As doenças tropicais
negligenciadas estão no foco de interesse da aproximação entre os serviços de
vigilância e a academia que a primeira edição da Semana da Saúde da
Universidade Federal do Ceará (UFC) promove de 8 a 12 de maio, no Campus do
Porangabuçu, das 9 às 16 horas. Com o tema "Saúde: compromisso de todos
nós", a Semana tem na sua programação palestras, mesas-redondas, exposição
e prestação de serviços para a comunidade. Haverá também a Mostra de Ensino,
Extensão e Pesquisa, que vai divulgar a produção acadêmico-científica dos
alunos de graduação vinculados a projetos dessas três áreas nas faculdades de
Medicina (Famed) e de Farmácia, Odontologia e Enfermagem (FFOE).
A Secretaria da Saúde do Estado participa das atividades de
educação em saúde, de responsabilidade do Grupo de Pesquisa em Doenças
Negligenciadas, do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da UFC, para
fortalecer o conhecimento sobre doença de Chagas, esquistossomose, hanseníase e
leishmaniose. A atividade contará com estandes com exposição de banners e
distribuição de material educativo (folderes e manuais), além da apresentação e
discussão dessa temática com o uso de uma Mandala construída pelo grupo, nos
dias 9 e 11 (Eixos de ensino e pesquisa) das 10 às 14 horas no Pátio das
Mangueiras.
Doenças negligenciadas são doenças que não só prevalecem em
condições de pobreza, mas também contribuem para a manutenção do quadro de
desigualdade, já que representam forte entrave ao desenvolvimento dos países.
São exemplos de doenças negligenciadas a dengue, doença de Chagas,
esquistossomose, hanseníase, leishmaniose, malária, tuberculose, entre outras.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de um bilhão de
pessoas estão infectadas com uma ou mais doenças negligenciadas, o que
representa um sexto da população mundial.
Embora exista financiamento para pesquisas relacionadas às
doenças negligenciadas, o conhecimento produzido não se reverte em avanços
terapêuticos, como, por exemplo, novos fármacos, métodos diagnósticos e
vacinas. Uma das razões para esse quadro é o baixo interesse da indústria
farmacêutica, pelo reduzido potencial de retorno lucrativo para a indústria,
uma vez que a população atingida é de baixa renda e presente, em sua maioria,
nos países em desenvolvimento.
Interessados em participar podem se inscrever até o dia 5 de
maio, preenchendo o formulário de inscrição disponibilizado no site do evento (CLIQUE
AQUI). Alunos de cursos da área da saúde de outras instituições
de ensino superior também podem participar.
Assessoria de Comunicação da Sesa
Nenhum comentário:
Postar um comentário