domingo, 25 de setembro de 2016

Dor de cabeça: Conheça aquelas que exigem tratamento

Foto: Reprodução
Cefaleias primárias e secundárias

É difícil encontrar alguém que não tenha experimentado pelo menos uma vez o incômodo de uma dor de cabeça. Entretanto, mesmo sendo muito comum na população, isso não significa que essa dor possa ser considerada normal. Ela deve ser diagnosticada corretamente para que os casos mais preocupantes sejam identificados e tratados.

As cefaleias (termo médico usado para dor de cabeça) podem ser classificadas em dois grandes grupos: as primárias e as secundárias. As mais comuns fazem parte do primeiro grupo, e são chamadas assim porque são o problema em si e não um sintoma de uma outra condição ou doença. Já as cefaleias secundárias precisam de atenção, pois são decorrentes de outros problemas de saúde, sendo alguns deles graves.
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Enxaqueca e cefaleia tensional
As dores de cabeça primárias mais comuns são as enxaquecas e as cefaleias do tipo tensional. Para diagnosticá-las, a coleta da história e o exame físico realizados pelo médico generalista são, na maioria das vezes, suficientes.

As principais características da enxaqueca são: dores recorrentes de caráter pulsátil em um dos lados da face ou em cima de um dos olhos; náuseas e vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz) e incômodo com barulho.

Fatores desencadeantes são claramente identificados em algumas pessoas como estresse, período menstrual, alterações bruscas de temperatura e mesmo alimentos, como vinhos tintos, e aspartame, entre outros. Este tipo de dor aparece geralmente na adolescência ou no início da fase adulta e frequentemente há histórico familiar de enxaqueca.

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A cefaleia do tipo tensional caracteriza-se por ataques de intensidade leve a moderada em toda a cabeça ("como um capacete apertado"), acompanhadas por dores musculares no crânio, pescoço e ombros. Diferentemente das crises de enxaqueca, não há náusea ou fotofobia.

Dor de cabeça que muda
Já as dores de cabeça secundárias precisam ser investigadas, pois são causadas por outros tipos de problemas, normalmente de maior gravidade.

"A preocupação maior é quando muda o padrão antigo de uma dor de cabeça, tornando-a mais frequente, ou quando se somam a outros sintomas, como abalos musculares em alguma parte do corpo ou restrição de movimentação em partes específicas," explica o neurologista Rogério Monteiro Naylor.

Dores de cabeça chamadas de "cefaleias explosivas", que aparecem subitamente com forte intensidade, dores que antes melhoravam com analgésicos e que passam a não melhorar, cefaleias que acordam a pessoa durante o sono devido a forte intensidade, também são exemplos de sinais de alerta para problemas mais graves.

"Por trás desse tipo de dor podem estar acontecendo fenômenos neurológicos graves, como a ruptura ou expansão de um aneurisma, AVC, hemorragia, enfim, a cefaleia explosiva é algo que deve chamar a atenção," explicou o cardiologista Juan Carlos Verdeal.
Fonte: Diário da Saúde

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