segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Prevenir ainda é o melhor remédio - A importância das ações educativas sobre Sífilis na adolescência

O gerente do CSF da Coelce, Carlos Romualdo com a equipe de saúde durante atividade
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) antiga, mas que continua aumentando suas vítimas ao longo dos anos.
Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou para a criança durante a gestação ou parto.
Embora haja teste diagnóstico específico para a sífilis na Atenção Primária, como é o caso do VDRL, este exame habitualmente é solicitado testagem rápida nos Centros de Saúde da Família (CSF) ou até mesmo no Centro de Referência de Infectologia de Sobral (CRIS).
Em Sobral no ano de 2017, na faixa etária de 10 a 19 anos, ocorreram 12 casos de sífilis na gestação e 04 casos de sífilis não especificada na faixa etária entre 15 a 19 anos, sendo que no referido ano obteve-se um quantitativo de 485 adolescentes gestantes entre 12 a 19 anos, um número inferior a 2016 que foi de 509 adolescentes gestantes entre 13 a 19 anos.
O objetivo desse diálogo é que reforçar aos profissionais de saúde que potencializem as estratégias e ações de educação em saúde sobre saúde sexual e reprodutiva, principalmente aos adolescentes, realizando oficinas nas Escolas como forma de prevenir e orientar aqueles que estão em vida sexual ativa. 
Esses momentos proporcionam a troca de informações e experiências, possibilitando desmistificar crenças, tirar dúvidas, atender as necessidades e proporcionar um cuidado integral.
No âmbito do ‘cuidar’ encontram-se alguns desafios, dentre eles está a redução no uso dos preservativos, uma vez que a doença também é transmitida por via sexual, e o baixo percentual de diagnóstico precoce da doença, o que aumenta o risco de transmissão e sequelas. Além disto, com a aquisição de outro método contraceptivo, por exemplo o anticoncepcional injetável, boa parte dos adolescentes abandonam o uso do preservativo, o que favorece a aquisição de uma IST.
Diante desses desafios, sugere-se que os gestores acentuem o combate as Infecções Sexualmente Transmissíveis, principalmente sífilis, alertando sobre o uso do preservativo masculino ou feminino e diagnóstico precoce, objetivando reduzir o número de novos casos dessa infecção.
É importante saber:
PREVENÇÃO:
O uso correto e regular da camisinha feminina ou masculina é uma medida importante de prevenção da sífilis. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal de qualidade contribui para o controle da sífilis congênita.
SINTOMAS:
Sífilis primária
•    Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias.
•    Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
Sífilis secundária
•    Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial.
•    Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.
•    Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo.
Sífilis latente – fase assintomática
•    Não aparecem sinais ou sintomas.
•    É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção).
•    A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
Sífilis terciária
•    Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção.
•    Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
DIAGNÓSTICO:
O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos CSFs sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. 

Fonte:
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Secretaria da Saúde de Sobral/CE, Célula de Vigilância Epidemiológica.
Brasil, Ministério da Saúde. Site: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/sifilis 

Autor: Enfermeiro Carlos Romualdo (Gerente do Centro de Saúde da Família Coelce)

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