![]() |
| O radialista Ritchelly faleceu no sábado (03/11) |
A imprensa de Sobral, particularmente a radiofonia, amanhece esta segunda-feira (05/11), orfã de um comunicador carismático e inquieto. Trata-se do radialista Carlos Alberto Ritchelly (o Ritchelly), que partiu do nosso convívio no sábado (03/11). O domingo (04/11), foi de tristeza e despedidas da família, dos colegas da imprensa e dos seus admiradores e ouvintes. Nesta manhã de segunda-feira (05/11), no estúdio da Rádio Educadora, AM 1.1120khz, será percebido um vazio no microfone que era destinado ao Ritchelly no Programa Encontro Com a Politica, que ele apresentava juntamente com o radialista Araujo Pachelle, e demais companheiros, das 6h às 7h 30m.
Haverá o silêncio daquela voz que chegava para falar da política local, apresentando notícias da Câmara Municipal, e muitas vezes de uma forma provocativa, mas sem excessos, trazendo a polêmica e a discussão de assuntos que incomodava, ora a oposição, ora a situação. Era assim a sua forma de fazer rádio, autêntica e alguma vezes incompreendida.
O pai e o esposo Ritchelly era uma dedicação extrema à família, um bom filho e irmão camarada. Era o homem de imprensa presente aos eventos políticos e sociais, sempre alegre e com o gravador pronto e engatilhado para coletar entrevistas, fosse do político mais importante ao líder comunitário mais humilde. Quantos entrevistas com Neguinho do BEC, Caburé, Célia dos Terrenos Novos, entre outros.
![]() |
| Carlos Alberto Ritchelly teve órgãos doados pela família |
Apesar da sua ausência física, do seu sorriso bonachão, da sua voz no rádio, Ritchelly não será esquecido, principalmente por alguns desconhecidos que serão gratos a ele para sempre. Sim, em um nobre gesto de solidariedade, a família do radialista autorizou a doação de seus órgãos. O consentimento da doação permitirá que pessoas em situação de risco de morte possam voltar a ter uma vida normal. Assim, ajudando o próximo, o radialista, o esposo, o pai, o filho e o companheiro do sorriso farto, da amizade fácil e da alegria contagiante, parte para a morada do Pai. Deixará saudades em todos que conviveram com ele, mas continuará vivo entre nós, num olho que brilha ou num pulmão a respirar. Fique com Deus Ritchelly, pois aqui na Terra você "combateu o bom combate, terminou a corrida e guardou a fé". Muitos colegas e vários veículos de comunicação manifestaram pesar pela passagem prematura do Ritchelly, entre eles, o amigo de estúdio de todas as manhãs, Araújo Pathelle: "Deus chamou meu companheiro Ritchelly, mas vai ficar na minha memória a sua alegria e a luta que ele travava para ocupar seu espaço e continuar vivendo conosco. Vai em paz amigo". Amém!
Outro relato emocionado, em homenagem ao colega Ritchelly, vem da sensibilidade aflorada e da crônica comovida do jornalista Silveira Rocha:
"Adeus amigo Ritchelli
Poxa, amigo, eu torci demais para que a notícia triste que circulava nas redes sociais não fosse um fato, mas um fake. É difícil explicar como os seres felizes, de repente nos deixam desolados, lacrimejantes e com a voz desafinada. Em momentos assim, a nossa poesia perde a rima e os versos se resvalam pelos espaços vazios, como os que você deixa, e que não serão mais tão festivos como você os fazia com seu sorriso fácil, com sua comunicação entusiasmada, com sua mágica de encantar pessoas e fazer amigos. Que pena amigo, que as tecnologias ainda não nos permitam ressuscitar, reacender, voltar à vida depois do sono profundo e ansioso da morte. Pudéramos nós dispor de um carregador, poder ser formatado e voltar com novo chip e a mesma memória. A vida consegue driblar a ciência e manter sob mistério o que somente a um Deus perfeito é permitido.
Quando criança eu ficava olhando o lado de trás dos rádios, tentando encontrar as pessoas que falavam por ele, e era sempre uma tentativa vã. Contudo, amanhã, quando o som da Tupinambá ecoar pelos céus da nossa região, eu irei lembrar-me de você, e ai, talvez eu chore a dor dos desconsolados e repita a frase dos duvidosos: por que você se foi amigo Carioca, Bebeto, Ritchelim, meu amigo e recente vizinho do Boa Vizinhança?
Relatos científicos nos resumem como um misto de massa e energia, em que somente um se acaba e o outro vira saudade. Alenta-nos saber que sua energia ficará conosco e que a gente vai poder contar com sua disposição de viver e de encarar a vida como os grandes vencedores.
Você foi ali, acolá, foi rezar, buscar benção e o abraço do Pai.
Obrigado amigo por teres sido tão agradável, tão prestativo, tão radiante. Foi bom vê-lo, conhecê-lo e haver desfrutado ao seu lado de grandes momentos.
Sei que o tempo é severo, que o destino é surpreendente e que a morte é concreta, no entanto, não desistirei de olhar para Céu nas noites sem luz e contar estrelas que viram amigos no infinito de nossa saudade.
Siga em paz amigo!"
(Silveira Rocha)
Outro relato emocionado, em homenagem ao colega Ritchelly, vem da sensibilidade aflorada e da crônica comovida do jornalista Silveira Rocha:
"Adeus amigo Ritchelli
Poxa, amigo, eu torci demais para que a notícia triste que circulava nas redes sociais não fosse um fato, mas um fake. É difícil explicar como os seres felizes, de repente nos deixam desolados, lacrimejantes e com a voz desafinada. Em momentos assim, a nossa poesia perde a rima e os versos se resvalam pelos espaços vazios, como os que você deixa, e que não serão mais tão festivos como você os fazia com seu sorriso fácil, com sua comunicação entusiasmada, com sua mágica de encantar pessoas e fazer amigos. Que pena amigo, que as tecnologias ainda não nos permitam ressuscitar, reacender, voltar à vida depois do sono profundo e ansioso da morte. Pudéramos nós dispor de um carregador, poder ser formatado e voltar com novo chip e a mesma memória. A vida consegue driblar a ciência e manter sob mistério o que somente a um Deus perfeito é permitido.
Quando criança eu ficava olhando o lado de trás dos rádios, tentando encontrar as pessoas que falavam por ele, e era sempre uma tentativa vã. Contudo, amanhã, quando o som da Tupinambá ecoar pelos céus da nossa região, eu irei lembrar-me de você, e ai, talvez eu chore a dor dos desconsolados e repita a frase dos duvidosos: por que você se foi amigo Carioca, Bebeto, Ritchelim, meu amigo e recente vizinho do Boa Vizinhança?
Relatos científicos nos resumem como um misto de massa e energia, em que somente um se acaba e o outro vira saudade. Alenta-nos saber que sua energia ficará conosco e que a gente vai poder contar com sua disposição de viver e de encarar a vida como os grandes vencedores.
Você foi ali, acolá, foi rezar, buscar benção e o abraço do Pai.
Obrigado amigo por teres sido tão agradável, tão prestativo, tão radiante. Foi bom vê-lo, conhecê-lo e haver desfrutado ao seu lado de grandes momentos.
Sei que o tempo é severo, que o destino é surpreendente e que a morte é concreta, no entanto, não desistirei de olhar para Céu nas noites sem luz e contar estrelas que viram amigos no infinito de nossa saudade.
Siga em paz amigo!"
(Silveira Rocha)



Nenhum comentário:
Postar um comentário