Numerosos estudos têm explorado a relação entre possuir um
animal de estimação e doença cardíaca, muitos deles apontando para potenciais
benefícios cardiovasculares.

No intuito de sistematizar e analisar criticamente as
pesquisas já existentes sobre o assunto, a Associação Americana do Coração
realizou uma revisão dos principais dados conhecidos e produziu um documento
publicado na revista científica Circulation. Neste documento é confirmado o
potencial efeito benéfico de possuir um animal de estimação, particularmente
cães, sobre o risco de desenvolver doença cardíaca. Estes estudos, apesar de
demonstrar um claro efeito na redução do risco cardíaco, não permitem a
comprovação de uma relação causa-efeito.
Muitos fatores associados ao de possuir um animal de
estimação podem juntos contribuir para este efeito. A atividade física
aumentada, o carinho e o senso de responsabilidade para com o animal, são
alguns destes fatores que podem reduzir o estresse, o que sem dúvida contribui
para a redução do risco de doenças.
O documento salienta que adquirir um animal de estimação
não deve servir como propósito de prevenção primária de doença cardíaca. Isto
porque, provavelmente, quem não gosta de animais, além de ter os contratempos
de possuir um, não sentiria o mesmo prazer que resultaria nos benefícios.
É bem conhecida a importância das interações sociais,
particularmente os fortes laços familiares, agindo positivamente sobre a saúde
dos indivíduos. Estudos demonstram de forma consistente um risco aumentado de
morte em pessoas com baixa quantidade e/ou qualidade de interações sociais. O
isolamento social é considerado um grande risco para o desenvolvimento de
doença e morte, sendo equiparado ao fumo, obesidade, sedentarismo e pressão
alta, como fator de risco.Gostar e possuir animais de estimação se agrega como mais
um fator neste conjunto de interações afetivas e sociais que, de forma ainda
pouco conhecida, atua aumentando a autoestima e sensação de bem-estar e
diminuindo o risco de doenças.
Fonte: Dr. Gilberto Sanvitto
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