Transplante dominó salvou duas vidas no Hospital Walter Cantídio. Foto: Divulgação |
Pelo terceiro ano consecutivo, o Hospital Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará (UFC), é líder em número de transplantes de fígado no Brasil, com 133 procedimentos no ano passado e sobrevida em 86% dos casos. Desde 18 de maio de 2002, data da primeira cirurgia, o Serviço de Transplante de Fígado do Walter Cantídio já realizou 1.148 transplantes do órgão.
O Ceará também é o estado com a melhor taxa de transplantes de fígado do país, com 198 procedimentos, à frente de Distrito Federal e Santa Catarina. As informações estão no Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), uma publicação da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) relativa ao ano de 2015.
Além disso, o Ceará ocupa o terceiro lugar em transplantes de órgãos de doadores falecidos e também o terceiro em doadores efetivos por milhão da população (pmp). Em 2014, o Ceará realizou 195 transplantes de fígado.
E foi graças a um transplante conhecido como “dominó” que as vidas do potiguar Diego Alair da Costa Lima, de 30 anos, e da amazonense Marilene Ferreira de Azevedo, de 64, foram salvas. Portador da doença rara PAF (Polineuropatia Amiloidótica Familiar), Diego precisava de um fígado novo. Marilene, diagnosticada com cirrose hepática e câncer de fígado, também precisava de um transplante do mesmo órgão.
Em um mesmo ato cirúrgico, Diego recebeu o fígado de um doador morto e doou o dele para Marilene. Porque, apesar da doença, o fígado do Diego estava com as funções inteiramente preservadas. É que, segundo especialistas, a Polineuropatia Amiloidótica Familiar só acomete o fígado no portador da doença. Ou seja, fazia mal ao Diego, mas salvou a vida de Marilene.
Em 2016
Este ano, segundo informações da Central de Transplantes de Secretaria da Saúde do Estado, foram realizados, até o dia 3 de março, 38 transplantes de rim, três de coração, 24 de fígado, 14 de medula óssea, 114 de córnea e dois de esclera. A lista de espera tem 11 pacientes na fila de transplantes de coração, 142 de fígado, 496 de rim, seis de pulmão e 546 de córnea, totalizando 1.210 pacientes ativos na lista de espera por transplantes de órgãos e tecidos.
Fonte: G1-CE
por Verônica Prado
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