quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Alunos da Medicina da UFC Sobral defendem o Trote sem Opressão

O Blog Encontro Com a Saúde parabeniza os estudantes veteranos do Curso de Medicina de Sobral da Universidade Federal do Ceará (UFC) que optaram em acolher com respeito os novos acadêmicos (calouros) que ingressam neste ano no Curso, pensando bem antes no acolhimento responsável ao tão esperado Trote. Isso mesmo, alguns estudantes da Medicina da UFC/Sobral preferiram manifestar, nas redes sociais, o apoio aos futuros colegas ao invés de incentivar o temível Trote. 
Temido pelos calouros, que apreensivos topam participar do rito e envolvidos pelo clima do momento acabam aceitando muitos excessos cometidos pelos futuros colegas de academia. Temido pela Instituição, pois qualquer resultado desagradável, ou que fuja do controle, estará o nome da Instituição à frente, além de se buscar culpados na gestão do Curso pelo acontecimento. Temido pelos pais e mães, pois mesmo cientes de que o ato faz parte de um rito de passagem, o coração fica apreensivo, haja vista tantos e tantos casos trágicos que acontecem durante os trotes, registrados pela imprensa pelo Brasil afora.
Foto: Reprodução ´Trote na UNB
Enfim, o Trote que expõe, que zomba, que difama, que fere e machuca, o corpo, a alma e a moral, é "cafona". Aparentemente, a cena é muito engraçada e até inofensiva. Um bando de jovens, envolvidos por uma gosma que mistura tinta e fécula, pedindo moedas pelos sinais para  os companheiros veteranos (um dos trotes mais clássicos). Entretanto, asseguro que existem risco, sim! Fui testemunha ocular de um episódio com uma jovem, que por muito pouco, não feriu-se gravemente durante um trote. Relato. Ano passado, próximo à rotatória do Arco Nossa Senhora de Fátima (Sobral), um grupo de jovens se aglomerava e disputava cada carro que parava ao sinal vermelho para pedir moedas, eram calouros. Alegres, eufóricos, corriam ao encontro dos veículos, empurravam-se na disputa dos automóveis, e numa destas tentativas uma jovem tropeçou, caindo à frente de um carro que frenou para não atropelá-la. Foi por muito pouco! Porém, para quem defende trotes dessa natureza, este relato é apenas uma fatalidade.
Por isso, e um pouco mais, e em qualquer circunstância, o Trote que abusa e maltrata deve ser banido do catálogo de recepção dos acadêmicos veteranos. O que deve substituí-lo? O que deve marcar esse novo rito de passagem? Bem, este é um assunto a ser tratado pelos acadêmicos veteranos e as suas representações discentes. Porém, algumas ideias existem citadas por alguns estudantes, que defendem trotes solidários. “Poderia ser doação de sangue e arrecadação de dinheiro ou de alimentos pra fazer cestas básicas para famílias carentes”. E finalizando a postagem, Parabéns a Raissa Lewinter e a todos aqueles acadêmicos de Medicina da UFC de Sobral que pensam como ela “Sou veterana na Medicina UFC a serviço dos meus calouros. Por uma recepção mais acolhedora e sem opressão.”. Que assim seja. 

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