Pacientes com doenças respiratórias graves, como fibrose
pulmonar, fibrose cística e enfisema pulmonar, que antes não tinham alternativa
de tratamento e sofriam com a certeza de uma expectativa de vida curta, têm a
oportunidade de realizar transplante de pulmão sem precisar viajar para São
Paulo ou Rio Grande do Sul. O Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart
Gomes, do Governo do Ceará, faz transplante de pulmão há seis anos.
O primeiro transplante de pulmão das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do
país foi realizado pela equipe do Hospital de Messejana, coordenada pelo
cirurgião torácico Antero Gomes Neto, em junho de 2011. Ele lembra que a
primeira cirurgia foi um grande marco para o atendimento aos pacientes com
graves problemas respiratórios. “Antes, esses pacientes não tinham alternativa
de tratamento, principalmente quem não tinha condições financeiras de viajar
para outro estado do país, agora têm à disposição um serviço de alta qualidade
para o tratamento”, enfatiza.
Nesses seis anos já foram realizados 38 transplantes de pulmão. Atualmente,
cinco pessoas estão na fila, aguardando a doação do órgão. A equipe do Programa
de Transplante de Pulmão do HM já soma várias vitórias. “Temos muito o que
comemorar já que esse tipo de transplante é um dos mais delicados por conta do
alto índice de complicações e mortalidade”, diz Antero Gomes Neto.
Segundo o coordenador do serviço, além do Ceará, apenas
os estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul são referências em transplantes
de pulmão no Brasil. Os bons resultados conquistados pela equipe do Hospital de
Messejana devem-se a alguns fatores, entre eles, a qualidade, competência e
dedicação da equipe médica e multidisciplinar do Hospital. "Antes de fazer
transplantes de pulmão, criamos a Residência em Cirurgia Torácica, que existe
há 15 anos aqui no Hospital. Isso tudo nos torna referência na assistência e no
ensino", comemora.
O cirurgião ressalta a importância do atendimento especializado e
acompanhamento da família para garantir a tempo o encaminhamento do paciente
que está em condições de ser submetido a um transplante com segurança.
"Eles precisam ser encaminhados cedo para o Hospital de Messejana. Quando
encaminhados tardiamente se perde o momento do transplante. Ou seja, se o
paciente tem doença pulmonar grave, como fibrose ou enfisema e está evoluindo
cada dia mais cansado, ele deve ser encaminhado para o transplante antes que
seja tarde demais", explica Antero.
A dona de casa Maria de Jesus Moraes da Hora, 42,
maranhense, foi diagnosticada com fibrose pulmonar em 2013. A recomendação
médica foi a realização de um transplante aqui em Fortaleza, no Hospital de
Messejana. "Lá na minha cidade, em São Luiz, o médico me disse que se eu
quisesse continuar a viver teria que vir para Fortaleza e ficar na fila do
transplante. Um mês depois, eu já estava aqui. Fiquei na fila por dois anos,
usando oxigênio e sendo acompanhada pela equipe do hospital. O transplante
aconteceu em 2015. Eu costumo dizer que nasci de novo, ganhei vida nova e agora
eu posso respirar normalmente, tomar banho sem ficar cansada e realizar as
tarefas domésticas. Tudo melhorou", conta.
Maria de Jesus recebeu pulmões novos e todo o acompanhamento multidisciplinar
que precisava para se recuperar. "Foram seis meses de fisioterapia,
acompanhamento com psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e
enfermeiros. Também participo do Programa Caminhada do Bosque, onde fazemos
atividades físicas com orientação dos profissionais do hospital. Me sinto muito
bem acolhida aqui", revela.
Hospital de Messejana
O Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes é uma unidade
terciária, especializada no diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas e
pulmonares, dispondo de todos os procedimentos de alta complexidade nestas
áreas e destacando-se no transplante cardíaco e pulmonar. A instituição é
gerenciada pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará e atende pacientes dos
184 municípios do Ceará e das regiões Norte e Nordeste do país.
Fotos: Assessoria de Comunicação do HM
Assessoria de Comunicação do Hospital de Messejana
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