O
edital convoca universitários de design gráfico, desenho industrial,
arquitetura e publicidade de todo o país a criarem nova embalagem para as
camisinhas distribuídas pelo SUS
As camisinhas masculinas distribuídas
gratuitamente pelo Ministério da Saúde terão nova embalagem até o final deste
ano. Nesta segunda-feira (17), a Pasta, em parceria com a Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) lançou um
concurso público direcionado aos estudantes de design gráfico, desenho industrial,
arquitetura e publicidade. O objetivo é escolher uma nova identidade visual
para os preservativos. As inscrições deverão ser feitas pelo site http://embalagemcamisinha.aids.gov.br até 11 de setembro.
O resultado e a premiação estão
previstas para acontecer durante o 11º Congresso Brasileiro de HIV/Aids e o 4º
Congresso Brasileiro de Hepatites Virais, entre os dias 26 e 29 de setembro, em
Curitiba, Paraná. O vencedor terá como prêmio um pacote de viagem de três dias
com um acompanhante para um dos sítios do patrimônio Histórico Cultural da
UNESCO no Brasil.
“Com esse concurso, pretendemos criar
uma identidade mais moderna e atrativa para o público, a fim de renovar a
imagem da camisinha masculina distribuída no Sistema Único de Saúde. A última
vez que a embalagem foi modificada faz mais de dez anos”, afirmou Adele
Benzaken, diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das
Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV e Aids, do Ministério da Saúde.
Incentivar o uso de preservativos,
principalmente entre os jovens, tem sido foco de campanhas de prevenção, como a
lançada no Carnaval deste ano. Dados do ministério apontam que essa é a faixa
etária que menos usa camisinha. Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas
indica queda no uso regular do preservativo entre os que têm de 15 a 24 anos,
tanto com parceiros eventuais – de 58,4% em 2004 para 56,6%, em 2013 – como com
parceiros fixos – queda de 38,8% em 2004 para 34,2% em 2013.
BOLETIM
- De acordo com o último boletim
epidemiológico do Ministério da Saúde, atualmente a epidemia no Brasil
está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos a cada 100 mil
habitantes, com cerca de 41,1 mil casos novos ao ano. O levantamento mais
recente mostra que a epidemia de Aids tem se concentrado, principalmente, entre
populações vulneráveis e nos mais jovens. Destaca-se o aumento em jovens de 15
a 24 anos, sendo que entre 2006 e 2015 a taxa entre aqueles com 15 e 19 anos mais
que triplicou, passando de 2,4 para 6,9 casos a cada 100 mil habitantes. Entre
os jovens de 20 a 24 anos, a taxa dobrou, passando de 15,9 para 33,1 casos a
cada 100 mil habitantes.
Nivaldo
Coelho, da Agência Saúde
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