A turma de Técnico em Enfermagem do Instituto Educacional Sobralense (IES), realizou nesta quinta, (21/12) uma ação de educação em saúde para a população sobralense na Praça do Teatro, às 19h, no horário em que ocorre a tradicional feirinha de produtos artesanais, a temática foi SAÚDE DA MULHER, enfatizando câncer do colo do útero e câncer de mama, gestação saudável, dentre outros. Para essa abordagem, utilizou-se jogo educativo e fanzine.
Atualmente, na prática, as políticas públicas para a população feminina estão voltadas para a prevenção do câncer de mama e do colo uterino, que são as principais causas de morte. Para o Brasil, dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) em 2016, estimaram 16.340 novos casos de câncer cervical e 57.960 novos casos de câncer de mama. Esses são dados preocupantes, visto que os exames de rastreamento são gratuitos e estão disponíveis pela rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Já segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 15 milhões de novos casos de câncer ocorrerão por ano no mundo a partir de 2020. Todavia, o conhecimento científico existente hoje é suficiente para reduzir esse número consideravelmente1-3. Segundo o Enfermeiro Carlos Romualdo, responsável pela ação, os principais fatores de risco para o câncer de mama são: idade (envelhecimento), fatores relacionados à reprodução, história familiar, consumo de álcool, excesso de peso, sedentarismo, exposição à radiação ionizante e alta densidade do tecido mamário.
Dados do Ministério da Saúde revelam que cerca de 40% de todas as mulheres brasileiras nunca tenham realizado esse exame4. A literatura refere que o principal fator de risco para o desenvolvimento de células precursoras do câncer (Lesões Intraepiteliais de Alto Grau) e do câncer de colo é a infecção pelo Papiloma vírus humano (HPV). Além disso, outros fatores, como imunidade, genética, comportamento sexual, idade, uso de contraceptivos e baixa condição socioeconômica, também podem estar relacionados5. O uso de preservativos e a realização periódica do exame citopatólogico convencional, indicado para mulheres com idade entre 25 e 64 anos, são as principais estratégias dos programas de prevenção e rastreamento2,6. Portanto, esse trabalho de ampliação e facilitação do acesso à informação, reforça o papel da mulher na produção do autocuidado com base em projetos e ações de educação em saúde que proporcionem o acesso aos exames preventivos e de mama.
Referência
1. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2014: Síntese de resultados e comentários. Rio de Janeiro; 2014. Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2014/sintese-deresultados-comentarios.asp.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. Rio de Janeiro; 2011 [citado 2014 ago 13]. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/Titulos/[Nomenclatura_colo_do_utero.pdf]
3. Greenwood AS, Machado MFAS, Sampaio NMV. Motivos que levam mulheres a não retornarem para receber o resultado de exame Papanicolau.Rev Latino-am Enfermagem. 2006;14(4):503-9.
4. Dell’Agnollo CM, Brischiliari SCR, Saldan G, Gravena AAF, Lopes TCR, Demitto MO, et al. Avaliação dos exames citológicos de Papanicolau em usuárias do Sistema Único de Saúde. Rev baiana saúde pública. 2014;38(4):854-64.
5. Albuquerque KM, Frias PG, Andrade CLT, Aquino EML, Menezes G, Szarcwald CL. Cobertura do teste de Papanicolaou e fatores associados à não realização: um olhar sobre o Programa de Prevenção do Câncer do Colo do Útero em Pernambuco, Brasil. Cad Saúde Pública. 2009;25(2):301-9.
6. Domingos ACP, Murata LMH, Pelloso SM, Schirmer J, Carvalho MDB. Câncer do colo útero: comportamento preventivo de autocuidado à saúde. Ciênc cuid saúde. 2007;6(2):397-403.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. Rio de Janeiro; 2011 [citado 2014 ago 13]. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/Titulos/[Nomenclatura_colo_do_utero.pdf]
3. Greenwood AS, Machado MFAS, Sampaio NMV. Motivos que levam mulheres a não retornarem para receber o resultado de exame Papanicolau.Rev Latino-am Enfermagem. 2006;14(4):503-9.
4. Dell’Agnollo CM, Brischiliari SCR, Saldan G, Gravena AAF, Lopes TCR, Demitto MO, et al. Avaliação dos exames citológicos de Papanicolau em usuárias do Sistema Único de Saúde. Rev baiana saúde pública. 2014;38(4):854-64.
5. Albuquerque KM, Frias PG, Andrade CLT, Aquino EML, Menezes G, Szarcwald CL. Cobertura do teste de Papanicolaou e fatores associados à não realização: um olhar sobre o Programa de Prevenção do Câncer do Colo do Útero em Pernambuco, Brasil. Cad Saúde Pública. 2009;25(2):301-9.
6. Domingos ACP, Murata LMH, Pelloso SM, Schirmer J, Carvalho MDB. Câncer do colo útero: comportamento preventivo de autocuidado à saúde. Ciênc cuid saúde. 2007;6(2):397-403.
Texto: Enfº Carlos Romualdo (Prof. da Disciplina Saúde da Mulher/IES)
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