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Eles aumentaram a quantidade de uma proteína, chamada IL-9,
que bloqueou os linfócitos T CD4, os responsáveis pela produção da
citocina, que provoca o início e a progressão da asma alérgica.
“O que atualmente se administra em pessoas com alergia, ou asma
brônquica, são medicamentos como anti-histamínicos, broncodilatadores e
corticoides, que inibem sintomas da doença, além de inibir a resposta
celular, incluindo a dos linfócitos TH2. No entanto, as células TH2
levam à produção de substâncias responsáveis pela sintomatologia; então o
tratamento é só de sintomas como coriza, dificuldade de respirar, entre
outros.”
Palavras do professor João Santana da Silva, da USP de Ribeirão.
“O que nós descobrimos é que, se forem bloqueados outros linfócitos
T, os TH9, a doença vai ter uma resolução efetiva, bloqueando inclusive a
produção de substâncias que causam os sintomas”, concluiu.
Experimentos
Os experimentos permitiram confirmar que, quando o gene Blimp-1 é
superexpresso, há um aumento da proteína que ele produz. Ela bloqueia a
ação dos linfócitos que produzem a citocina IL-9, que causa a inflamação
alérgica das vias aéreas.
Quando a IL-9 é bloqueada a resposta alérgica diminui e, consequentemente, a evolução da doença.
O remédio
Agora que se sabe como a doença pode ser interrompida em cultura de
células e em animais, o próximo passo é desenvolver um medicamento que
controle a expressão da proteína, testando-o em modelos experimentais e
em humanos.
“A descoberta mais importante é a de uma nova função de um fator de
transcrição que já era conhecido, mas que agora sabemos que é capaz
também de inibir a diferenciação dos linfócitos T produtores de IL-9.
Isso abre uma perspectiva para estudar várias doenças em que as células
TH9 estão envolvidas,” disse Luciana Benevides, pesquisadora responsável
pela descoberta.
Por isso, a equipe pretende fazer um fármaco que possa induzir a
expressão do Blimp-1 para controlar as células TH9, e então testá-lo não
apenas para a asma, mas também em outras doenças.
Em tipos de câncer como o melanoma, ensaios preliminares mostraram
que, quando há uma diminuição da expressão do Blimp-1, o aumento
resultante do TH9 proporciona uma diminuição do tumor.
Por isso, um eventual medicamento contra o câncer advindo desta linha
de pesquisa inibiria a expressão do Blimp-1, enquanto para asma e
doenças autoimunes ele deve aumentar essa expressão.
“Estamos testando o papel na regulação de células TH9 em outros
modelos experimentais, como em tumores, mais ainda é cedo para tirar
qualquer conclusão,” disse Luciana.
Com informações do Diário da Saúde
Fonte: http://www.sonoticiaboa.com.br/saude/
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