O
Blog Encontro Com a Saúde parabeniza os estudantes veteranos do Curso de
Medicina de Sobral da Universidade Federal do Ceará (UFC) que optaram em
acolher com respeito os novos acadêmicos (calouros) que ingressam neste ano no
Curso, pensando bem antes no acolhimento responsável ao tão esperado Trote.
Isso mesmo, alguns estudantes da Medicina da UFC/Sobral preferiram manifestar,
nas redes sociais, o apoio aos futuros colegas ao invés de incentivar o temível
Trote.
Temido pelos calouros, que apreensivos topam participar do rito e
envolvidos pelo clima do momento acabam aceitando muitos excessos cometidos
pelos futuros colegas de academia. Temido pela Instituição, pois qualquer
resultado desagradável, ou que fuja do controle, estará o nome da Instituição à
frente, além de se buscar culpados na gestão do Curso pelo acontecimento.
Temido pelos pais e mães, pois mesmo cientes de que o ato faz parte de um rito de
passagem, o coração fica apreensivo, haja vista tantos e tantos casos trágicos
que acontecem durante os trotes, registrados pela imprensa pelo Brasil afora.
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Foto: Reprodução ´Trote na UNB |
Enfim,
o Trote que expõe, que zomba, que difama, que fere e machuca, o corpo, a alma e
a moral, é "cafona". Aparentemente, a cena é muito engraçada e até
inofensiva. Um bando de jovens, envolvidos por uma gosma que mistura tinta e fécula, pedindo moedas
pelos sinais para os companheiros veteranos (um dos trotes mais clássicos).
Entretanto, asseguro que existem risco, sim! Fui testemunha ocular de um episódio
com uma jovem, que por muito pouco, não feriu-se gravemente durante um trote.
Relato. Ano passado, próximo à rotatória do Arco Nossa Senhora de Fátima (Sobral), um grupo
de jovens se aglomerava e disputava cada carro que parava ao sinal vermelho
para pedir moedas, eram calouros. Alegres, eufóricos, corriam ao encontro dos
veículos, empurravam-se na disputa dos automóveis, e numa destas tentativas uma jovem tropeçou,
caindo à frente de um carro que frenou para não atropelá-la. Foi por muito
pouco! Porém, para quem defende trotes dessa natureza, este relato é apenas uma fatalidade.
Por isso, e um pouco mais, e em qualquer circunstância, o Trote que abusa e
maltrata deve ser banido do catálogo de recepção dos acadêmicos veteranos. O
que deve substituí-lo? O que deve marcar esse novo rito de passagem? Bem, este
é um assunto a ser tratado pelos acadêmicos veteranos e as suas representações
discentes. Porém, algumas ideias existem citadas por alguns estudantes, que
defendem trotes solidários. “Poderia
ser doação de sangue e arrecadação de dinheiro ou de alimentos pra fazer cestas
básicas para famílias carentes”.
E
finalizando a postagem, Parabéns a Raissa Lewinter e a todos aqueles acadêmicos de
Medicina da UFC de Sobral que pensam como ela “Sou veterana na Medicina UFC a
serviço dos meus calouros. Por uma recepção mais acolhedora e sem opressão.”.
Que assim seja.
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