"Eu estava andando de moto quando um carro deu luz
alta e me encandeou, eu ia colidindo em uma bicicleta, mas desviei muito rápido
e caí de cabeça no acostamento. Como estava sem capacete, a consequência do
acidente foi perda total da audição”, relembra Francisco Evandro Parente,
aposentado de 58 anos, do acidente que o deixou sem audição em 2014. Ele é um
dos 70 pacientes que são atendidos por mês, pelo Centro de Saúde Auditiva do
Hospital Geral de Fortaleza (HGF), da rede pública de saúde do Governo do
Ceará.
Há um ano e meio, Francisco realiza o acompanhamento nos
ambulatórios de otorrinolaringologia e fonoaudiologia da unidade. Em junho de
2016, ele realizou a cirurgia para a implantação da prótese auditiva e, no mês
de agosto, ativou o aparelho. “É indescritível. A sensação de você poder ouvir
novamente não tem como explicar, é uma emoção que toma conta de mim. Eu me
sinto bem mais feliz com a volta da audição”, fala emocionado.
Os serviços de otorrinolaringologia e fonoaudiologia
trabalham juntos na melhoria da qualidade de vida dos pacientes que necessitam
de reabilitação auditiva. Além deles, uma equipe multiprofissional formada por
assistentes sociais, psicólogos, neurologistas, neurocirurgiões, pediatras e
neonatologistas, entre outras especialidades, realiza esse trabalho. “Atuamos
na melhoria da qualidade de vida do paciente, para que eles possam retomar as
funções, os valores sociais, emocionais e comunicativos, uma vez perdidos pela
deficiência auditiva”, ressalta a chefe do serviço de fonoaudiologia, Emília
Kelma Alves.
Quem também é acompanhada pelos serviços é a pequena
Nicolly da Silva Senhor, de 4 anos. A mãe, Claudiane dos Santos Silva, 32 anos,
explica que começou a desconfiar que a filha tinha problema de audição com
menos de um ano de idade. “A Nicolly nasceu normal, não foi um bebê prematuro,
mas teve um diagnóstico tardio, pois não foi feito o teste de orelhinha quando
ela nasceu porque eu estava em processo de mudança de São Paulo para Fortaleza.
Quando ela completou um ano, já morávamos no Ceará e levei ao médico que
diagnosticou a perda total de audição”, rememora Claudiane.
Após a avaliação, Nicolly passou a ser acompanhada no
serviço do HGF e realizou a cirurgia há apenas oito meses. “A cada dia ela está
aprendendo uma coisa nova. Ela ainda não fala, mas já atende pelo nome e já
imita o som dos bichos. A nossa maior conquista é a reabilitação auditiva para
poder inserir essa criança em sala de aula, inserir esse paciente que tenha
dificuldade de se comunicar de volta na sociedade”, garante a fonoaudióloga Emília
Kelma.
Nicolly está na escola desde um ano de idade, pois a mãe
tinha que trabalhar e a deixava na creche. No colégio, a criança nunca teve
dificuldade com a inclusão. A implantação da prótese auditiva atendeu 1.920
pacientes em 2017.
Programa de Prótese Auditiva
O programa de Prótese Auditiva do HGF iniciou há 17 anos
e em 2014, os serviços de fonoaudiologia e otorrinolaringologia se reuniram
para trabalhar em conjunto no diagnóstico, avaliação e reabilitação do paciente
com problemas de audição. Ao todo, a equipe da fono conta com 25 fonoaudiólogos
e a otorrino com 11 médicos.
Atendimento no HGF
Para ter acesso ao programa é preciso que o paciente seja
encaminhado, por meio da Central de Regulação, após passar por uma primeira
consulta e uma unidade básica de saúde. O atendimento no Centro de Saúde
Auditiva do HGF, acontece de segunda a sexta-feira, das 7 às 16 horas.
Serviço
Centro de Saúde Auditiva do HGF – (85) 3101. 3247
Fotos: Assessoria de Comunicação do HGF
Assessoria de Comunicação do HGF
Débora Morais
(85) 3101.7086 / 98726.1212
debora.morais@hgf.ce.gov.br
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