segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Brasil está entre os nove países a caminho da erradicação das hepatites B e C

Brasil, Alemanha, Islândia, Japão, Holanda Austrália, Egito, Geórgia e Catar são os nove países que estão no rumo certo para erradicar a hepatite C até 2030 — de acordo com a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O anúncio foi feito em São Paulo, durante a realização do World Hepatitis Summit, que se realiza de 1º a 3 de novembro. Entre as metas estabelecidas pela OMS em 2016 estão a redução de 90% de novos casos de hepatites B e C, e redução de mortalidade de 65% para hepatite B e C até 2030. Países como Estados Unidos e Grã-Bretanha não alcançaram as metas propostas. Os dados são do Polaris Observatory, um centro de dados que fornece informações epidemiológicas sobre as hepatites B, C e D para o Center for Disease Analysis Foundation (CADF), empresa do Colorado especializada em epidemiologia e simulação de doenças[1].

Entre as causas para que os demais países não acompanhem o mesmo ritmo estão a falta de iniciativa política e de meios de financiamento globais para erradicar essas doenças, falhas na vigilância epidemiológica, dificuldade de acesso a diagnóstico e medicação, e a inexistência de diagnóstico. Em termos globais apenas 10% dos casos de hepatite B são diagnosticados, um índice que chega a 20% na hepatite C. Em todo o planeta, as hepatites virais matam cerca de um milhão de pessoas todos os anos, e mais de 300 milhões estão cronicamente infectadas com os vírus B ou C, para os quais já existe tratamento eficaz, com duração de três meses e sem efeitos colaterais. A maior cobertura vacinal contra hepatite B, o tratamento da infecção, e a possibilidade de erradicação das hepatites virais entusiasma especialistas.

"Os novos dados mostram que a erradicação da hepatite C é possível," afirmou em comunicado à imprensa Charles Gore, presidente da World Hepatitis Alliance (WHA), que organizou o evento de São Paulo em parceria com a OMS. A WHA é uma ONG que reúne 252 grupos de pacientes de 84 países.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, com apoio do Polaris Observatory e por meio de parceria com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), o Brasil tem hoje 657 mil pacientes com hepatite C precisando de tratamento, bem abaixo das estimativas anteriores, de 1,6 milhão.

"Isso torna o nosso projeto de erradicação mais fácil de executar, tanto em termos de custos do tratamento, quanto no lado mais prático, de fornecer atendimento a todos eles", afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, no mesmo comunicado. Além disso, o governo brasileiro está levantando gradativamente as restrições para o tratamento da hepatite C, que anteriormente só era oferecido aos pacientes graves, com quadro de cirrose ou fibrose. A partir de 2018, será oferecido a todos os pacientes. As novas drogas antivirais, na maioria dos casos, curam o paciente em três meses e têm pouco ou nenhum efeito colateral. Atualmente, dos 155 mil pacientes notificados, metade já foi tratada ou está em tratamento. Além disso, iremos aumentar a testagem e diagnóstico da doença em toda a população. A expectativa e distribuirmos ano que vem o dobro de testes que distribuímos esse ano. Serão 12 milhões de testes para diagnóstico da doença", ressaltou o ministro da Saúde do Brasil, Ricardo Barros.

Por conta dessa ampliação no acesso, o governo pode negociar uma grande redução no preço da medicação. O objetivo do governo agora é atender 50 mil pacientes por ano, reduzindo esse número gradualmente até 2030. Outra meta é adotar novas iniciativas para testar o maior número de pessoas possível para a hepatite C.



Brasil, Alemanha, Islândia, Japão, Holanda Austrália, Egito, Geórgia e Catar são os nove países que estão no rumo certo para erradicar a hepatite C até 2030 — de acordo com a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O anúncio foi feito em São Paulo, durante a realização do World Hepatitis Summit, que se realiza de 1º a 3 de novembro. Entre as metas estabelecidas pela OMS em 2016 estão a redução de 90% de novos casos de hepatites B e C, e redução de mortalidade de 65% para hepatite B e C até 2030. Países como Estados Unidos e Grã-Bretanha não alcançaram as metas propostas. Os dados são do Polaris Observatory, um centro de dados que fornece informações epidemiológicas sobre as hepatites B, C e D para o Center for Disease Analysis Foundation (CADF), empresa do Colorado especializada em epidemiologia e simulação de doenças[1].

Entre as causas para que os demais países não acompanhem o mesmo ritmo estão a falta de iniciativa política e de meios de financiamento globais para erradicar essas doenças, falhas na vigilância epidemiológica, dificuldade de acesso a diagnóstico e medicação, e a inexistência de diagnóstico. Em termos globais apenas 10% dos casos de hepatite B são diagnosticados, um índice que chega a 20% na hepatite C. Em todo o planeta, as hepatites virais matam cerca de um milhão de pessoas todos os anos, e mais de 300 milhões estão cronicamente infectadas com os vírus B ou C, para os quais já existe tratamento eficaz, com duração de três meses e sem efeitos colaterais. A maior cobertura vacinal contra hepatite B, o tratamento da infecção, e a possibilidade de erradicação das hepatites virais entusiasma especialistas.

"Os novos dados mostram que a erradicação da hepatite C é possível," afirmou em comunicado à imprensa Charles Gore, presidente da World Hepatitis Alliance (WHA), que organizou o evento de São Paulo em parceria com a OMS. A WHA é uma ONG que reúne 252 grupos de pacientes de 84 países.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, com apoio do Polaris Observatory e por meio de parceria com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), o Brasil tem hoje 657 mil pacientes com hepatite C precisando de tratamento, bem abaixo das estimativas anteriores, de 1,6 milhão.

"Isso torna o nosso projeto de erradicação mais fácil de executar, tanto em termos de custos do tratamento, quanto no lado mais prático, de fornecer atendimento a todos eles", afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, no mesmo comunicado. Além disso, o governo brasileiro está levantando gradativamente as restrições para o tratamento da hepatite C, que anteriormente só era oferecido aos pacientes graves, com quadro de cirrose ou fibrose. A partir de 2018, será oferecido a todos os pacientes. As novas drogas antivirais, na maioria dos casos, curam o paciente em três meses e têm pouco ou nenhum efeito colateral. Atualmente, dos 155 mil pacientes notificados, metade já foi tratada ou está em tratamento. Além disso, iremos aumentar a testagem e diagnóstico da doença em toda a população. A expectativa e distribuirmos ano que vem o dobro de testes que distribuímos esse ano. Serão 12 milhões de testes para diagnóstico da doença", ressaltou o ministro da Saúde do Brasil, Ricardo Barros.

Por conta dessa ampliação no acesso, o governo pode negociar uma grande redução no preço da medicação. O objetivo do governo agora é atender 50 mil pacientes por ano, reduzindo esse número gradualmente até 2030. Outra meta é adotar novas iniciativas para testar o maior número de pessoas possível para a hepatite C.
Referência
http://tonykirby.com/hepatitis/PolarisGlobalprevalencefinal.xlsm
http://tonykirby.com/hepatitis/PolarisdataGlobalprofilefinal.xlsx

Fonte: Medscape

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