Substâncias presentes nos remédios podem elevar a frequência
cardíaca e a pressão arterial
Tempo frio, lugares fechados e sem ventilação favorecem a
circulação dos vírus que desencadeiam doenças respiratórias comuns no inverno,
como gripe, resfriado e rinite. Para aliviar os sintomas incômodos destes
problemas é costume recorrer aos remédios antigripais. Nessa época do ano, o
consumo deste tipo de medicação é muito maior.
Mas se por um lado estes remédios ajudam a amenizar os
sintomas típicos das doenças respiratórias, por outro trazem riscos para
pessoas que apresentam algum tipo de cardiopatia. “Normalmente estes remédios
liberam epinefrina, substância que funciona como estimulador cardíaco e pode
aumentar a frequência dos batimentos e elevar a pressão arterial”, explica o
cardiologista Marcelo Sampaio.
Esse quadro é especialmente perigoso para pacientes
hipertensos, pessoas com angina ou outros problemas coronários. No entanto, o
cardiologista esclarece que o problema está na dosagem. “Esses remédios não são
contraindicados, mas não devem ser usados inadvertidamente”. Em pessoas que não
apresentam problemas cardiovasculares, podem provocar palpitações.
Segundo ele, um erro
comum é prolongar o uso da medicação na esperança de que irá sanar a doença. “O
remédio de gripe deve ser usado somente no começo, para cortar o sintoma. Ele
não mata o vírus”. O período de uso recomendado é de 48 horas. Outro
entendimento equivocado e bastante comum é de que antigripais previnem a
doença. De acordo com o médico, a única forma de prevenção é através da vacina.
“Todo paciente coronário deve tomar a vacina antigripal”, orienta o
cardiologista.
Pesquisadores
canadenses descobriram que a vacina pode reduzir o risco de um ataque cardíaco
em 50% e de mortes cardíacas em até 40%. No Brasil, adultos e crianças com
problemas pulmonares e cardíacos fazem parte do chamado grupo prioritário da
vacinação contra gripe e a recebem gratuitamente. O prazo para a vacinação
gratuita no SUS terminou em maio.
Fonte: mulher com saude
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