Até 10 agulhadas por dia. Era o que a Maria Vitória,
filha da Maria Edneuza Braz da Silva, tinha de suportar no início do tratamento
quimioterápico para combater o câncer raro, no Centro Pediátrico do Câncer
(CPC), unidade anexa do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), da rede pública
do Governo do Estado. Mas, desde a implantação do Cateter Central de Inserção
Periférica (PICC), um dispositivo vascular permanente que permite o fim das
“agulhadas”, diminui o desconforto, a dor e os riscos de infecção.
O dispositivo foi implantado em março de 2016 no Albert
Sabin, pela equipe do Time de Acesso Vascular do hospital. Na última
quarta-feira, 7, o hospital comemorou a implantação do centésimo PICC. A
utilização dos 100 cateteres no Hospital Infantil Albert Sabin foi celebrada
com um encontro de pais, mães, pacientes e profissionais envolvidos com o
tratamento. “Isso nada mais é do que a implantação permanente que a gente tenta
fazer, aqui no hospital, de melhorias”, destacou a diretora geral do Hias,
Marfisa de Melo Portela.
A emoção durante o encontro ficou por conta das mães que
declararam sobre como foi assistir ao fim do sofrimento dos filhos e, segundo
elas, “não tem preço”. “Descobri a doença da Vitória em 19 de dezembro. Minha
filha tinha um aninho. Ela chorava de um lado e eu chorava do outro. Doía muito
ver as agulhadas. Para mim, o PICC amenizou o sofrimento. O tratamento já é
sofrido, já é doloroso”, diz Maria Edneusa, sobre o uso do dispositivo no
tratamento da pequena Maria Vitória.
Aos dois anos de idade, Maria Vitória luta pela vida na
Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do CPC. “Ela vai conseguir”, declara a
mãe da criança. Uma conquista que Alanael Mesquita, de 9 anos, já teve. Ele foi
o primeiro paciente do Albert Sabin a utilizar o PICC. “Todo dia ele chorava
com as agulhadas, principalmente quando sabia que perdia a veia”, conta a tia e
responsável por Alanael, Adila Mesquita. “Mas tudo melhorou com o cateter e
hoje ele vem apenas para manutenção (exames regulares). Não tem mais a
leucemia”, fala.
“O Hias não mediu esforços para adoção de práticas
inovadoras como a implantação do PICC, trazendo o que se tem de melhor em
tecnologia com foco na segurança e
qualidade na assistência aos nossos pacientes”, disse Marfisa Portela. “O PICC
é uma tecnologia menos invasiva e que as crianças vão para casa com ela. A
grande diferença é essa ida para casa com o cateter que faz com que, ao
retornarem, elas não precisem passar pela dor da punção, a quimioterapia
maltrata as veias”, afirma a enfermeira Ana Valeska, do Time de Acesso Vascular
do Albert Sabin.
Fotos: Assessoria de Comunicação do Hias
Assessora de Comunicação do Hospital Infantil Albert
Sabin

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