Consumir refrigerante em cinco ou mais dias da semana já
não é mais tão comum como há dez anos no país. Ainda assim, de acordo com a
pesquisa divulgada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças
Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, 16,5% dos
entrevistados afirmaram ingerir regularmente a bebida, que pode provocar
diversos problemas de saúde (veja ao lado). Por isso, especialistas recomendam
evitá-la.
— Não existe um limite tolerável para o consumo de
refrigerante. A função do alimento é trazer nutrientes para o corpo, mas esta
bebida é muito pobre em nutrientes. Se você vai beber, precisa saber que isto
vai trazer danos para a sua saúde — alerta a nutróloga Alice Amaral.
E quem acha que beber refrigerante nas versões light ou
diet é melhor está muito enganado. No lugar do açúcar, são usados adoçantes que
também fazem mal.
— Os convencionais são ricos em açúcar, mas nos outros,
por mais que os fabricantes não coloquem açúcar, são inseridos adoçantes, que
aumentam a quantidade de sódio da bebida. Ambos são ruins, cada um a sua
maneira — explica Cyntia Maureen, nutricionista e consultora da Superbom.
Pior em crianças
Apesar de fazer mal para a saúde em todas as idades, nas
crianças o refrigerante pode causar mais problemas, já que o organismo delas
não está totalmente desenvolvido.
— Ofertar um refrigerante a criança cria nela um vício,
pois a bebida é altamente carregada de açúcar. Além disso, o intestino dela não
está preparado para receber a quantidade de gás existente no refrigerante, o
que provoca distensão abdominal e altera o funcionamento intestinal — afirma o
endocrinologista Pedro Assed.
Os refrigerantes de cola têm mais um agravante: podem
provocar osteoporose.
— Eles têm uma substância chamada ácido fosfórico que
impede a absorção de cálcio, favorecendo o aparecimento de osteoporose, e
também têm cafeína, que prejudica a absorção de ferro — conta Alice.
Fonte: O Extra
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