O tratamento de pacientes internados na Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) requer cuidados cada vez mais especializados. A
tecnologia tem sido constantemente aplicada para proporcionar ainda mais
recursos que possam trazer benefícios e segurança para os pacientes. No
Hospital Geral Dr. César Cals, da rede pública do Governo do Estado, isso tem
favorecido o cuidado intensivo e proporcionado benefícios para os pacientes
internados.
Conforme a indicação médica, alguns pacientes precisam de
recursos mais especializados para a administração de alguns tipos especiais de
medicação, por exemplo. Para isso, é feita a utilização do cateter venoso
central de inserção periférica, do inglês Peripherally Inserted Central Venous
Catheter (PICC), indicado para pacientes de difícil acesso, evitando que eles
sejam furados muitas vezes, para aqueles que fazem uso de terapia intravenosa
com medicação vasoativa, nutrição parenteral prolongada, antibiótico-terapia
entre outras. O acesso é feito uma única vez e é guiado por ultrassom.
De acordo com o serviço de enfermagem da UTI adulto, esse
tipo de acesso é um procedimento minimamente invasivo, que permite menos
traumas para o paciente, com redução de punção venosa, diminuição dos riscos de
infecção, pneumotórax, preservação da rede venosa, indicado também para a
terapia domiciliar, como é o caso dos pacientes do Programa de Assistência
Domiciliar do HGCC; redução do estresse causado por múltiplas punções,
proporcionando ainda mais conforto para o paciente.
Silvana Feitosa, enfermeira da UTI adulto, explica que o
cateter é inserido por profissionais médicos e enfermeiros habilitados para o
procedimento. Com isso, está sendo institucionalizada uma equipe
multiprofissional, com implantação de protocolos, normatização, que é responsável
pela execução desses procedimentos. “São necessários cuidados específicos para
a manutenção do cateter, feito pela equipe de enfermagem, durante o
tratamento”, pontua. Ricardo Oliveira Lima, também da equipe de enfermagem,
afirma ainda que o tempo de permanência do cateter é de acordo com o
tratamento. “O cateter pode permanecer no paciente por mais de um ano”
completa.
Desde 2014, o cateter de inserção periférica era
utilizado de maneira pontual. A partir de agosto de 2015, passou a ser
utilizado sistematicamente, em conformidade com protocolos e a indicação
médica, como acontece também com alguns pacientes de enfermaria. No Centro de
Neonatologia, há mais de 10 anos, esse tipo de cateter já é utilizado, devido à
prematuridade dos bebês, e por ser um procedimento mais indicado, nestes casos,
permitindo mais segurança e menos traumas para os recém-nascidos.
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