O Ministério da Saúde anunciou, na manhã desta
quarta-feira, que adotará a profilaxia pré-exposição (PrEP) contra o HIV para
grupos de pessoas em risco. A estratégia envolve o uso diário do medicamento
Truvada (uma combinação dos antirretrovirais tenofovir e emtricitabina) por
pessoas que não têm o vírus.
O objetivo é proteger grupos que estão mais expostos ao
risco de infecção, como profissionais do sexo, casais sorodiscordantes (quando
um tem o vírus e o outro, não), pessoas trans e homens que fazem sexo com
homens.
De acordo com o ministro Ricardo Barros, a pasta já
investiu na compra de 2,5 milhões de comprimidos de Truvada, o que deve ser
suficiente para atender à demanda por um ano.
A distribuição do medicamento está prevista para começar
seis meses após a publicação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas,
que está prevista para esta segunda-feira, segundo o ministério. A adoção da
estratégia já vinha sendo estudada pelo Brasil.
Especialistas alertam que esse tipo de estratégia deve
ser aliada a outras medidas preventivas. Quem optar por adotá-la deve continuar
utilizando a camisinha, a fazer testes de HIV periodicamente e a tratar outras DSTs,
que podem fragilizar ainda mais a condição de saúde do paciente.
Desde 2014, a profilaxia pré-exposição é recomendada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) para pessoas em risco. A eficácia e
segurança da PrEP foram comprovadas por estudos científicos, e pode reduzir a
infecção pelo HIV em mais de 90%, segundo o ministério.
Fonte: O extra
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