Santa Casa de Sobral promove treinamento para correta identificação e tratamento da enfermidade na próxima terça-feira, 21
A Disfagia, uma das principais perturbações na deglutição (ato de engolir alimentos), é um sintoma associado a doenças neurológicas, degenerativas, câncer de cabeça e pescoço, além da senilidade em idosos. Estatísticas mundiais apontam que entre 52% e 82% dos pacientes com doenças degenerativas apresentam dificuldade ao engolir. Além disso, 60% dos pacientes senis também possuem a disfunção. No entanto, 75% dos casos não são diagnosticados. O Dia Nacional de Atenção à Disfagia será lembrado na Santa Casa de Misericórdia de Sobral na próxima terça-feira, 21 de março, com palestra educativa para correta identificação e tratamento da enfermidade. No hospital, alcança 80% o percentual de recuperação dos pacientes diagnosticados com a enfermidade.
O treinamento contará com o médico nutrólogo coordenador da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) da Santa Casa de Sobral, que também atua no Hospital Unimed, Hospital Waldemar de Alcântara e no Instituto do Câncer do Ceará (ICC), Henrique Jorge Costa Maia. A Assessora Técnica e nutricionista da Nestlé Health Science, Ana Caroline Farias, e a coordenadora do Serviço de Nutrição da Santa Casa, Élcia Portella, abordarão a intervenção e orientação nutricionais para pacientes disfágicos. O fonoaudiólogo da Santa Casa, Brisamar Azevedo, falará sobre a importância do profissional no diagnóstico da disfagia.
A programação conta ainda com a preparação de algumas receitas mostrando a consistência ideal para pacientes disfágicos, de acordo com a nutricionista Élcia Portella. “Elaboraremos protocolo do manejo nutricional do paciente disfágico e quando poderemos alimentar por via oral após uso de sonda de traqueostomia”, completou.
A nutricionista da Nestlé Health Science, Ana Caroline Farias, destacou que a disfagia é um problema frequente, mas ainda pouco conhecido e com diagnóstico tardio. A dificuldade de deglutição pode estar relacionada ao funcionamento das estruturas orofaríngeas (oral e relativo à faringe) e esofágicas (referente ao esôfago). “A disfagia em idosos é complexa e associada a diferentes causas”, ressaltou a nutricionista. Alguns aspectos nutricionais negativos da doença, de acordo com a especialista são a interrupção do prazer da alimentação, além da dificuldade de manutenção das condições nutricionais e de hidratação.
Os sintomas que podem acompanhar a enfermidade são tosse ou engasgo com alimento ou saliva, pneumonias de repetição, refluxo gastroesofágico e febre sem causa aparente. Há ainda sensação de bolo na garganta, recusa alimentar e sonolência durante as refeições.
Diagnóstico e Tratamento
A atenção ao paciente com disfagia deve contar com uma equipe multiprofissional composta por médico, enfermeiro, nutricionista, fonoaudiólogo e fisioterapeuta, além de psicólogo em casos específicos. O fonoaudiólogo é o profissional habilitado para realizar a avaliação, diagnóstico e tratamento fonoaudiológicos das disfagias orofaríngeas.
O fonoaudiólogo Brisamar Azevedo explicou que os pacientes passam por avaliação antes de dar início ao tratamento. “Avaliamos os órgãos da deglutição, como a língua, os lábios, a faringe, e depois verificamos como o paciente deglute os alimentos. Se houver tosse ou engasgo, pode haver risco de aspiração”, explicou. De acordo com ele, junto à equipe multiprofissional haverá uma avaliação acerca da necessidade de uso de sonda e tratamento para que o paciente possa voltar a se alimentar por via oral. O índice de recuperação na Santa Casa alcança 80%.
Fonte: http://stacasa.com.br/site/
Terezinha Fernandes (Assessoria de Imprensa/SCMS)
Fotos: Vanderley Moreira
Fotos: Vanderley Moreira
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