Um amor de filha para mãe. “Faço questão de estar aqui
cuidando da minha mãe”, palavras de Ângela Sônia dos Santos, 55 anos, do
município de Meruoca, que desde o último dia 7 acompanha a sua mãe, Maria Zilda
da Costa, de 89 anos. Dona Maria está internada na Unidade de Cuidados
Especiais do Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, da rede pública do
Governo do Estado. Ela tem Mal de Alzheimer e doença de Parkinson.
“Estão nos dando um apoio maravilhoso. Cuido da minha mãe
há 10 anos. É a primeira vez que estamos aqui. Ter esse atendimento dos
profissionais me incentiva mais ainda a continuar firme para eu ajudar minha
mãe. Desde o primeiro dia recebo informações sobre o estado dela”, afirma
Ângela.
A Unidade de Cuidados Especiais funciona desde agosto de
2014. Em média, atende de 15 a 20 pacientes por mês. A UCE tem 16 leitos e o
atendimento é feito por uma equipe multiprofissional formada por médicos,
fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogas, assistentes sociais, entre outros.
“Atendemos pacientes que precisam de reabilitação em cuidados prolongados e pacientes
que também precisam de cuidados paliativos e não têm condições de estar em
domicílio devido à gravidade da doença”, fala a médica Tárcilla Pinto,
coordenadora da UCE.
Além do atendimento especializado ao paciente, o Hospital
Regional Norte garante aos familiares o acompanhamento psicológico. “Essas
famílias estão em um sofrimento extremo ao ver seus entes acamados. Tudo isso
requer uma reorganização na rotina da família. Eles estão em estado de luto
pela possível perda do familiar ou pela perda de como ele é em casa”, explica a
psicóloga Raiza Sousa.
Segundo a assistente social Gabriela Seixas, quando o
paciente dá entrada na Unidade de Cuidados Especiais do HRN, é realizada uma
entrevista com a família e identificadas as principais necessidades. “Observar
no início da internação é importante porque geralmente o doente com esse perfil
da UCE tem uma estadia prolongada no hospital. Então a gente precisa conhecer a
família para ver como estão se organizando em torno da condição do paciente,
até mesmo se antecipando para os diagnósticos de desospitalização”, diz. Para
os casos de alta hospitalar, o paciente é encaminhado para o ambulatório do
hospital para ser feito um acompanhamento contínuo, de acordo com o parecer da
equipe multiprofissional.
Cuidado Paliativo
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), cuidado
paliativo não tem intenção curativa propriamente. Ele pode ser feito em
paralelo com o início de um tratamento curativo e vai ganhando espaço à medida
que esses procedimentos do tratamento para intenção curativa não vão
funcionando. O cuidado paliativo é focado nos sintomas e na qualidade de vida
dos pacientes e da família, para o melhor entendimento e manejo de complicações
e sintomas estressantes tanto relacionados ao tratamento quanto à evolução da
doença. O foco é saber se os sintomas estão controlados e diminuir a dor e o
sofrimento.
Assessoria de Imprensa do Hospital Regional Norte
Thiago Conrado
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