A equipe multidisciplinar também
se faz essencial nesse controle de dores, que inclui o médico
oncologista, cirurgiões, paliativistas, nutricionistas, enfermeiros
oncológicos, dentistas, psicólogos entre outros profissionais que farão o
melhor para o bem-estar do paciente.
O autocuidado é muito
importante também, e o paciente com câncer deve investir tempo na saúde
emocional: praticar atividades leves (caso o médico libere), passar
tempo com as pessoas importantes ao redor, ler, visitar amigos, passear
são exemplos de ações simples que promovem um bem-estar mental. Caso
julgue necessário, é possível buscar orientação com um psicólogo para
relatar suas dores, sejam elas físicas ou mentais. Lembre-se de não ter
vergonha de falar o que está sentindo.
O mais importante é que caso haja a dor, o paciente informe ao seu médico, que vai direcionar no melhor tratamento.
Dr. Diego Bezerra
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